A carteira digital PicPay, com 20 milhões de usuários, dará um próximo passo na evolução digital dos pagamentos ao incluir no processo o reconhecimento facial. Diferente da China, onde o consumidor pode fechar uma compra apenas ao sorrir em frente a uma tela, essa implementação da tecnologia é disruptiva em estabelecimentos comerciais brasileiros.
O movimento é condizente com o momento atual de pandemia, em que o contato físico – necessário em outras formas de pagamento, como em espécie ou com máquinas de cartões – é desaconselhado por especialistas.
Desde que a quarentena foi estabelecida, o uso de carteiras digitais e transações eletrônicas têm crescido no País, acelerando a mudança de hábitos da população. Somente em abril, mais de 3 milhões de novas contas foram abertas no PicPay, o que demonstra como os aplicativos financeiros têm sido úteis na crise. Já o reconhecimento facial representa a nova fronteira dessa transformação digital em pagamentos, que continuará acentuada no mundo pós-coronavírus.
“O PicPay tem como propósito revolucionar a forma como as pessoas lidam com o dinheiro. Apostamos no QR Code lá atrás por ser uma tecnologia democrática e, após termos realizado mais de 5 milhões de transações por código, hoje vemos ele se popularizar nos estabelecimentos comerciais. Sem dúvidas, o mesmo ocorrerá com o reconhecimento facial e, novamente, queremos estar na vanguarda do setor”, explica Gueitiro Genso, CEO da fintech.
O “pagamento fácil”, com reconhecimento facial, chegará ao público após o fim da quarentena em São Paulo. O primeiro local de implantação será no novo endereço do Banco Original, controlador do PicPay. Agora com sede no Brooklin, a instituição modernizou o prédio com reconhecimento facial nas catracas de acesso e no Café Original, com o apoio das empresas E-Vertical e WBA Gestão.
Por meio da divisão de Bank as a Service (BaaS), o Banco Original teve papel importante no desenvolvimento do novo método de pagamento.
“Os pagamentos instantâneos e sem contato serão cada vez mais importantes para o processo de digitalização da economia e inclusão financeira da população”, afirma Raul Moreira, diretor executivo de Tecnologia, Produtos e Operações do Banco Original. “O reconhecimento fácil nesse contexto surge como uma tendência de ferramenta de digitalização, segurança e melhoria no atendimento do mercado, tanto para pagamentos instantâneos quanto para o e-commerce”, complementa.
Como mais um exemplo da digitalização de seus processos, o banco tem ampliado o uso de inteligência artificial no atendimento bancário e oferecido soluções para fintechs por meio da unidade BaaS. Da mesma forma, neste ano o PicPay montou uma estrutura para aplicação de IA e machine learning em todos os processos e áreas do negócio, com um time liderado pelo britânico Isaac Ben-Akiva.
Como funciona o pagamento
Seguindo as diretrizes da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o reconhecimento facial pode ser utilizado apenas com o consentimento do consumidor. Por esse motivo, a novidade chega primeiro aos colaboradores do Banco Original, que já terão seus rostos cadastrados e suas autorizações emitidas para uso da tecnologia no edifício.
No café, após o caixa registrar o pedido, o usuário PicPay deve se posicionar em frente a um tablet para o reconhecimento facial. Com a confirmação imediata da identidade da pessoa, o atendente libera a cobrança direto para o aplicativo do cliente, que recebe uma notificação e precisa verificar o valor para confirmar a compra. Toda a operação dura em torno de 30 segundos.
“Como os dados para a transação estão todos cadastrados no celular do cliente, a operação é mais prática e segura. Isso é empoderar o consumidor, uma tendência cada vez mais forte e inescapável”, diz Genso, que enxerga caminhos de mudança no setor. “O mundo será outro no pós-pandemia e já estamos vivendo uma nova economia, com novos hábitos financeiros. No PicPay, avançamos em direção ao futuro dos pagamentos”.
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