A pandemia do coronavírus mudou não só a rotina das pessoas, mas também dos animais domésticos. Os gatos, conhecidos por serem territorialistas e gostarem de rotina, podem ficar estressados devido à maior presença dos donos dentro de casa. Foi em um cenário de “estresse felino” que a empresária Lala Organ decidiu investir com sua sócia na Benditos Bigodes, há três anos, quando conheceu a gatificação e os benefícios que o método poderia trazer ao bem-estar dos animais. Hoje, ela vê o negócio cada vez mais relevante na rotina dos gatos e tutores.
Se é verdade que a oportunidade faz o empreendedor, a “gateira” Lala Organ pode provar que a frase está correta. Há três anos, sua gata Sofia apresentou problemas comportamentais e foi diagnosticada com ansiedade. Lala conseguiu resolver o problema com a gatificação, mas também percebeu que havia um nicho de mercado ainda pouco explorado para atender a demanda, além de ser uma excelente oportunidade de negócio.
“Nossa empresa vinha num crescimento exponencial, mas nos primeiros 15 dias de quarentena as vendas caíram muito e agora voltaram a crescer. Estando em casa, os tutores começaram a prestar mais atenção nos seus gatos, que, por sinal, passaram a sofrer com o movimento que não estavam acostumados”, relata a empresária.
O processo consiste em tornar ambientes adequados para responder aos estímulos naturais dos felinos. Os gatos precisam se exercitar, arranhar, pular e até mesmo dominar certos locais. Com a crise, repentinamente, os donos começam a passar mais tempo dentro de casa, “invadindo” o espaço antes dominado pelos bichanos.
A dinâmica do cotidiano mudou para as pessoas e o mesmo aconteceu com o mercado. De acordo com Lala, os tutores passaram a desejar também acessórios mais bonitos e estilosos para ter em casa, sendo necessário criar novos produtos para atender a demanda.
“Empreender em uma área nova, porém, concorrida, exige esforço, conhecimento e uma sensibilidade profunda do “mundo dos gatos”, pois temos dois clientes: os tutores e os próprios gatos! Além do desafio de agradar os tutores com itens que não vão interferir na decoração da casa, temos a imensa responsabilidade de fazer produtos com funcionalidade e, principalmente, seguros para os felinos”, comenta.
Para a consultora do Sebrae/PR, Márcia Giubertoni, o ideal para quem deseja investir em um novo negócio neste momento é, primeiro, identificar o problema do consumidor. Ela explica que assim o cliente perceberá valor no que está sendo entregue.
“Um ótimo exemplo que tem acontecido nesse período de isolamento é a adoção de animais, mas muitas vezes a casa não está preparada para receber o pet. No caso de gatos, há um trabalho de empresas especializadas para a gatificação de residências, tornando os ambientes adequados mesmo sem o dono quando o distanciamento social acabar. Essa é máxima do entendimento do problema ‘dor do cliente’ e a solução”, pontua.
Outro ponto importante é que o proprietário direcione ações com foco no cliente, o que parece óbvio em um primeiro momento, mas muitos não se atentam a isso.
“O empresário precisa conhecer seu cliente e não mais imaginar o que ele quer, precisa ter um relacionamento com ele, não somente para vender, mas para estar próximo a ele. Com essa proximidade e relação com o cliente, o empresário poderá decidir o que será melhor para sua empresa, sendo ações mais inusitadas ou tradicionais”, comenta Márcia.
No caso de Lala, houve a percepção que a demanda por novidades neste momento foi acentuada, gerando uma adaptação inevitável na comercialização de produtos e serviços. Hoje, a equipe da Benditos Bigodes realiza vendas pelo site oficial (www.benditosbigodes.com.br), no Instagram (@benditosbigodes) e também em diversos Marketplaces.
Contato para a imprensa:
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