* Por Monique Polerá

Deixar o seu site acessível significa, em outras palavras, possibilitar que o seu conteúdo seja compreendido por todas as pessoas. Se considerarmos por exemplo a comunidade surda, 98% dos sites brasileiros não podem ser usados por essa população. Isso acontece por conta da falta de acessibilidade em Libras. E essa é apenas uma das deficiências existentes. Todas as outras também requerem uma atenção especial na hora de pensar um conteúdo acessível.

Muitas vezes, o formato como produzimos um texto ou montamos o layout do site pode impossibilitar o acesso para muita gente. Mas como começar? Nesse texto, vamos dar algumas dicas que irão melhorar a acessibilidade do seu site e que não precisam da ajuda de nenhum software específico para serem feitas.

Algumas pequenas mudanças fazem uma grande diferença!

Atenção na hora da escrita!

Na hora de escrever um texto, é importante deixar o seu conteúdo o mais direto possível. Isso faz com que pessoas com dislexia ou que possuam deficiência intelectual consigam entender o que está escrito.

Na cartilha de acessibilidade na web da W3C Brasil, você pode encontrar várias recomendações para quem quer tornar o texto acessível. Entre elas estão: evitar frases redundantes e prolixas, não cometer erros de gramática, ortografia e pontuação, e não fazer uso de jargões, metáforas e abreviações sem explicações prévias.

Desta forma, um número muito maior de pessoas – até mesmo as que não tem deficiência – terá bem mais facilidade na hora de compreender o seu conteúdo. E isso é ótimo, não é mesmo?

A formatação não é menos importante

A maneira de formatar o texto é muito importante para que as pessoas com deficiência consigam acessá-lo. Para te ajudar, aí vão  quatro dicas muito simples:

  • Não justifique o seu texto! Ao fazer isso, criam-se espaços irregulares entre as palavras o que dificulta a leitura para pessoas com deficiência intelectual e com dislexia.
  • Também é importante não fazer o uso de fontes serifadas. Apesar de serem decorativas, elas atrapalham a leitura, dando um efeito poluído e confuso ao texto.
  • Quando for destacar uma informação, sublinhe ou use negrito: apenas mudar a cor da sentença pode fazer com que pessoas com daltonismo não vejam a diferença.
  • Coloque os links em uma frase toda, ou em um período um pouco maior do que o de apenas uma palavra. Isso faz com que pessoas com deficiência motora tenham muito mais facilidade de clicar.

Pense na cara do seu site!

Quando for pensar o layout de um site, a acessibilidade deve ser planejada desde o início. Desse modo, tente organizar as informações da forma mais prática possível, utilizando tópicos e separações realmente importantes.

Além disso, a paleta de cores escolhida também é uma questão central. Isso porque nem todos enxergam as tonalidades da mesma forma. Pessoas com daltonismo, por exemplo, podem não compreender a informação que você deseja transmitir dependendo da cor que for utilizada. Você pode simular a visão de um daltônico em ferramentas como o ColorBlind.  Assim, dá para ter uma ideia muito melhor de quais cores escolher.

Uma outra dica é não utilizar uma fonte totalmente preta sobre um fundo totalmente branco: isso torna as palavras turvas para pessoas com dislexia e as impossibilita de ler o seu conteúdo.Viu só? Algumas medidas simples e que só requerem um pouquinho mais de atenção fazem toda a diferença para tornar o seu conteúdo muito mais acessível. Existem várias outras ferramentas que podem te auxiliar a se aprofundar ainda mais nessa questão, mas essas dicas já vão te ajudar para um bom começo na acessibilidade digital!


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Monique Polerá é estudante de jornalismo e produtora de conteúdo na Hand Talk.

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