A Anthropic anunciou nesta semana a captação de US$ 13 bilhões em uma rodada Série F, elevando sua avaliação pós-investimento para US$ 183 bilhões. Os recursos, segundo comunicado oficial, serão destinados à ampliação do uso de suas soluções por empresas, ao aprofundamento de pesquisas em segurança de inteligência artificial e à expansão internacional.

O aporte foi liderado pela Iconiq em conjunto com Fidelity Management & Research Company e Lightspeed Venture Partners. Entre os demais participantes estão fundos de investimento, gestores de ativos, veículos de capital de risco, fundos soberanos e companhias de private equity. A lista inclui Altimeter, Baillie Gifford, BlackRock, Blackstone, Coatue, D1 Capital Partners, Insight Partners, Ontario Teachers’ Pension Plan, Qatar Investment Authority e outros investidores institucionais.

O diretor financeiro da empresa, Krishna Rao, afirma em publicação no blog corporativo que a demanda cresce de forma acelerada em toda a base de clientes. Ele destacou que a rodada reflete confiança dos acionistas no desempenho financeiro e no modelo de colaboração estabelecido.

Em março de 2025, a Anthropic havia levantado US$ 3,5 bilhões, quando alcançou avaliação de US$ 61,5 bilhões. Desde então, a companhia registrou aumento expressivo em receita recorrente anual, que saltou de US$ 1 bilhão para US$ 5 bilhões ao longo do ano. Esse avanço ocorreu em meio ao crescimento no uso de sua API e maior adoção por parte de organizações de diferentes setores.

Anthropic amplia base de clientes corporativos

Atualmente, a empresa afirma atender mais de 300 mil clientes corporativos. O número de grandes contratos, definidos como aqueles que representam receita anual superior a US$ 100 mil, aumentou quase sete vezes em comparação com o período anterior.

Um dos principais motores desse crescimento é o Claude Code, ferramenta voltada para desenvolvedores. A companhia informou que o produto já gera receita anualizada superior a US$ 500 milhões e que seu uso aumentou mais de dez vezes nos últimos três meses.

Apesar do cenário de crescimento, a Anthropic enfrenta desafios relacionados ao ritmo de expansão e à necessidade de manter competitividade frente a concorrentes como OpenAI e Cursor. Em memorando interno revelado pela imprensa, o presidente-executivo Dario Amodei mencionou preocupações sobre a origem de parte do capital, apontando dificuldades em excluir aportes de determinados fundos soberanos. Segundo ele, administrar o negócio sem considerar esses recursos torna-se inviável, mesmo que envolva investidores de regimes considerados autoritários.

O setor de inteligência artificial vive momento de forte disputa por contratos e por talento técnico. A necessidade de infraestrutura para treinar e operar modelos em grande escala exige investimentos significativos, tanto em hardware quanto em capacidade de pesquisa. Nesse ambiente, rodadas bilionárias tornaram-se comuns entre empresas líderes do segmento.

A entrada de capital fortalece a posição da Anthropic na corrida tecnológica e amplia margem para investimentos em pesquisa aplicada. A ênfase em segurança tem sido reiterada em discursos oficiais, sobretudo diante de discussões públicas sobre riscos associados a sistemas avançados.

A rodada atual ocorreu após rumores de que a empresa buscava entre US$ 3 bilhões e US$ 5 bilhões em financiamento, em avaliação próxima a US$ 170 bilhões. O resultado superou as expectativas iniciais, consolidando a organização em patamar semelhante a outros players globais.


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