Entre os dias 11 e 13 de dezembro, a Claro, através do seu Hub de inovação beOn Claro e do Instituto Claro, realizou o Ideathon do Bem. O desafio, que teve mais de 48 horas de duração, recebeu mais de 151 participantes, 58 times e obteve uma conversão de projetos de 97,4%.
A missão do Instituto Claro é conectar pessoas para um futuro melhor e a maratona de ideias serve como uma ferramenta para gerar impacto social a partir da tecnologia e inovação.
Realizada em parceria com empresas como Embratel, Microsoft, Facebook, Motorola, MJV, Ericsson, Huawei, Amazon Alexa, Nokia, MAG Seguros, EloGroup, Quantum4 e PlugandPlay, a maratona teve como objetivo impulsionar soluções capazes de ajudar em cinco Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Fome Zero e Agricultura Sustentável; Saúde e Bem-estar; Educação de Qualidade; Energia Limpa e acessível; e Trabalho decente e Crescimento econômico.
O Ideathon do Bem ainda contou com o apoio do UNICEF e do Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio) e foi organizada pela Shawee, startup especializada no gerenciamento de hackathons e que ofereceu a sua plataforma exclusiva para a maratona.
“É de extrema importância na construção de uma sociedade mais justa e participativa a realização de eventos inclusivos e diversos como esse. Queremos continuar a revelar e capacitar talentos brasileiros que promovam uma transformação significativa na sociedade, além de desenvolver cada vez mais suas soluções”, afirma Daniely Gomiero, diretora de Responsabilidade Social Corporativa da Claro e vice-presidente de Projetos do Instituto Claro.
Para Filipi Cavalcante, Client Solutions Manager do Facebook, participar de iniciativas como o Ideathon do Bem que impulsionam o empreendedorismo e fomentam a inovação, não tem preço. “Apostamos muito no poder do empreendedor, no poder da escala e no poder da inovação no Brasil. Eu acho que 2020 foi um ano que trouxe muitos desafios e nós conseguimos resolver, mas ainda temos anos à frente e vamos precisar da criatividade, dessa capacidade e das empresas alavancando essas alternativas. Isso tem um impacto econômico muito positivo no Brasil, uma geração de empregos e uma questão toda social que a gente precisa endereçar”, afirmou.
Rafael Scorbaioll, diretor comercial da Motorola, concordou com Filipi e destacou a importância de soluções que façam a diferença no dia a dia das pessoas e da indústria como um todo. “Esse ano foi muito desafiador para todos nós, mas graças ao poder da tecnologia nós conseguimos nos adaptar rapidamente. A conectividade proporcionada pelo smartphone ganhou ainda mais importância seja para trabalhar, estudar a distância, falar com os amigos, familiares, fazer atividades físicas ou simplesmente se divertir. Assim como no 4G, não podemos prever todas as inovações e aplicações que serão desenvolvidas, por isso que eventos como esse e pessoas criativas são tão importantes nesse momento. Dispositivos em redes 5G abrangentes por si só não resolverão a necessidade atual do consumidor de se manter conectado. Esta nova era desafia a criatividade humana e a indústria a desenvolverem novos aplicativos 5G mais rapidamente do que nunca que possa fazer a diferença no dia a dia de todos”.
“A capacidade do 5G de suportar e gerenciar dezenas de milhões de sensores com comunicações em tempo real será aproveitada globalmente para ajudar aumentar a produção de alimentos, melhorar a saúde pública e usar recursos escassos com mais eficiência”, complementou Tiago Fontes, diretor de Marketing da Huawei.
Para a avaliação dos projetos, o hub de inovação reuniu 12 empreendedores e executivos. Além disso, durante o evento, os grupos tiveram acesso a uma rede de 100 mentores, entre consultores e especialistas de empresas parceiras para o refinamento das ideias.
Bruna Lopes, diretora de Inovação na MJV, foi uma das mentoras de destaque da maratona. Durante a live de encerramento no dia 18, com a divulgação dos vencedores, Bruna deixou um recado. Segundo ela, é preciso, através das transformações que a sociedade está passando, ampliar as oportunidades e potencializar o avanço do bem-estar da população e do lugar do qual habitamos.
“Só conseguiremos através de um crescimento verdadeiramente sustentável. E isso é papel de cada um de nós individualmente, também como empresas, como instituições e como sociedade. A gente precisa gerar, cada vez mais, uma consciência coletiva dos aspectos ambientais e sociais. Precisamos, cada vez mais, pensarmos em uma gestão eficiente dos nossos recursos, uma gestão que seja realmente visionária que esteja contemplando novos negócios, novas atitudes, novos contextos”, afirmou.
Os projetos foram avaliados em 4 critérios: Criatividade e originalidade; Aplicabilidade; Escalabilidade; e Elemento futuro/grau de inovação. Cada ODS foi premiada com valores de R$ 10 mil, R$ 5 mil e R$ 2 mil para primeiro, segundo e terceiro lugar, respectivamente.
A premiação será feita pelo Claro Pay, carteira digital inteligente da operadora que permite ao usuário realizar transações financeiras como recarga no celular, pagamento de contas e transferências bancárias. O serviço, que foi lançado recentemente, está sendo disponibilizado aos poucos para clientes convidados.
Ganhadores Ideathon do Bem
Os ganhadores da maratona foram anunciados durante uma live realizada no dia 18 de dezembro, apresentada por Jakeliny Gracielly e Murillo Negreiro.
Conheça abaixo os ganhadores de cada categoria:
Fome Zero e Agricultura Sustentável
Nesta categoria, o Plantaí foi o projeto que conquistou o primeiro lugar. A plataforma tem como objetivo levar conhecimento técnico para o dia a dia de pequenos agricultores a fim de diminuir as perdas em suas produções.
A ferramenta permite, por exemplo, que o usuário envie uma foto do roçado para que a Inteligência Artificial desenvolvida pelo Plantaí identifique o problema e proponha medidas corretivas para evitar o reaparecimento desses problemas sem usar produtos defensivos o que geraria, portanto, produtos mais sustentáveis.
Além disso, com o aplicativo é possível também que o pequeno agricultor, através de IoT, conheça a saúde do seu solo para diminuir possíveis problemas e aumentar sua produção. A plataforma conta ainda com um espaço colaborativo no qual o usuário pode falar sobre sua dúvida e outras pessoas que já tenham passado pelo mesmo problema, ou especialistas da comunidade, podem colaborar com a solução.
A ideia é que o aplicativo seja disponibilizado tanto em versão gratuita, quanto em uma versão paga. “Com o avanço do 5G, poderemos até utilizar drones para fazer o monitoramento desses roçados sem a necessidade de alguém ter que ir até lá fazer isso manualmente. Dessa forma, nós conseguimos diminuir os custos e evitar perda na lavoura permitindo o maior acesso de pessoas a produtos orgânicos, melhorando a qualidade alimentícia de famílias de baixa renda”, explicou Ladson Gomes, desenvolvedor e um dos idealizadores do Plantaí.
O projeto selecionado para o segundo lugar foi o agricoolt, plataforma de vendas e transporte coletivo de alimentos orgânicos, que surgiu para atender o aumento da demanda por alimentos mais saudáveis.
E em terceiro lugar, a hortopia: plataforma que tem como objetivo ajudar a população, principalmente de grandes centros urbanos, a encontrar alimentos produzidos em sua própria localidade, em hortas comunitárias. Além disso, o projeto também trabalha com a ideia de educar e levar conhecimento ao usuário para que, no fim, mais pessoas abracem a iniciativa criando, portanto, mais espaços colaborativos.
Saúde e Bem-estar
O vencedor dessa categoria foi o Draguito, jogo educacional que tem como foco a saúde mental de crianças, trabalhando, dessa maneira, com o estímulo à percepção de emoções, desenvolvimento de vocabulário emocional.
Para isso, a ferramenta trabalha com situações cotidianas em que a criança tem que descobrir qual a emoção está ligada diretamente com a situação apresentada.
“Com isso, adquirindo o Draguito, as instituições de ensino têm acesso a relatórios obtidos a partir dos jogos e, por meio disso, conseguem analisar, acompanhar e melhor direcionar o desenvolvimento emocional dos seus estudantes garantindo o cumprimento do item sobre saúde mental da Base Nacional Comum Curricular” detalhou Luane, uma das integrantes do time vencedor.
Em segundo lugar ficou o Consultei Online. A iniciativa visa conectar profissionais de saúde voluntários com pessoas que precisam de atendimento médico especializado, mas não possuem fácil acesso à rede pública de seu município, por exemplo.
O ReCiclo, aplicativo colaborativo que mapeia pontos de descarte com mecânicas de gamificação (acúmulo de pontos por produtos/serviços), social media e agendamento de coleta, ficou em terceiro lugar.
Educação de qualidade
O Sapientia foi a iniciativa vencedora nessa categoria. Focado em resolver pontos importantes para a educação brasileira como a evasão escolar, falta de avaliações pedagógicas efetivas e análises de dados pedagógicos, o projeto atua como uma plataforma gamificada de avaliação processual, ou seja, ela acompanha a aprendizagem do aluno ao longo de uma jornada não focando somente em provas, como é comum aqui no Brasil.
Disponível para download no Google Play, os próprios professores podem baixar o aplicativo e cadastrar os alunos que terão um “chefão” para desafiá-los. Atualmente, o Sapientia já possui mais de 2 mil alunos e 120 professores utilizando a plataforma em 14 escolas de todo o Brasil.
“Com o Sapientia já resolvemos dois problemas, a evasão escolar e a dificuldade de avaliação efetiva, o que já demonstra nosso diferencial competitivo. Com a conquista do Ideathon do Bem, vamos resolver o terceiro problema da educação brasileira oferecendo uma análise simplificada de dados pedagógicos”, destacou Egberto Vital, coordenador pedagógico do projeto.
Para isso, o time idealizou o Sapientia Analytics que vai correlacionar os dados do app Sapientia com os dados do Enem, Ideb, e outras bases, através da análise da nuvem de palavras com os projetos de vida dos alunos, dados de afinidades e dificuldades dos estudantes, além de informações como média dos alunos por componente curricular e área de conhecimento, bem como média da turma e habilidades da Base Nacional Comum Curricular trabalhadas no aplicativo.
“Com isso, manteremos a versão gratuita do app Sapientia e criamos o Sapientia Analytics com versões gratuitas e pagas, por assinatura, contribuindo assim para atender mais de 181 mil escolas de ensino básico no Brasil, focando nos anos finais do ensino fundamental e médio”, explicou Egberto.
Em segundo lugar ficou o projeto Esporte Educa, plataforma de conexão entre esportistas e instituições de ensino (colégios, faculdades, escolas de idiomas, entre outros). A ideia é “salvar” a renda do estudante esportista ao mesmo tempo que gera renda para as instituições de ensino com cadeiras ociosas, por exemplo.
A Paragon, plataforma de educação complementar que ensina competências cognitivas e socioemocionais de forma contextualizada por meio de trilhas de aprendizado para alunos do ensino fundamental e médio, foi a terceira colocada em Educação de qualidade.
Trabalho decente e Crescimento econômico
Por fim, os apresentadores anunciaram os vencedores da última ODS. Em primeiro lugar ficou o Horti+, plataforma que conecta o produtor rural com o consumidor final a fim de incentivar a agricultura familiar e empoderar o produtor da Região Norte e Nordeste com capacitações e meios para valorização na venda de seus produtos.
Após o cadastro na plataforma, os produtos ficam disponíveis para a compra. O consumidor, por sua vez, pode adicionar o quer adquirir em uma cesta colaborativa, ou seja, é possível reunir produtos de várias famílias em um só pedido que, na data programada, deve seguir para entrega seguindo uma rota inteligente e rastreável pelo cliente.
Outra iniciativa incentivada pelo Horti+ é a doação de alimentos através de gamificação para as ONG’s parceiras. Os alimentos doados são aptos para consumo, mas com pouca atratividade comercial e as doações liberam descontos nas taxas de transação da plataforma.
Além disso, pensando em promover o crescimento econômico, a plataforma oferecerá previsibilidade de demanda usando Inteligência Artificial e capacitações para desenvolvimento de técnicas de consumo sustentável.
O Pó Pô Ovo ficou em segundo lugar. O projeto, que visa ajudar no desenvolvimento econômico de pequenos produtores rurais no Brasil, desenvolveu um modelo de incubadora de ovos que com o uso de um microcontrolador e tecnologia NB-IOT entrega uma melhor eficácia ao produtor, além de preços mais acessíveis.
A terceira colocada dessa categoria foi a Elu, um aplicativo que usa a lógica da gamificação para premiar as pessoas que interagem na plataforma dentro do Elu, como são chamadas as frentes de diversidade dentro do aplicativo escolhido pelo usuário como mulheres na tecnologia, negros, transsexuais, etc. A ideia é diminuir o gap de comunicação que acontece entre os núcleos de diversidade e contribuir para que informações sobre diversidade chegue ao maior número de pessoas.
Energia Limpa e acessível
Jakeliny explicou que para essa categoria não existem finalistas, pois só houve aplicação de dois projetos e nenhum dos dois cumpriam todos os critérios de avaliação citados acima.
Thais Cunha, gerente de Marketing na Amazon Alexa, também participou da live de encerramento e falou sobre a identificação da empresa com o Ideathon do Bem. “Ter a oportunidade de trabalhar junto com a Claro nesse ideathon onde a gente pôde fazer tantas coisas bacanas, trazer propostas sociais, sustentáveis e que levam em consideração todas as transformações que estamos vivendo em um momento super peculiar é muito legal. A Alexa tem isso como proposta, então está no DNA da Alexa, a vocação natural dela é de fato ajudar e melhorar as vidas das pessoas através da tecnologia”, disse.
“O evento provou a capacidade das pessoas em desenvolver soluções inovadoras e que vão fazer a diferença na construção do novo normal. Tenho certeza de que esses projetos irão contribuir para um mundo mais conectado e engajado em causas sociais, tornando-o mais inclusivo e acessível para todos”, afirmou Marcio Carvalho, diretor de Marketing da Claro.
Além da premiação em dinheiro, os vencedores serão acolhidos pela Claro e por empresas parceiras do Ideathon do Bem para serem aceleradas – seja com auxílio de infraestrutura, tecnologia ou know-how para escalar as startups. Monica Gaspar, gerente sênior de desenvolvimento de novos negócios e publicidade da Claro, e líder do Ideathon, deixou um recado final: “Quero lembrar todo mundo que o projeto não acaba aqui, no início de 2021 a gente dá o start pro acelerathon e a gente vai tirar do papel essas ideias. Então se liga aí que a gente tem continuação disso”, concluiu.
Na avaliação, a nota de NPS entre os participantes do Ideathon do Bem foi de 96 e 100% participariam novamente.
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