Além de estimular o empreendedorismo na universidade, o Instituto TIM quer agora incentivar os jovens a buscarem soluções inovadoras para os problemas que o Brasil enfrenta por conta da pandemia de covid-19. Projetos com esse objetivo poderão participar da seleção do Academic Working Capital (AWC), que oferece apoio financeiro, técnico e de negócios para estudantes transformarem o TCC em startups de base tecnológica.

Desde 2015, o AWC já apoiou o desenvolvimento de quase 150 projetos inovadores, com a participação de cerca de 400 estudantes. Na edição de 2020, entre os critérios de seleção, a equipe de avaliação vai priorizar trabalhos que possam contribuir no enfrentamento dos desafios de uma sociedade pós-pandemia, em áreas como saúde, educação, geração de renda, comunicação, mobilidade, entre outras.

“A pandemia, ao mesmo tempo em que colocou o mundo em uma crise, acelerou a transformação digital, que pode ser justamente a chave para enfrentarmos os desafios do novo normal. O Academic Working Capital estimula os universitários brasileiros a terem um papel transformador nessa nova realidade. O programa mostra que a tecnologia é habilitadora de mudanças importantes e os auxilia a vislumbrar novas oportunidades de carreira nesse percurso”, destaca Mario Girasole, presidente do Instituto TIM.

Também focado nas transformações urgentes que a sociedade precisa promover, o Instituto TIM reforçou o compromisso com a diversidade no novo edital do AWC: gênero e raça são critérios de desempate na seleção dos projetos. Os grupos com maior diversidade entre seus integrantes poderão ser beneficiados, o que incentiva a participação feminina e de negros no programa.

Outra mudança está no cronograma do AWC: as atividades se estenderão até maio do que ano vem. Com isso, a Feira de Investimentos, que encerra o projeto, agora será também o primeiro workshop da edição de 2021, permitindo a troca de experiências entre a turma que está concluindo o programa e o grupo que iniciará seu ciclo. Todos os workshops e mentorias desta edição serão virtuais, evitando deslocamentos e aglomerações.

Podem se inscrever estudantes de qualquer área da graduação, com iniciativas voltadas para soluções tecnológicas ou de inovação. Os grupos devem ter até quatro integrantes, todos na universidade e com pelo menos um dos membros na fase final, fazendo o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). As vagas são para jovens de todo o Brasil.

Os autores dos projetos selecionados terão orientação técnica e de negócios, participarão de workshops e serão acompanhados semanalmente por monitores do AWC. No fim do ciclo, participam da Feira de Investimentos, onde poderão apresentar suas soluções para profissionais do mercado e investidores-anjo.

Histórias de sucesso

O AWC atua junto a universitários em final de graduação, uma abordagem única no universo dos programas de fomento, estimulando o jovem a considerar um negócio próprio como alternativa de carreira. Em cinco anos, mais de 30 startups foram constituídas. A primeira delas, a Mvisia, acaba de ser comprada por uma multinacional brasileira que atua no segmento de máquinas elétricas. A WEG deterá 51% do capital social da empresa formada no programa de 2015, enquanto os seus criadores, ex-alunos do AWC, ficarão com 49%.

Outro destaque é a SDW – Safe Drinking Water For All, startup socialtech formada em 2018, quando alunos de universidades da Bahia e Ceará se uniram no AWC para desenvolver o Aqualuz. O dispositivo que utiliza a radiação solar para tornar potável a água de poços ou cisternas levou sua idealizadora, Anna Luísa Beserra, até à ONU: a estudante baiana foi uma das vencedoras do Jovens Campeões da Terra, premiação da Organização das Nações Unidas voltada empreendedores de até 30 anos com ideias inovadoras para o futuro do planeta.

As inscrições para a sexta edição do programa vão até 19 de agosto, no site.

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