* Por Henrique Volpi
Lançada em 2016 pelo FCA (Autoridade Financeira do Reino Unido), o sandbox regulatório se estabeleceu como uma maneira muito rápida, regulada e inteligente de setores regulados da economia proverem a inovação. Os principais cases, por motivos óbvios, acabaram aparecendo dentro do segmento de fintechs.
Um sandbox regulatório permite que novas startups testem seus produtos, serviços e modelos de negócios inovadores no mercado real sendo monitoradas e reguladas por órgãos competentes, obedecendo determinados limites do edital, sendo que estes geralmente limitam a quantidade de usuários e o risco total exposto.
No final do período do sandbox, determinado no edital, a startup pode ser autorizada a atuar com uma licença full dentro daquele segmento que ela previamente optou em atuar e inovar.
O Brasil também terá os seus sandbox regulatórios, já que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está prestes a lançar sua própria iniciativa (provavelmente no primeiro semestre de 2020), seguida pelo Banco Central do Brasil (BACEN).
A Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), foi a pioneira e já lançou a sua consulta pública, que se encerra no final do mês, além de publicar uma circular e o seu próprio edital.
Na prática, as insurtechs poderão atuar como seguradoras dentro das normas e regras estabelecidas no edital. O objetivo é aumentar a concorrência e a redução de custos aos consumidores. Esperamos muitas novidades tecnológicas como seguros “on-demand” e a utilização de Blockchain e Inteligência artificial. Afinal, um grande momento para a Inovação em fintechs e insurtechs!
Henrique Volpi é sócio-fundador da Kakau Seguros, formado em Administração pela PUC-SP, com especializações em fintech pelo MIT e em liderança do futuro pela Singularity University. Trabalhou em empresas como BMC, EMC Dell e Servicenow. Foi co-autor do livro “The INSURTECH Book: The Insurance Technology Handbook for Investors, Entrepreneurs and FinTECH Visionaries”.
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