
“MUITAS EMPRESAS ENXUGAM SUA ESTRUTURA PARA MANTER A MARGEM
E OPTAM POR VENDER MENOS JUSTAMENTE PARA SALVAR A MARGEM”
Na visão dos especialistas, as empresas que de alguma forma, conseguiram segurar os preços no ano passado provavelmente não vão suportar por muito tempo e devem começar a fazer os repasses.
Segundo Jaziel – Founder Valore Brasil, o movimento de segurar os repasses, seja utilizando estoques adquiridos no preço antigo ou assumindo o prejuízo para ganhar mercado, acaba atrapalhando a economia como um todo.
“Sempre que tem alguém bancando um produto isso atrapalha a cadeia. Mas a empresa tende a se reorganizar. Muitos enxugam sua estrutura para manter a margem e optam por vender menos justamente para salvar a margem”, comenta o especialista.
“De modo geral, o empresário tem que proteger o capital tem que preservar caixa para fazer frente à incerteza. Mas planejamento é fundamental, pois o que ele vai fazer tem que ter sentido para o negócio. Em algum setor pode ser importante ganhar mercado neste momento. Mas tem que ter planejamento”, conclui o economista
Jaziel lembra que alguns setores conseguiram crescer durante a pandemia. É o caso das empresas de tecnologia, principalmente as que atuam no segmentos de e-commerce, delivery e educação. Distribuidores de alimentos, produtos de higiene e limpeza também progrediram, mesmo com o aumento de preços.
A indústria chegou a ficar desabastecida com o consumo aquecido logo após precisar reduzir atividades e até interromper a produção por conta de medidas de prevenção à Covid-19.
“O Brasil é um pais onde os fundos internacionais vêm investir por que aqui tem consumo As pessoas precisam comer, se vestir, se divertir explica, lembrando que 2021 pode ser um ano recorde na abertura de capital de empresas na bolsa de valores, um indicador de que os investidores irão colocar dinheiro no setor produtivo”.
“O mercado tende a se ajustar depois dos impactos inflacionários e cada segmento e mesmo cada empresa tem condições de reagir de formas diferentes”, aponta Jaziel.
Fonte: Revista ACIRP – ACIRPEMAÇÃO
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