Os insights dos empreendedores podem vir a qualquer hora e lugar. A prova disso é Flávia Barros, Pós graduada em Direção de Arte e Moda, com bacheral em Estilismo, que ao pendurar as roupas no varal de sua casa, pensou: “tenho várias roupas e outros itens que gostaria de me desfazer e preciso de várias outras coisas que neste momento não posso comprar, pois acabei de me desligar do mundo corporativo”.
Foi aí que ela pensou: “por que eu tenho que esperar ter dinheiro para adquirir algo que preciso ou que desejo? Por que não trocar algo que não estou usando por algo que preciso?”, assim nasceu a That’s Mine, um marketplace para troca de vestuário e acessórios.
O app funciona de forma bem simples, ao cadastrar sua peça, você ganha “Miners”, uma moeda interna do app que foi criada para facilitar a troca, dando agilidade ao processo. A plataforma determina o valor de Miners de cada item e com estes Miners é possível adquirir qualquer outro produto dentro da plataforma.
Toda peça passa por uma curadoria e precisa estar minimamente usável, mas Flávia conta que eles não fazem distinção de marcas ou qualquer outro comparativo que possa diminuir ou viabilizar a participação no app.
Além disso, cada peça fica disponível na plataforma por seis meses e mesmo que ela não seja adquirida por outro usuário, ela será doada para uma ONG cadastrada, por escolha do doador. Além disso, sobre cada peça, 10% do valor é revertido para uma causa. Na plataforma se encontram todas as informações sobre as ONGs, bem como quantos Miners cada instituição já arrecadou.
As ONGS interessadas precisam se cadastrar no site da startup e passar por uma curadoria com uma assistente social, responsável por toda análise e aprovação. As ONGs são rotativas e mudam a cada 6 meses, podendo retornar em outros momentos, conforme a necessidade de cada uma.
A That’s Mine disponibiliza duas formas para que os usuários possam adquirir um produto, caso não tenha Miners suficiente: por um percentual suplementar fixo de até 30% de Miners, para a complementação dos pontos necessários para a aquisição da oferta desejada ou por optar em incluir mais peças na plataforma, sem ter que comprar os Miners.
“O dinheiro gera a expectativa do ganho, e o ganho muitas vezes depende do tempo e da aprovação de alguém. A ideia da That’s Mine não é fazer com que o consumidor arrecade dinheiro, e sim gerar novas possibilidades de ganho sem ter a expectativa e a espera. Quando falamos de compra de Miners complementares, o valor corresponde a 5 miners = R$1”, destaca.
E já pensou na possibilidade de coisas que podem ser trocadas? Flávia conta que moda, além de ser uma área que ela domina profissionalmente, o estoque maior de produtos dentro da casa de cada um é o guarda-roupa, mas sim, ela pensa em expandir para outros produtos como decoração, móveis, autos e até mesmo imóveis.
“A troca pela troca existe nas redes sociais, mas com a espera da sinergia de gostos, pois você precisa esperar alguém gostar do seu produto para realizar a troca. Na That’s Mine não tem espera, tem a possibilidade de giro rápido através da troca”.
Flávia destaca que tem a sensação de que o dinheiro não existe mais. O dinheiro passou a ser “invisível”. Essa é a realidade! “O dinheiro nada mais é que um meio de troca que surgiu para facilitar a negociação de bens entre pessoas do mundo inteiro. A tecnologia já tomou conta do mundo financeiro, podemos transferir quantias de dinheiro de diversos valores de um lado para o outo sem jamais materializa-lo”.
Como seria voltar no tempo e, ao invés de usarmos o dinheiro, usarmos o escambo entre produtos e serviços? Não precisamos voltar no tempo, isso está acontecendo agora no That’s Mine. E aí, o que você tem pra trocar hoje?
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