
O Mercado Bitcoin informou que aplicará €50 milhões para ampliar atividades em Portugal nos próximos anos. A iniciativa marca um novo avanço do grupo na estratégia voltada à internacionalização e ao plano de alcançar posição entre as dez maiores empresas de tecnologia financeira da Europa até 2030. O movimento busca acelerar projetos ligados a produtos digitais, infraestrutura operacional e soluções voltadas a investidores locais e brasileiros residentes no continente.
O anúncio acompanha números do estudo BlackRock People & Money, que apontam que 43% dos investidores portugueses possuem aplicações em criptoativos, índice superior à média europeia, de 22%. Para o presidente do Mercado Bitcoin na Europa, Reinaldo Rabelo, o cenário reforça que o país funciona como ponto inicial para a expansão regional. Segundo ele, a presença de uma comunidade brasileira numerosa no território português cria condições favoráveis ao crescimento de serviços relacionados a ativos digitais e instrumentos transacionais.
Expansão e integração impulsionam avanço do Mercado Bitcoin no continente
A operação conduzida no continente reúne mais de 450 criptomoedas e instrumentos classificados como renda fixa digital, formato já testado no Brasil e também utilizado por investidores portugueses. Entre as ofertas, há soluções que conectam residentes europeus ao sistema brasileiro de pagamentos por meio de stablecoins. O recurso permite transferências para o Brasil com uso do Pix, com processo simples e sem incidência de IOF, fator que atrai brasileiros que moram fora e europeus que precisam realizar pagamentos a destinatários brasileiros.
Rabelo afirma que a atuação construída ao longo de mais de dez anos consolidou o grupo como unicórnio do setor na América Latina. Ele explica que a chegada à Europa ocorre após ciclos de desenvolvimento técnico e regulatório no Brasil, o que, segundo ele, amplia a base necessária para avançar em território europeu. A perspectiva apresentada inclui fortalecer ligações entre mercados dos dois países e ampliar canais que facilitem operações transcontinentais.
O MB One Internacional faz parte desse movimento. A solução atende clientes do segmento private e pretende integrar contas mantidas no Brasil e em Portugal, facilitando aplicações em mercados europeus ou remessas para o sistema brasileiro. A estrutura prevê atendimento personalizado e busca simplificar processos para usuários que operam em diferentes jurisdições.
O Mercado Bitcoin mantém registro e autorização do Banco de Portugal para conduzir atividades locais e aguarda a licença prevista no regulamento MiCA, estrutura criada pela União Europeia para padronizar normas voltadas ao setor de criptoativos. A empresa afirma que o cumprimento das exigências regulatórias faz parte da estratégia para ampliar a presença no continente e atender exigências de investidores institucionais e varejistas.
O plano de investimento anunciado inclui reforço na criação de produtos, expansão de áreas tecnológicas, contratação de equipes especializadas e ajustes na infraestrutura destinada ao atendimento europeu. A empresa avalia que a combinação entre ambiente regulatório em evolução, interesse crescente dos investidores portugueses e proximidade cultural com brasileiros cria oportunidade para ampliar participação em setores de pagamentos, ativos digitais e soluções financeiras baseadas em tecnologia.
A expectativa é que o capital destinado à expansão fortaleça a posição da plataforma entre grupos que trabalham com instrumentos digitais no continente. A companhia projeta que a integração entre mercados permita aumentar o volume de operações, ampliar a oferta de serviços e estabelecer bases para novos lançamentos voltados a perfis distintos de clientes. Com isso, a organização pretende construir presença consistente na Europa até o fim da década e avançar no caminho traçado no Brasil.
A empresa afirma que seguirá investindo em processos internos, aprimoramento de segurança e expansão de funcionalidades. O grupo considera que a ampliação da operação portuguesa representa etapa central para consolidar a ponte entre os dois países e ampliar o acesso a soluções digitais no ambiente europeu.
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