O fundo Corporate Venture Capital do Itaú e o fundo americano Quona anunciaram um investimento de US$ 6 milhões, em uma rodada Séries A, na Monkey Exchange, marketplace de recebíveis da América Latina. A fintech paulista nasceu com o propósito de aumentar a liquidez e melhorar as condições de financiamento para empresas, principalmente as PMEs, que participam das cadeias produtivas de grandes corporações. 

Fundada em 2016 pelos empreendedores Gustavo Müller, Bruno Oliveira e Felipe Adorno, a startup desenvolveu um ecossistema que conecta grandes empresas, seus fornecedores e mais 22 bancos e instituições financeiras. “Oferecemos financiamentos a fornecedores de cadeias complexas por meio da antecipação dos recebíveis, conhecido como ‘risco sacado’. A nossa solução já permitiu uma economia de mais de R$ 200 milhões nesses últimos três anos para as PMEs”, explica Gustavo Müller, CEO da Monkey Exchange.

“Essa economia gerada pela plataforma para cadeias de fornecedores gera um ciclo virtuoso, pois os recursos economizados por elas são injetados direto em produção, inovação e novas contratações, ou seja, torna essas organizações mais competitivas e sustentáveis”, complementa Bruno Oliveira, COO da fintech.

O aporte será feito pelo Corporate Venture Capital do Itaú, que é gerido pela Kinea, juntamente com a Quona, fundo americano que investiu em outras fintechs brasileiras como Creditas e Neon. “Vemos muitas oportunidades de negócio envolvendo fintechs. Sendo a Monkey nosso primeiro investimento, esperamos contribuir para acelerar o crescimento da empresa na América Latina e, por meio de investimentos semelhantes, queremos alavancar as startups com credibilidade perante futuros stakeholders, sejam eles clientes, parceiros ou investidores, além de fomentar a ponte com o nosso ecossistema”, afirma Philippe Schlumpf, Head da iniciativa de Venture Capital na Kinea.

Os recursos desta rodada serão aplicados na ampliação da oferta de produtos dentro do universo dos recebíveis, no aperfeiçoamento da usabilidade e segurança, bem como para montar uma área de Data Analytics dedicada ao banco de dados que a fintech acumulou.

“Isso permitirá o aumento da velocidade de conversão e uso da solução, ofertas e comunicações personalizadas, além da geração de insights para toda a base de clientes. Ao mesmo tempo, iremos aumentar nosso time e investir em novas soluções, como a nova plataforma de agenda de cartões, com data prevista de lançamento para início de 2021, além de potencializar nossa operação na América Latina, que foi iniciada em 2020 e ganhará ainda mais força neste ano com nossa chegada a Chile, Colômbia e México”, comenta Müller.

A Monkey Exchange acumula mais de 50 grupos econômicos como clientes, entre eles Gerdau, Saint-Gobain, Fiat-Chrysler, Minerva, Intercement, Aperam, CNH, Arauco, M. Dias Branco e Petrobras, e já transacionou mais de R$ 8 bilhões em 2020. Os planos da empresa preveem um volume de mais de R$ 20 bilhões em 2021 e R$ 100 bilhões em 2023.

Time Monkey.

A fintech levantou um total de US$1,5 milhões por meio de duas rodadas anteriores de investidores como, Wayra Brasil, Marcelo Maisonnave, Parallax Ventures, João Carlos Zani, Roberto Dagnoni, Reinaldo Rabelo e Pedro Englert. “Em 2020, crescemos nossa receita 10 vezes em relação ao ano anterior. Ao compararmos jan/20 com dez/20, multiplicamos nossa receita mensal por sete. Apesar do ano marcado pela pandemia e todo o impacto na vida de milhares de pessoas, registramos um crescimento importante nas operações da Monkey”, afirma Bruno.

“O aporte que estamos recebendo terá efeito em três frentes distintas. Apoio financeiro para acelerar investimentos em áreas estratégicas para a Monkey, respaldo institucional que acelerará a conversão de novos clientes e uma visão atualizada do ambiente corporativo e da evolução tech no mundo. A escolha da combinação Quona e Venture Capital do Itaú como nossos investidores carrega a experiência deles nos investimentos em fintechs, a presença nos mercados que queremos atuar, bem como respeito aos empreendedores e a governança do negócio. Sem contar, evidentemente, que ambos acreditam no nosso sonho”, conclui o CEO da Monkey.


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