Um aplicativo de transporte “inspirado por mulheres, para mulheres”: assim é o Lady Driver, criado para conectar passageiras e motoristas mulheres. A iniciativa foi uma das precursoras do movimento no Brasil e hoje é o maior aplicativo feminino do mundo, segundo o Financial Times, com mais de 46 mil motoristas cadastradas e 1 milhão de passageiras.

Com o objetivo de promover igualdade de gênero a um segmento predominantemente masculino, o app foi desenvolvido também para atender questões específicas do público feminino. Segundo a pesquisa da ActionAid, 86% das mulheres brasileiras já sofreram assédio em espaços públicos e 68% temem ser assediadas em transportes públicos.

A fundadora e CEO do Lady Driver, Gabryella Correa, infelizmente, faz parte dessa estatística. “Sofri um assédio de um motorista que chamei pelo aplicativo e depois eu fiquei pensando: quantas mulheres já passaram pelo mesmo que eu passei?”, conta. A ideia de desenvolver um aplicativo de transporte feminino que tivesse como diferencial a segurança na mobilidade de mulheres surgiu como resposta.

O aplicativo foi legalizado em 2017, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e desde então funciona em São Paulo e Guarulhos, com pretensão de atender em breve outras cidades do país. Para utilizar o serviço, basta baixar o aplicativo no celular e fornecer dados pessoais, escolher um método de pagamento e, opcionalmente, cadastrar um contato de emergência. Assim como o Uber e apps semelhantes, é possível agendar ou solicitar uma corrida e visualizar a estimativa de preço.

Aprendizado na trajetória empreendedora

Antes de criar seu próprio aplicativo de transporte, Gabryella acumulou aprendizados no mundo do empreendedorismo. Seu primeiro contato foi através de seu pai, dono de uma oficina mecânica. Apesar de desde cedo estar em contato com o setor relacionado a meios de transporte, a primeira experiência solo como empreendedora foi na construção civil.

Com a empresa, que chegou a ter quase 80 funcionários, enfrentou diversas dificuldades relacionadas à gestão de finanças, o que a levou à falência. “Quando seu negócio não dá certo, você acaba olhando para onde errou. Foi aí que busquei aprender mais sobre finanças e organização”, comenta.

A CEO e fundadora do Lady Driver compartilha sua trajetória e fala mais sobre seus aprendizados em uma participação especial no segundo episódio do Carreira Mulher. Apresentado pela especialista em desenvolvimento Fabrícia Faé, o programa explora os caminhos que levam à liderança feminina e está disponível com exclusividade no Administradores Premium.

Originalmente publicado neste site

Ronaldo Faria Lima
Desenvolvedor de software há 23+ anos. Escreveu software para indústrias diversas, como telecomunicações e hospitality, em sistemas que variam de aplicações de missão crítica a sistemas embarcados em plataforma móvel celular.

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