* Por Bruno Perin

Adoro aquele ditado – tropeçamos nas pequenas pedras, não nas grandes montanhas. Um negócio ir mal, geralmente é a combinação de vários pequenos fatores que se acumulam despercebidamente, o que infelizmente é muito natural. Negócios são dinâmicos, vorazes e consomem energia, tempo e disposição como um buraco negro. Faz parte dessa loucura nos perdermos em pequenas coisas e se atentar apenas quando os sintomas ficam muito fortes.

A ideia deste Check List é ajudar você a PREVENIR, antes de ir parar na UTI vendo que a empresa está a ladeira a baixo com freios quebrados. Eu sou seu parceiro nessa, escrevo aqui situações que seguido me pego falhando e preciso ajustar, mas a parte boa é que quando me dou conta disso, sinto um reflexo imediato nos resultados dos negócios. Vamos a elas:

#1 Reuniões bobas

Possivelmente o maior tomador de
tempo de um empreendedor são as reuniões inúteis. Hoje é natural as pessoas
resolverem agendar reuniões por tudo e qualquer motivo e dentro dessas não
resolvem o que precisam, transformando a solução em mais reuniões.

O uso eficiente do tempo e pensamento é o maior ativo do empreendedor, portanto, não participar de certas reuniões, delegar outras ações, colocar limite de tempo e diversas técnicas para qualificar faz toda a diferença na sua eficiência.

#2 Dizer sim para tudo

No início é o mais comum de
acontecer, enquanto não se tem conhecimento do que é “furada” e o que são boas
alternativas. Grande parte dos empreendedores ao menor fio de luz de uma
possibilidade, abraçam-na.

Assim como as reuniões, muito tempo é
consumido com aquilo que não é adequado ao negócio. Grandes empreendedores
sabem dizer NÃO de uma forma educada para a maior parte das propostas que fogem
da linha central do business.

#3 Não permitir questionamentos

Nada pior do que certezas absolutas,
elas não permitem evolução. Existem dois tipos de questionamentos, o que menos
fazemos é a nós mesmos, quando perguntamos se o produto é bom mesmo, se os
clientes estão certos ou se somos bons líderes… Os questionamentos lhe
permitem investigar mais profundamente o que amplia a visão das possibilidades.

Outro ponto é o questionamento
levantado por outras pessoas, quando reprimidos, evitam também analises
importantes. Todas as pessoas devem ser incentivadas a questionar sem
preocupação, na verdade com o incentivo de que estão ajudando a melhorar.
Afinal mesmo que o questionamento não leve a uma melhoria ou inovação, pelo
menos fortalece a crença.

#4 Só apagar incêndios 

Enlouquecer resolvendo problemas é
algo que todo o empreendedor cai de tempos em tempos. É como as escapadas da
dieta que volta e meia fazemos, o problema é não se dar conta rápido e parar
com isso.

Uma empresa não cresce apenas com o
que precisa ser feito, mas também com o que é importante a fazer
. Ao ficar apenas ajustando para que as coisas
funcionem, muitas vezes não existe espaço para atuar naquilo que levará ao
próximo passo, e nada é pior que isso para o futuro.

#5 Não dar liberdade às pessoas

As pessoas que estão em determinada
atividade convivem com aquilo e geralmente acabam descobrindo as melhores
formas de resolver as coisas, infelizmente a ambição de centralizar e achar que
se tem as melhores respostas faz com que empreendedores não permitam as pessoas
fazerem por elas mesmas.

Quem está imerso pode não perceber
questões estratégicas importantes, mas operacionalmente tem as melhores
condições de lidar com tudo. Portanto, é preciso permitir que elas tentem,
errem, aprendam e evoluam.

#6 Focar apenas no negócio

É uma gangorra muito difícil de
equilibrar, as reuniões bobas e dizer “sim” a tudo com reuniões de networking
importantes, que não são tão diretamente relacionadas ao negócio, mas são
fundamentais para o crescimento. Muitos empreendedores fazem ao contrário
desses, permanecendo extremamente abertos a tudo e se fecham em um casulo e
param de frequentar reuniões para manter laços e aprender.

Ir a eventos para encontrar outros
empreendedores, entidades e afins são importantes para fases que estão por vir,
receber informações que podem lhe gerar grandes oportunidades. Pessoas se
conectam com pessoas, portanto, é preciso estar presente as vezes.

#7 Não conversar com a equipe

O trabalho está feito, então tudo está ótimo é uma máxima seguida – em time que está ganhando não se mexe, né?!. Muitas vezes as pessoas querem falar algo, mas não estão sentindo-se a vontade, outras vezes elas não tem parado para perceber como estão indo as coisas, todos apenas a mercê do furacão business.

O hábito de falar com as pessoas além
de manter a conexão e engajamento serve para perceber sobre como as coisas
estão indo, parar e refletir, afinal o padrão muda constantemente, não estar a
par de como tudo está indo é perder a chance de pequenos ajustes que lá na
frente refletirão muito.

Olhe diversas vezes.

Este é um tipo de material que vale a pena retomar de tempos em tempos para verificar, certamente sempre terá alguma coisinha que está lhe escapando. Ok, como falei no início – é assim comigo também. Mas o melhor é perceber agora e colocar as coisas novamente no prumo, do que perceber só quando estiver rumo em direção ao poço.


Bruno Perin

Bruno Perin, um cara Free LifeStyle, empreendedor, consultor, palestrante e escritor. Autor do livro – A Revolução das Startups. Pioneiro na combinação dos conhecimentos em Startup, Empreendedorismo, Marketing e Comportamento Jovem alinhado a Neurociência. Busca das formas mais diferentes, malucas e inusitadas possíveis desenvolver pessoas e negócios que façam a diferença no mundo, de jeito divertido, valorizando a vida e o agora.

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