Diretor técnico contribuiu no debate sobre políticas públicas para combate às desigualdades sociais em evento com lideranças mundiais

O Sebrae participou do V Fórum Mundial sobre Desenvolvimento Econômico Local, evento que reúne lideranças mundiais, entre os dias 26 de maio e 1º de junho, para debater questões sociais em uma programação totalmente online. O diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, foi um dos integrantes do painel realizado nesta quinta-feira (27), representando o Brasil, no debate sobre Políticas Urbanas e Territoriais Inovadoras para Enfrentar as Crescentes Desigualdades.

Bruno Quick destacou que a pandemia contribuiu para o aumento das desigualdades sociais. “A crise gerada pela Covid-19 acentuou desigualdades no mundo inteiro. Por isso é tão importante conhecermos as necessidades e soluções de outros países e melhorarmos nossas ferramentas de combate às desigualdades. As micro e pequenas empresas sofreram impactos muito negativos, mas concentramos esforços para garantir que a economia continuasse funcionando”, observou. O diretor afirmou que as políticas públicas são os principais instrumentos para reduzir as desigualdades nos territórios, ao citar ações do Sebrae no Brasil, focadas em dirimir as diferenças sociais e reduzir problemas como a pobreza e o desemprego.

“A atuação do governo em sincronia com as camadas produtivas da sociedade é fundamental para a recuperação econômica dos países, pós-covid-19. No Brasil, por exemplo, o Sebrae estimulou a formalização de micro e pequenas empresas. O nosso tecido social de empreendedores é muito grande, muito forte, por isso incentivamos a inovação e a modernização dessa área para fortalecer a geração de emprego e renda. No início da crise, aumentamos as vendas online e trouxemos mais linhas de crédito. Essas e outras medidas destinadas às reduções de prejuízos e melhorias de fonte de renda das pequenas empresas são essenciais”, declarou.

Representante do governo italiano, Sabrina Lucatelli afirmou que em seu país a união entre iniciativa pública e privada é fundamental para o trabalho de redução das desigualdades. “Construir alianças entre a comunidade e a administração pública é extremamente necessário para conter os avanços das dificuldades colocadas pela pandemia. A atuação em conjunto dessas esferas tem demonstrado grande efetividade”, disse.

Para Peter Anyang` Nyong’o, governador do Condado de Kisumu, na República do Quênia, os governos precisam atuar de maneira descentralizada, respeitando as especificidades de cada região. “Quando falamos em desigualdades sociais falamos em um problema mundial, mas, sem dúvidas, cada território tem suas características, seus próprios desafios. Os governos precisam criar diferentes modelos de serviços que atendam necessidades básicas, como saúde e educação. Isso não muda, em qualquer país as pessoas precisam disso”, acrescentou.

Não existe uma solução única para a desigualdade no mundo, conforme corroborou Alessandro Rainoldi, chefe da Unidade de Desenvolvimento Territorial do Joint Research Center (JRC) da Comissão Europeia. “Os governos precisam analisar as condições do contexto local da desigualdade, pois cada território responde de uma forma. Políticas nacionais e internacionais precisam levar em conta as sensibilidades locais de desigualdades. O objetivo é mundial, combater as desigualdades, mas o governo deve estar atento às adaptações que cada região necessita”, finalizou.

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