* Por Exame.com
O Google desembolsou US$ 1,5 bilhão na conta da Apple em 2019. O pagamento foi feito para que a empresa tenha seu buscador como serviço padrão no navegador Safari, presente no iPhone. E isso não está agradando em nada órgãos reguladores de mercado da Europa que estão investigando as duas empresas por ações anticompetitivas.
Conforme reportado pela Reuters, a cifra paga pelo Google para a Apple no ano passado está descrita no relatório compilado pela Autoridade de Competição e Mercados do Reino Unido. O valor exato pago pelo Google para que todas as pesquisas feitas pelos usuários em qualquer área do Safari direcionem para o seu serviço de buscas é de 1,2 bilhão de libras esterlinas.
O relatório critica o acordo entre as duas companhias e diz que negócios deste tipo criam uma “barreira significa para a entrada e a expansão” de competidores do Google. Também há críticas para a Apple, que lucra com este tipo de negócio e é aconselhada a permitir que os usuários de seus produtos possam realizar configurações prévias no Safari para decidirem qual serviço de busca padrão gostariam de utilizar.
Vale lembrar que a gigante de Mountain View lucra bilhões de dólares com anúncios comercializados em sua plataforma de pesquisa pela ferramenta Google Ads. Da receita de US$ 41,1 bilhões no primeiro trimestre deste ano, uma fatia de 82% veio das receitas com publicidade. O percentual equivale a US$ 33,7 bilhões.
O Google é de longe o buscador mais utilizado do planeta. Dados da empresa de pesquisa Statcounter GlobalStats apontam que a companhia foi responsável por 92,06% das pesquisas realizadas na internet durante o mês de maio deste ano. Principal rival, o serviço Bing, da Microsoft, registrou uma fatia de apenas 2,61% das buscas. Em terceiro lugar está o Yahoo com 1,79%.
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