Gestor da EMBRAPII e especialista do Sebrae apresentam diferentes alternativas de modelos de financiamento que contemplam empreendimentos de todos os portes
O Sebrae realizou, nessa segunda-feira (8), a segunda edição do Sebrae Day em 2021. O tema do evento foi “Como alavancar recursos para sua startup”. O encontro contou com as participações de Fabio Stallivieri, assessor da diretoria da EMBRAPII e Agnaldo Dantas, Analista técnico da Unidade de Inovação do Sebrae Nacional e gestor dos contratos de fomento à projetos de inovação de micro e pequenas empresas.
Em sua apresentação, Fábio abordou o modelo de atuação da EMBRAPII, que tem como objetivo fomentar projetos de inovação para contribuir com o aumento da competitividade do setor produtivo no Brasil. Segundo ele, os projetos apoiados pela Empresa têm três fontes de recurso:
a Embrapii aportará 1/3 do valor do projeto e os dois terços restantes são divididos entre a(s) empresa(s), o Sebrae e a unidade Embrapii que desenvolverá o projeto (os recursos Embrapii e do Sebrae não são reembolsáveis).
Fábio Stallivieri ressaltou a agilidade, flexibilidade e baixa burocracia na atuação da EMBRAPII. “A empresa que pleiteia o financiamento negocia e aprova o projeto de P&D diretamente coma unidade EMBRAPII”, comenta o gestor.
Atualmente, existem 61 unidades distribuídas em todo o território nacional, cada uma com a sua especialidade. São instituições com grande capacidade técnica, infraestrutura de ponta, histórico no atendimento a empresas e que são selecionadas após um processo criterioso de credenciamento.
Ao longo da sua trajetória, a EMBRAPII já apoiou 1.149 projetos e contou com 785 empresas parceiras. Ao todo, foram movimentados R$ 1,6 bi em financiamentos a projetos de P&D que resultaram em 615 pedidos de Propriedade Intelectual concluídos e outros 438 em andamento. Segundo Fábio, 39,4 % das empresas beneficiadas eram de grande porte; 17,1% eram médias e 43,5% micro e pequenas; resultado principalmente da atuação do Sebrae. Entre os projetos já apoiados, o gestor da EMBRAPII citou exemplos como: analisador de incubadora para neonatos, um sistema de suporte à troca de medicamentos utilizando tecnologia blockchain, solução de monitoramento de pacientes idosos em situação de risco ou ainda um sistema de nanofibras poliméricas visando ancoragem de células para aplicação em engenharia tecidual.
O analista do Sebrae, Agnaldo Dantas, expôs como tem sido a atuação do Sebrae nesse processo para a composição dos recursos necessários ao desenvolvimento dos projetos. “No arranjo financeiro, o Sebrae entra com 70% do recurso que seria aportado pelo microempreendedor individual, micro ou pequena empresa”, comenta. Agnaldo apresentou algumas simulações que ajudam a compreender melhor com esse suporte funciona na prática.
“Na modalidade ‘Desenvolvimento Tecnológico’ o aporte do Sebrae é de até 70% da contrapartida até o limite de R$ 150 mil. No modelo ‘Encadeamento tecnológico’, o aporte chega ao teto de R$ 200, contando com a complementação de uma média ou grande empresa parceira que não pode ser inferior a 15% do valor total do projeto. Por fim, na categoria ‘Aglomeração Tecnológica’ o aporte pode chegar a R$ 300 mil, com a complementação de uma média ou grande empresa, também não inferior a 15% do valor total do financiamento”, comenta.
“Assim, por exemplo, em um projeto de desenvolvimento na modalidade Desenvolvimento Tecnológico, no valor de R$ 630 mil, a pequena empresa entraria com um valor de R$ 63 mil (10% do valor total). Já em um projeto de Encadeamento no valor de R$ 861 mil, a micro ou pequena empresa arcaria com R$ 84 mil (9,77% do valor do projeto). E, por fim, no modelo de Aglomeração, uma pequena empresa entraria com um valor de R$ 126 mil reais em um projeto com valor final de R$ 1,59 milhão”, exemplifica Agnaldo.
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