De acordo com a Federação Nacional de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist), o segmento de segurança privada fatura cerca de R$55 bilhões ao ano. Para os EUA, Europa e Ásia, a previsão é de que até o próximo ano esta receita atinja US$200 bilhões. No Brasil, são cerca de 700 mil profissionais formalizados neste segmento, um número maior que o exército brasileiro.

Entretanto, em grandes cidades com alto índice de criminalidade, como São Paulo, não são todos que podem contar com um segurança particular o dia inteiro. Pensando nisso, a startup Anjo 55 criou uma solução: agora, é possível contratar escolta pagando o vigilante por minuto de serviço prestado.

A ideia, que promete facilitar os serviços de segurança pessoal na capital paulista, surgiu há dois anos, quando Fernando Braga, fundador e CEO da empresa, convidou Rafael Barros, desenvolvedor de tecnologia e CTO da startup, para ajudar a tirar o plano do papel. A criação do Anjo 55 rendeu aos empreendedores parcerias com aceleradoras de startups e outras empresas.

“As grandes ideias surgem de grandes necessidades. Moro em São Paulo desde que nasci e já cansei de ver as pessoas com medo de transitar pela cidade. O Trânsito e a insegurança são os principais fatores que contribuem para a falta de qualidade de vida. Nos acostumamos a ficar apavorados quando o farol fecha a noite e as vezes pessoas preferem o risco de atravessar a noite, sem contar a agonia de chegar e sair de casa”, explica Fernando, sobre a ideação do projeto.

Hoje, a empresa já recebeu cerca de R$1 milhão em investimento para colocar a empresa para funcionar e hoje tem uma base de 1.000 clientes cadastrados na capital paulistana, onde funciona nos bairros do Brooklin, Moema, Jardins, Morumbi, Itaim Bibi e Alto de Pinheiros, quarta a domingo de 18h às 4h.

“O nosso objetivo é mostrar para as pessoas que a contratação de uma escolta é tão acessível quanto pedir comida, carro ou babás. A tecnologia avançou a ponto de oferecer inúmeros serviços, por que não usar em favor da segurança pessoal? Isso foi o que pensamos ao desenvolver o Anjo 55”, explica Rafael.

A startup está em operação há apenas quatro meses, crescendo 120% ao mês. De acordo com os fundadores, o objetivo é que o faturamento chegue a R$300 mil. Para eles, o serviço da startup destina-se a qualquer pessoa que tenha medo de transitar pela cidade. “Contratando esse serviço, o usuário e a família ganham qualidade de vida através de segurança. Pagando por minuto só vale o período que está usando, assim fica mais acessível”, diz Fernando.

A frota de vigilantes do aplicativo é disponibilizada por uma empresa de segurança com atuação de 33 anos no mercado brasileiro, garantindo a privacidade do usuário, que pode solicitar a escolta por um apelido e sem a necessidade de informar o percurso ao vigilante. “Funciona como os aplicativos on demand, você coloca o endereço de partida e o de chegada, só que em vez de pedir um carro, você pede um vigilante pagando por minuto rodado. Cuidamos da tecnologia, marketing e atendimento, nossa parceira, a Gocil Segurança e Multisserviços, da operação. A escolta não é armada porque nunca devemos reagir a um assalto a mão armada. Uma central monitora toda a operação em tempo real e aciona a policia imediatamente em caso de ocorrência. Nosso principal objetivo é evitar”, explica o CEO.

O objetivo da startup é expandir dentro da cidade de São Paulo, paralelamente a outras cidades brasileiras e também o exterior, onde já foram procurados por investidores, dizem os sócios. O serviço custa a partir de R$2,70 por minuto e o usuário poderá pagar direto pela plataforma por meio do cartão de crédito cadastrado. O aplicativo está disponível para iOS e Android, e pode ser baixado aqui.

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