As dez novas startups de impacto social que participarão da terceira turma do programa de aceleração da Estação Hack, centro de inovação do Facebook, neste semestre, já foram escolhidas. São negócios que usam dados em escala, oferecem produtos e serviços que resolvem grandes desafios da sociedade e com potencial de impactar milhares, ou até milhões de pessoas. Para essa terceira rodada de aceleração, foram selecionadas empresas que atuam em prol da Saúde, Acessibilidade, Inclusão Social e Digital, Empregabilidade, entre outras.

Mais de 1,2 mil negócios participaram das etapas de seleção, que avaliaram a capacidade de tornar as cidades mais inclusivas e sustentáveis, comprometimento dos empreendedores, atuação com comunidades de baixa renda e sustentabilidade financeira.

Durante seis meses, os participantes residentes na Estação Hack terão seus modelos de negócios aprimorados, refinamento para as áreas sociais que suas soluções objetivam impactar, mentoria do Facebook e de especialistas em diversos temas relacionados aos seus negócios e acesso à metodologia Artemisia, organização pioneira no fomento de negócios com impacto social no Brasil.

Resultados

Entre as startups da segunda turma que apresentaram resultados de sucesso estão a Parafuzo, que captou uma nova rodada de investimentos para sua plataforma que liga autônomos com oportunidades de trabalho em serviços domésticos e corporativos de limpeza. A Egalitê, plataforma para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, é outro exemplo. Com foco em promover melhorias para a empregabilidade, atingiu mais de 6 mil PCDs de todo o Brasil e fechou 48 novos clientes em 2018. Com a aceleração, registrou um aumento de 22% no faturamento anual e de 48% no segundo semestre em relação ao primeiro. Já a MEI Fácil, que foi pensada para facilitar o microempreendedorismo, fornecendo informações para vencer as barreiras burocráticas, alcançou nova rodada de investimentos e atingiu marca de 500 mil downloads.

Novidade para 2019

Este ano, com o objetivo de levar treinamento em tecnologia, mentoria e capacitação para empresas inovadoras de outras regiões do país, a Estação Hack anunciou seu programa itinerante chamado Estação Hack Na Estrada. A iniciativa beneficiará empreendedores de fora de São Paulo que tenham startups que impactem positivamente a vida das pessoas e de suas comunidades.

As dez startups selecionadas para compor a terceira turma do programa de aceleração da Estação Hack neste semestre são:

Pulsares – Startup da área da saúde que desenvolveu um software de prescrição médica eletrônica, que gera um modelo inovador de receita, que otimiza o trabalho dos profissionais de medicina e facilita a compreensão do paciente sobre tratamento e doenças.

ISGame – Ensina jovens e idosos a desenvolver games em 2D para PCs e smartphones. Além de promover a inclusão digital, a programação e o uso dos games desenvolvidos pela ISGame também são uma forma de tratamento preventivo para doenças cognitivas para idosos.

EntregAli – Startup com a proposta de solucionar o problema de recebimento de encomendas para quem vive em locais de difícil acesso ou enfrentam conflitos de horários de entrega. Com o EntregAli, o cliente cadastra sua caixa postal em um ponto de coleta chamado CollectSpot, instalado em pontos comerciais ou condomínios, e passa a receber suas encomendas por um autosserviço acessível e seguro.

Carambola – Capacita profissionais de TI e os conecta com as empresas que necessitam de seus serviços. Com metodologia de ensino própria, trabalha para que o time de consultores alcance o nível técnico desejado pelos seus clientes.

Go Diáspora – Primeira agência de intercâmbio do Brasil a trabalhar principalmente com países onde a cultura negra se faz fortemente presente. Além de desmistificar a realidade desses países, oferece essa experiência a um custo acessível para todos os gostos e bolsos.

Molécoola – Com lojas-contêineres, incentiva a população a trocar seus lixos recicláveis por pontos de fidelidade. Busca otimizar a logística reversa de recicláveis pós-consumo, recebendo-os e destinando-os adequadamente e com rastreabilidade, atendendo à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Livre – Traz a solução Kit Livre, um equipamento que suporta usuários de qualquer peso e transforma uma cadeira de rodas em um triciclo motorizado elétrico, permitindo uma autonomia média de 25 km de deslocamento a cadeirantes. Também apoia o usuário em diversas necessidades, como andar sobre calçadas danificadas, descer e subir guias e andar sobre a grama e terrenos arenosos.

Jobecam – Plataforma interativa de automatização dos processos que conecta empresas a profissionais interessados em trabalhar nelas por meio de vídeo-recrutamento e entrevistas às cegas. O sistema utiliza inteligência artificial para filtrar e ranquear os perfis adequados para as posições de trabalho em aberto. Com isso, torna possível que recrutadores avaliem os candidatos evitando tomada de decisões por vieses inconscientes e tornando o processo mais eficiente.

Celebrar – Produtora virtual de eventos que reúne uma comunidade de fornecedores de serviços para eventos em uma única plataforma. O objetivo da Celebrar é reduzir a complexidade e o tempo gasto nas cotações de preços e aumentar a eficiência de mercado. Com a plataforma, dá visibilidade e insere no mercado fornecedores que são formalizados e capacitados.

MGov – Primeira empresa de nudgebots do Brasil. Inspirada na teoria desenvolvida por Richard Thaler — Prêmio Nobel de Economia — que diz que o comportamento pode ser efetivamente mudado com lembretes e nudges (conceito de arquitetura de escolha) enviados de forma persistente, formando novos hábitos. Possuem uma tecnologia que frequentemente envia reforços positivos para os usuários, sugerindo comportamentos e incentivando escolhas, com o objetivo de melhorar a educação financeira e prevenir inadimplência.

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