Na véspera do CASE, o STARTUPI, em parceria com a Abstartups, realizou a maior imersão no ecossistema de inovação e tecnologia em São Paulo. Durante três dias, mais de 300 empreendedores de 15 estados do País, visitaram mais de 30 empresas inovadoras: startups, unicórnios e corporações. Divididos em grupos, puderam conhecer os bastidores e conversar de perto com fundadores, sócios, executivos e heads de programas de inovação, permitindo uma experiência incrível e muita troca de conhecimento e networking.
Confira aqui alguns dos principais assuntos abordados durante a imersão:
No dia 27, o ponto de encontro dos empreendedores foi no Spaces Vila Olímpia, marca de coworking, do mesmo grupo da já conhecida Regus. A marca Spaces é original de Amsterdã e tem como objetivo oferecer um ambiente de trabalho flexível e inspirador, voltado para profissionais e empresas em crescimento.
Geraldo Santos, Diretor Geral do Startupi, recebeu o grupo e falou sobre a dinâmica do evento e sobre a importância desta parceria para o ecossistema de inovação de São Paulo. “Em nome do Startupi quero agradecer a parceria, a presença de todos os convidados para esse evento que realizamos uma vez ao ano, desde 2018, onde nossa meta é fazer sempre algo maior, criando um ecossistema maduro, ajudando para que as startups possam crescer e ganhar escala mundial”, destaca.
Em seguida, os grupos foram divididos e direcionados para as suas visitas. Alguns empreendedores e startups buscam nessa imersão ideias inovadoras que possam levar para suas cidades. Outros já possuem uma ideia e precisam apenas de uma oportunidade para expor à alguma empresa interessada, além de expandir o network e quem sabe até conseguir contatos com possíveis investidores. Confira abaixo alguns temas abordados durante as visitas:
Fusões e Aquisições
Noticiamos semanalmente diversos cases de fusões e aquisições de startups. Um grande case de sucesso é a Movile, dona de aplicativos como Sympla, Playkids e iFood, que recentemente recebeu um investimento de US$500 milhões. Outro case é a Grow, marca de micromobilidade que surgiu da fusão da Grin e Yellow.
Com presença em 19 cidades latino-americanas e 5 milhões de usuários, a startup é atualmente a terceira maior companhia de mobilidade urbana no mundo e tem como objetivo tornar as cidades mais acessíveis ao oferecer soluções inteligentes de mobilidade, pagamento e logística.
Recentemente a startup também anunciou uma parceria com a fintech mexicana Flinto. Fundada em 2017 por 4 estudantes com idades entre 17 e 21 anos, ela permite que milhares de mexicanos possam fazer qualquer pagamento, transferir dinheiro e ter sua conta disponível no telefone celular, mesmo sem ter conta bancária.
Esta poderosa união em ter à mão alternativas de pagamento e opções de micromobilidade faz parte dos planos de expansão que a Grow tem para 2020.
Segundo Marcelo Loureiro, Vice Presidente da Grow, um ponto importante que deve ser levado em consideração antes da fusão com outra empresa é a cultura dos sócios. Para ele é fundamental entender se eles possuem os mesmos valores que você para evitar surpresas futuras.
Também tivemos a chance de conhecer de perto o Grupo Zap, empresa do Grupo Globo que é resultado de uma fusão com o Vila Real enquanto era uma startup, nacionalmente referenciada como a maior plataforma online de busca de imóveis do país. Além do trato no ramo imobiliário, a atuação do Grupo Zap é pautada na conexão entre imobiliárias, incorporadoras, corretores de imóveis e clientes, apresentando as melhores soluções em qualquer região, de acordo com as necessidades dos clientes.
Para Renata Lorenz, COO do Grupo Zap, destaca que o mercado imobiliário conta com a tecnologia como uma aliada para promover maior velocidade na transação e navegação de informações, usufruindo de uma quantidade maior de dados disponíveis. “Se antes, para saber o que estava disponível precisava consultar entre seis e oito lugares, hoje você acessa os nossos portais e tem tudo disponível, tem a prévia de uma visita com fotos e localização, extraindo o máximo de informações sem sair de casa; e isso só é verdade por causa da tecnologia. A gente também tem um modelo de dados que ajuda a precificar o mercado de forma mais transparente, mais eficiente, tornando o mercado mais líquido e mais próspero”.
A COO do Grupo ZAP ressalta a fusão da startup como um divisor de águas, que por meio da união de forças e do redesenho das experiências de ambas as empresas permite transformar o mercado imobiliário em lugar melhor.
Outro exemplo de empresa referência em fusões e aquisições é a VTEX, multinacional brasileira responsável por desenvolver tecnologias de implantação e gestão de lojas virtuais, e-commerce e omnichannel. Com unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e João Pessoa, a VTEX possui escritórios em outras 14 unidades no exterior.
Segundo o sócio da empresa, Felipe Dellaqua, o segredo para encontrar a startup que dê o “match” ideal na hora de investir ou adquirir uma empresa é olhar para os fundadores. “Se ele tiver uma cultura próxima da gente, acho que isso é muito importante para ter “match” dentro de um relacionamento de longo prazo. A ideia pode ser boa, mas se você não tiver fundadores bons e com track recorde, a chance de não evoluir é muito alta. Então a gente sempre olha fundadores que querem construir realmente alguma coisa diferenciada, que queiram resolver algum problema grande, de algum segmento. A gente acredita que tendo essas variáveis é a melhor forma de você encontrar uma startup para investir”. E acrescenta. “O grande ponto positivo da startup é você poder decidir em que momento você tem que abandonar uma ideia e seguir para outra ideia”.
No vídeo abaixo, Felipe Dellaqua, sócio da VTEX, fala sobre como manter a cultura das empresas após a aquisição, agregando ambas em um único propósito:
Saúde Financeira
A Neon é uma fintech especializada na abertura e movimentação de contas-correntes digitais para pessoas físicas e, mais recentemente, jurídicas (PJ). Durante um ano, a empresa desenvolveu testes em uma versão beta, com base de mil usuários, para entender as necessidades e especificidades dos clientes PJ.
Recentemente a startup recebeu um investimento de R$400 milhões do fundo de private equity General Atlantic e do Banco Votorantim numa rodada histórica que já é considerada a maior em investimentos Series B já realizados no Brasil. Os fundos de Venture Capital Monashees, Omidyar Network, Propel, Quona e Mabi, investidores na Series A, acompanharam o aporte, reforçando a confiança dos acionistas.
A ideia de ser uma empresa descomplicada vai de encontro ao público-alvo da empresa: millennials, o grupo formado por jovens entre 18 a 35 anos de idade que já nasceram no universo da internet, que são, em sua maioria, heavy users de mídias sociais e compartilham suas experiências online.
De acordo com a Forbes, a Neon está na 3° posição como a melhor instituição financeira do Brasil. Hoje é possível abrir uma conta Neon em 24 minutos, sendo um dos maiores destaques e preferência dos clientes o cartão digital, seja para aqueles que não conseguem um cartão de crédito devido a alguma restrição, como para aqueles que preferem uma forma de pagamento diferenciada para realizar compras em parceiros, contratar serviços e outros, onde basta apenas ter saldo em conta para conseguir emiti-lo.
Para o futuro, a Neon tem interesse em liberar o acesso a conta digital para menores de idade, já de olho na educação financeira para esse público que já entende a necessidade de cuidar do dinheiro de uma forma diferenciada.
Em um bate-papo com os visitantes, Fabio Zveibil, que é VP de Desenvolvimento de Negócios da Creditas, apresentou a filosofia da empresa, trajetória de crescimento, seu segmento de produtos minuciosamente planejados para seus leads e falou sobre uma grande novidade para 2020, que é a abertura de uma loja Creditas.
Além dos diferenciais de inovação e tecnologia da Creditas em relação às empresas que atuam em segmentos semelhantes, Fabio destaca que os empreendedores que procuram startups para empréstimos ao invés dos grandes e tradicionais bancos têm inúmeros benefícios, a começar pelo fato de “as startups terem uma mentalidade mais focada no consumidor, antes de pensar no produto e por isso conseguem desenvolver soluções mais aderentes e ajudam, por meio de garantias, seus clientes a desenvolverem seus negócios e realizarem planos”.
Quando questionado sobre o diferencial da Creditas em relação a outras empresas que atuam no mesmo segmento, Fabio ressalta que “As instituições tradicionais estão copiando o modelo de sucesso das startups, das fintechs, lançando iniciativas digitais, fintechs incubadas dentro de um banco para atuar em um segmento específico e isso é legal, porque mostra que a gente está fazendo um bom trabalho, levando diferença para o consumidor final, mas essas iniciativas novas vão ter algumas dificuldades por utilizar o modelo de atuação das startups em estruturas muito grandes que caminham mais devagar e têm as dificuldades de uma instituição tradicional para inovar, para se mexer rápido, desenvolver produtos mais tecnológicos, mais modernos e mais indicados para as necessidades do cliente final. Então, acho que a gente consegue se mexer mais rápido e inovar mais rápido que essas outras iniciativas”.
E por que não falar de uma startup que criou uma solução para facilitar a gestão financeira dos negócios? A Conta Azul conecta as pequenas empresa com sua contabilidade, bancos, governo e outros aplicativos para que o dono do negócio tenha em só lugar, tudo aquilo que precisa. Contas a pagar, valores a receber, controle de estoque, conciliação bancária, controle de vendas e fluxo de caixa são apenas algumas das diversas funcionalidades da plataforma.
A Conta Azul foi fundada em 2012 em Joinville (SC), mas hoje também possui um escritório próprio em São Paulo, onde fomos recebidos por Filipe Cavalcante, Head de Performance. A startup foi uma das primeiras a participar do programa de aceleração do 500 Startups e recebeu investimentos de fundos de venture capital internacionais, como Ribbit Capital, Monashees, Valar Ventures e Tiger Global Management.
A startup está realmente transformando a relação entre as pequenas empesas com as Instituições financeiras, prova disso, são as últimas parcerias fechadas com Banco Inter, Original, Sicoob, Banrisul, Sicredi, Banco de Brasília e inclusive com o BNDES, que permite que empresas com operação no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, que não têm uma plataforma para gestão, possam fazer a contratação da Conta Azul, diretamente pelo Canal MPME com um desconto na assinatura de até 35%.
No vídeo abaixo, Erica Fonseca, fala sobre como a Conta Azul está usando a tecnologia para revolucionar a contabilidade dos pequenos negócios:
Snacks
Esta edição do Plus Day | Innovation Tour contou com o apoio da Mais Pura, Frispy, Snackout, Pinati e Bolo de Copinho que garantiram que a imersão ficasse ainda mais gostosa.
Ao final do dia, todos os grupos se reuniram novamente no CUBO, maior hub de inovação de São Paulo. Lá eles puderam conhecer de perto a iniciativa do hub. E como ninguém é de ferro, o Subway, super apoiador do Plus Day | Innovation Tour, ofereceu lanches e cookies para todos os participantes.
Além do Plus Day, na véspera do CASE, imersões como essas são realizadas durante o ano todo pelo STARTUPI, tanto em São Paulo, quanto nos principais Polos de Inovação por todo Brasil, América Latina e outros países. Quer levar grupos de sua cidade ou empresa para viver essa experiência? Fale conosco pelo education@startupi.com.br.
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