Essa semana aconteceu o lançamento oficial de um sistema com inteligência artificial que simulará o comportamento de um torcedor com o objetivo de diminuir a hostilidade atual no futebol, principalmente em redes sociais, e resgatar a paixão pelo esporte.
O Torcedor Artificial, desenvolvido pela Amstel em parceria com o Google, agência J. Walter Thompson e produtora MediaMonks, foi criado após um estudo do Google divulgar que o número de pesquisas envolvendo violência e futebol cresceu mais de 30% entre 2018 e 2019.
A partir disso, a plataforma foi exposta aos comentários negativos feitos em sites e redes sociais durante os primeiros meses da Libertadores da América e responde às interações de forma ríspida e intolerante.
Para mudar o cenário e transformar o torcedor em um personagem que ame o seu time, as pessoas devem reeducar o sistema, interagindo de forma amistosa e positiva.
Através dessa base de dados, será possível que futuramente ele forneça estatísticas, curiosidades sobre jogadores e torça com o usuário. “Na prática, os comentários recebidos passam pelo sistema de natural language processing para que possamos extrair sua estrutura e significado, e seguem para uma base de dados. É aí que entra o tensorflow, um algoritmo customizado de inteligência artificial para fazer o treinamento da rede neural, capaz de criar comentários espontâneos com base em acontecimentos reais dos jogos ou perguntas de usuários”, destaca Rafael Fittipaldi, Partner and Tech Creative Director da MediaMonks.
Denilson, ex-jogador e atual comentarista, participou do evento de lançamento e falou sobre a importância das pessoas interagirem com a plataforma.
Violência no futebol
Segundo pesquisa realizada pelo Twitter, durante as primeiras fases da Libertadores, foram compartilhados mais de 55 mil comentários negativos sobre os jogos na rede social. Desse total, 57% eram torcedores falando de forma negativa sobre o seu time, 27% contra o time adversário e 4% sobre a arbitragem.
Das postagens analisadas, mais de 2 mil eram contra outras nacionalidades como argentinos, uruguaios e equatorianos.
Em 2018, a final da Libertadores foi adiada devido a violência sofrida pelo Boca Juniors, time argentino, que teve o ônibus recebido com pedradas e bombas de gás de pimenta arremessadas por torcedores rivais. .
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