* Por Anderson Arcenio
A palavra startup tem aparecido cada vez mais em veículos de mídia, mas ainda está longe de ser um termo popular e compreendido pela maioria das pessoas. Mesmo assim, será que elas realmente estão distantes do cotidiano comum?
Mas afinal, o que são startups?
Antes de explorarmos sobre o tema, é importante registrar uma definição. Se pesquisarmos referências, encontramos diversas variações de texto, mas sempre com certas características em comum. Hoje a minha interpretação mais objetiva é a seguinte:
“Startup é uma empresa que está criando um produto ou serviço inovador, e possui um modelo de negócio escalável.”
Sendo que por inovador entendemos como a transformação de algo já existente, em algo novo que gere mais resultado; e escalável, como a reprodução em grandes quantidades, sem demandar recursos (dinheiro e/ou equipe) na mesma proporção.
A presença no nosso dia a dia
Independente de saber definir ou reconhecer o termo startup, o mais importante é a utilização em massa destas novas soluções e a velocidade que vemos isto acontecendo no nosso cotidiano, alterando hábitos de consumo e gerando novas oportunidades.
Você já utilizou alguma vez um aplicativo de mobilidade como o Uber ou 99? 22 milhões de brasileiros já usaram, e isto somente no Uber.
Você já utilizou alguma vez um aplicativo de delivery como o iFood ou Rappi? 12 milhões de brasileiros já usaram, e isto somente no iFood.
Você já utilizou alguma vez um banco digital como o Nubank ou Inter? 10 milhões de brasileiros já usaram, e isto somente no Nubank.
Estas startups com solução específica, apesar de já possuírem números expressivos, ainda representam pouco diante do tamanho da população do Brasil. Se olharmos aplicativos de rede social como o Facebook, já vemos que 130 milhões de brasileiros já usaram.
Amazon, Netflix, Spotify, Airbnb e tantas outras poderiam ser também exemplos de grande uso no Brasil. Todas startups. Todas empresas que trouxeram soluções inovadoras através de modelos escaláveis e hoje atuam em diversos lugares do mundo entregando seus serviços e produtos.
Negócio de gente grande
Olhando sob outra perspectiva, agora de negócios e investimento, vemos parte dos empresários mais tradicionais ainda com uma visão preconceituosa das startups, as entendendo como negócios pequenos, iniciativas temporárias e sem probabilidade de futuro bem sucedido.
É verdade que vários destes novos negócios vão acabar morrendo, mas este é o preço que a inovação acaba pagando. Ainda assim, vemos um amadurecimento do ecossistema acontecendo com o aumento de número de startups, aumento do número de unicórnios (empresas avaliadas em US$1 bilhão), aumento de comunidades, de programas de aproximação com grandes empresas, de investimento e tantos outros sinais como comentei neste artigo.
Startup tem se tornado oportunidade de negócio, de investimento e de trabalho para várias pessoas, e a tendência é de vermos estes números crescendo com os incentivos públicos corretos, com os estímulos em universidades e até mesmo com os programas de TV aberta como os recentes Planeta Startup na Band e O Anjo Investidor na Rede TV.
Hoje, as startups já estão presentes no nosso celular, na nossa TV, no nosso computador, e com certeza estarão cada vez mais presentes no nosso dia a dia.
Anderson Arcenio é bacharel em Sistemas de Informação pela Unesp Bauru, pós-graduado em Gerenciamento de Projetos e atua há 14 anos com projetos digitais. Empreendedor com startups há 9 anos, hoje é sócio das empresas FCJ Bauru, Cocreare, Protarefa, Salus e Dinamize, além de estar à frente da comunidade local Sandwich Valley
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