A fintech PilotIn busca transformar o mercado de crédito no Brasil por meio do uso de dados e tecnologia, oferecendo soluções para empresas e consumidores. A proposta da empresa é utilizar informações financeiras para facilitar a inclusão de indivíduos no sistema de crédito, garantindo mais segurança e precisão na análise de risco. De acordo com o Open Finance Maturity Index Brasil 2024, realizado pela Capgemini, o Brasil apresenta uma maturidade de 77% no setor de Open Finance.
O Startupi conversou com Ingrid Barth, CEO e cofundadora da PilotIn, que tem vasta experiência no setor financeiro e de tecnologia. Economista com experiência em bancos de investimento, ela iniciou sua transição para o ecossistema de startups ao ingressar no Neon, uma fintech que se tornou unicórnio. Seu envolvimento com o Banco Central e a construção do Open Finance a motivaram a criar uma solução focada em inteligência de dados para o setor de crédito.
A startup tem como principal proposta utilizar informações financeiras dos usuários, com consentimento, para gerar análises que auxiliem empresas na concessão de crédito. A fintech trabalha com dados alternativos para complementar o escore de crédito tradicional, beneficiando indivíduos que não possuem comprovação de renda formal. Essa abordagem visa reduzir a inadimplência e aumentar o acesso ao crédito.
A equipe da PilotIn conta com quatro cofundadores, incluindo Rogério Melfi, especialista em Open Finance, Ellen Cristina Gouveia, engenheira de software com experiência no setor financeiro, e Gabriela Seincman, advogada especializada em compliance regulatório. Com um time de 12 colaboradores, a empresa estrutura sua atuação no segmento de dados e análise financeira.
Os principais clientes da PilotIn são empresas que oferecem crédito, como varejistas, fintechs e instituições do setor agropecuário. “O objetivo é fornecer uma visão mais ampla sobre o comportamento financeiro dos consumidores, permitindo decisões mais precisas na concessão de empréstimos”, afirma Ingrid. A fintech também atua na gestão financeira dos usuários por meio do WhatsApp, oferecendo um agregador financeiro que auxilia no controle de gastos e pagamentos.
“Um dos desafios que temos enfrentado é a captação de talentos na área de tecnologia e ciência de dados”, explica a CEO. Segundo Ingrid, a demanda por profissionais especializados é alta, e a fintech busca atrair talentos oferecendo um ambiente inovador e oportunidades de crescimento.
A empresa já conta com três clientes do setor de crédito e negocia com outras grandes instituições. A meta para 2025 é atingir 20 clientes, reforçando sua presença no mercado e avançando na obtenção de licenças regulatórias junto ao Banco Central.
Diante do atual cenário econômico, a PilotIn acredita que seu modelo de negócios pode contribuir para a expansão do crédito no Brasil. A fintech pretende reduzir barreiras de acesso e oferecer mais segurança na análise de risco, permitindo que mais brasileiros tenham acesso a serviços financeiros.
“A proposta da PilotIn se diferencia das tradicionais empresas de crédito, pois não concede empréstimos diretamente, mas fornece inteligência de dados para auxiliar outras instituições. Esse modelo permite que empresas ofereçam condições mais adequadas aos consumidores, reduzindo riscos e aumentando a eficiência na concessão de crédito”, comenta a executiva.
A fintech se posiciona como o “Waze da gestão financeira”, oferecendo previsibilidade e segurança na análise de crédito por meio de Inteligência Artificial e Open Finance. O cofundador do Waze, Uri Levine, atua como advisor da empresa, reforçando sua expertise no desenvolvimento de soluções inovadoras.
Com previsão de lançamento do aplicativo para o primeiro trimestre de 2025, a PilotIn planeja integrar todas as contas financeiras dos usuários em uma plataforma unificada. Entre as funcionalidades, estarão calendário de pagamentos, orçamentos personalizados e recompensas por uso, o diferencial estará na gestão financeira via WhatsApp.
Em 2023, cerca de 5,6 milhões de brasileiros já autorizavam o compartilhamento de dados financeiros. No primeiro semestre de 2024, esse número cresceu para mais de 42 milhões. No entanto, segundo pesquisa do Datafolha, a maioria da população ainda desconhece os benefícios do Open Finance.
A PilotIn surge para ampliar o acesso a produtos financeiros, utilizando inteligência artificial para interpretar dados e auxiliar no planejamento financeiro dos usuários. A fintech também pretende oferecer orçamentos personalizados, alerta de pagamento e incentivos ao uso consciente do crédito.
Entre os diferenciais, a startup destaca seu modelo de “one-stop-shop”, agregando múltiplos serviços financeiros em um só lugar. Isso permitirá que os usuários tenham uma visão completa de suas finanças e consigam melhores condições em produtos como cartões e empréstimos.
A fintech conta com os seguintes investidores, incluindo Denis Minev, CEO da Bemol; David Mourão, cofundador do Linker; Wlado Teixeira, fundador da GV Angels; Bruno Balduccini, sócio do Pinheiro Neto Advogados; Fabio Ramalho, ex-CFO do Neon; e Paula Godinho, cofundadora da Acqua Invest.
“A expertise desses investidores fortalece nossa proposta e reforça nosso compromisso em criar uma solução eficaz para a gestão financeira dos brasileiros”, destaca Ingrid.
Com o lançamento da lista de espera em 2024, a fintech já permite que interessados tenham acesso antecipado a algumas funcionalidades. O objetivo é aprimorar a experiência dos usuários e garantir um produto final mais robusto e acessível. Ingrid revela que em breve a startup abrirá rodadas de investimentos.
Aproveite e junte-se ao nosso canal no WhatsApp para receber conteúdos exclusivos em primeira mão. Clique aqui para participar. Startupi | Jornalismo para quem lidera inovação!
0 comentário