
Uma nova ameaça digital vem preocupando especialistas em cibersegurança no Brasil. Batizado de Coyote, um malware bancário desenvolvido com foco específico no país já comprometeu dezenas de instituições financeiras nacionais e pode afetar milhares de usuários. A ameaça foi identificada pela Tempest, empresa especializada em cibersegurança do grupo Embraer, que detalhou as estratégias sofisticadas adotadas pelos criminosos para agir sem levantar suspeitas.
O Coyote se destaca por ser um trojan altamente furtivo, capaz de operar praticamente de forma invisível. Ele utiliza técnicas avançadas de ofuscação e criptografia para escapar da detecção por antivírus e outros sistemas de proteção digital. O principal modo de entrada é por meio de campanhas de phishing personalizadas, que simulam comunicações legítimas de bancos ou empresas conhecidas no Brasil. Essas mensagens enganam as vítimas e induzem o download do malware.
Uma vez instalado, o Coyote consegue coletar dados bancários, informações pessoais e credenciais de acesso, o que permite que os criminosos façam transações fraudulentas em nome do usuário. De forma inédita entre trojans da América Latina, a variante também começou a ser disseminada via WhatsApp Web, aproveitando a popularidade da plataforma para aumentar o alcance dos ataques.
A ameaça não é genérica: o Coyote foi projetado especificamente para explorar características do sistema bancário brasileiro, demonstrando conhecimento detalhado do ambiente financeiro do país. Com o Brasil entre os líderes em transações digitais na América Latina, cresce também o interesse de grupos criminosos por usuários brasileiros — especialmente diante da digitalização cada vez maior dos serviços bancários.
Diante desse cenário, os especialistas recomendam cuidados básicos, mas essenciais. Entre eles estão: evitar clicar em links ou baixar arquivos de remetentes desconhecidos, manter os dispositivos atualizados, utilizar antivírus confiáveis e ativar a autenticação em dois fatores nas contas bancárias e aplicativos sensíveis. Com atenção redobrada e boas práticas digitais, é possível dificultar a ação desses malwares e proteger dados pessoais e financeiros.
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