A Caravela Capital é um fundo de venture capital com foco em empresas tecnológicas early stage (em estágio inicial) da região Sul do país. A empresa possui R$75 milhões disponíveis para aporte (com cheques que variam entre R$1 milhão a R$3 milhões) e pretende investir em cerca de 15 a 20 empresas pelos próximos três anos.

A ideia de criar um fundo de investimentos voltado veio dos já investidores Lucas de Lima e Mário Delara, cofundadores da Caravela Capital. Lima atuou como investidor-anjo em startups como Contabilizei, James Delivery e Tecnofit e, inclusive, foi um dos responsáveis por operacionalizar o Curitiba Angels (além de ser investidor por lá também).

Delara também trabalhava na área e realizou investimentos no Spotify, Zippi, Nimbly, Nex e também no James Delivery, além de atuar como gerente de capital de giro da Kraft Heinz nos Estados Unidos e analista de OBZ (Orçamento Base Zero) na Burger King USA, entre outras empresas nacionais e internacionais.

“Como já trabalhamos com investimentos no setor e temos certa proximidade com empreendedores da região Sul, decidimos oficializar esse trabalho ao criar a Caravela Capital”, explica Lima. A empresa também surgiu como uma grande oportunidade para desenvolver startups em ascensão.

“Percebemos que muitas startups estavam surgindo na região, mas que a concentração dos fundos de investimentos continuava sendo em São Paulo. Vimos aí uma oportunidade de buscar e selecionar essas empresas para aceleração”, afirma Delara.

Mas apesar de ter sua atenção concentrada para o sul do país, a Caravela Capital não se delimita apenas a essa região – nem a segmentos específicos de atuação, o que o mercado chama de “agnóstico”.

No entanto, para fazer parte do time de investidas da Caravela Capital, a startup precisa apresentar um perfil específico: deve estar inserida em grandes mercados (que faturem mais de US$1 bilhão/ano) com potencial de inovar seu segmento e se tornar líder de mercado; apresentar faturamento considerável e soluções validadas pelo mercado; ter a tecnologia como base para seus serviços; ter alto potencial de escalabilidade; com empreendedores à frente do negócio com visão e paixão para executar o projeto e desenvolver ideias inovadoras; entre outras especificidades.

Além de fornecer o capital que a startup precisa para acelerar seu crescimento, a Caravela Capital também contribui com as ferramentas e conhecimentos necessários para escalar durante o estágio inicial. “É justamente nesse momento, no early stage, que a empresa enfrenta diversos desafios que podem comprometer seu crescimento”, diz Delara. Por isso, a empresa conta com 19 mentores (que também são investidores do fundo) que compartilham com as empresas investidas seus ensinamentos e conselhos para tornar esse caminho o mais bem sucedido possível. São CEOs e fundadores de startups com operações de sucesso reconhecidas no Brasil.

“A maioria dos fundos de investimento faz o aporte e cobram resultados. Nós fazemos diferente: e acompanhamos as empresas investidas durante todo o processo, dando apoio para que os empreendedores superem eventuais problemas. Isso é o que chamamos de smart money, dinheiro inteligente”, garante Lima, fazendo da Caravela Capital uma venture “hands on”, ou seja, que “coloca a mão na massa”, dando as ferramentas e abrindo as portas que a empresa precisa, mas sem atropelar ou incomodar o empreendedor.

O início das operações foi focado na captação de empresas, o que já rendeu à Caravela Capital uma lista de 200 startups. A intenção do fundo é se tornar o grande incentivador de startups da região Sul do Brasil, fomentando o crescimento de unicórnios na região.

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