O Sebrae-SP e o Startup Genome iniciaram um levantamento inédito sobre o ambiente de startups na região metropolitana de São Paulo. A ação, construída em parceria com mais de 50 organizações do ecossistema, busca gerar um retrato detalhado do cenário local de inovação.

O estudo terá como principal diferencial a coleta de informações diretamente com os fundadores das empresas. A proposta é compreender experiências, identificar obstáculos e avaliar as condições enfrentadas pelos empreendedores. Os dados deverão servir de base para políticas públicas, programas de apoio e estratégias de fomento.

Segundo a líder de projeto do Sebrae-SP, Leticia Jorge, a iniciativa marca uma nova etapa para o setor. Ela afirmou que a metodologia coloca os empreendedores no centro do diagnóstico, permitindo construir um quadro mais fiel da realidade enfrentada pelas startups da região.

Sebrae-SP e Startup Genome coordenam esforços coletivos

O levantamento foi dividido em três etapas. A primeira consiste em formulário online destinado a fundadores de startups, disponível até 21 de setembro. A coleta tem como objetivo identificar necessidades, dificuldades e prioridades apontadas pelos empreendedores.

Na segunda fase, a equipe realizará entrevistas qualitativas com representantes de universidades, investidores, instituições públicas e organizações ligadas à inovação. O objetivo é obter diferentes visões de atores estratégicos e ampliar a compreensão do ecossistema.

A terceira etapa será a apresentação dos resultados em evento aberto à comunidade. Na ocasião, serão divulgadas as conclusões do estudo e os encaminhamentos sugeridos para fortalecer a competitividade regional.

Participação internacional

O Startup Genome, organização de referência global em análise de ecossistemas de inovação, acompanhará todas as etapas de coleta e avaliação dos dados. A metodologia internacional será validada nesta edição inaugural.

De acordo com os responsáveis, a expectativa é aplicar o mesmo modelo em outros polos do Estado de São Paulo e, posteriormente, em diferentes regiões do país. O objetivo é gerar comparações entre localidades e consolidar indicadores de referência nacional.

Mais de 50 organizações se uniram para viabilizar a realização do levantamento. Entre elas estão associações empresariais, aceleradoras, fundos de investimento, instituições acadêmicas e órgãos públicos. A colaboração tem como meta assegurar diversidade de perspectivas e garantir que o estudo reflita de forma ampla a realidade do ecossistema.

O Sebrae-SP, coordenador local, ressalta que a construção coletiva é essencial para o sucesso da iniciativa. O engajamento das organizações participantes é visto como forma de legitimar o processo e criar condições para implementação das recomendações que surgirem a partir da análise.

Impactos esperados

A iniciativa deverá contribuir para a formulação de programas de estímulo e políticas voltadas ao fortalecimento das startups da região. A partir das informações coletadas, será possível identificar pontos críticos como acesso a capital, qualificação de mão de obra, conexão com grandes empresas e desafios regulatórios.

O estudo também permitirá mapear setores mais promissores, avaliar tendências de crescimento e compreender o papel das startups no desenvolvimento econômico da metrópole. A expectativa é que os resultados apoiem a criação de estratégias para ampliar a inserção internacional e consolidar São Paulo como referência no cenário global de inovação.

Após a conclusão da pesquisa, as instituições envolvidas deverão discutir mecanismos de acompanhamento contínuo do ecossistema. A proposta é transformar o levantamento em ferramenta permanente de diagnóstico, capaz de orientar ações de longo prazo.

Com base no modelo do Startup Genome, o Sebrae-SP pretende expandir a iniciativa para outros municípios paulistas. A replicação permitirá comparar diferentes regiões e identificar oportunidades de integração.

A primeira mensuração, portanto, será o ponto de partida para estabelecer uma visão mais estruturada do ambiente de startups no Estado. O engajamento dos empreendedores e a articulação entre parceiros públicos e privados serão fatores determinantes para o avanço da iniciativa e para a construção de uma estratégia consistente de fortalecimento do setor.


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