Há seis anos investindo na aquisição de novas empresas para ampliar o portfólio de soluções digitais do Grupo Stefanini, que hoje representa 40% do faturamento de quase R$ 5 bilhões previstos para 2021, podendo chegar a 60% em até dois anos, Marco Stefanini decidiu que era o momento de investir em um novo modelo de negócios: abrir uma venture capital para alavancar startups, empresas nativas digitais ou ativos que possam ser digitalizados.

Diferentemente da Stefanini Ventures, que reúne empresas em que a multinacional detém a maior parte das ações e busca oferecer soluções de ponta a ponta para diferentes verticais, o novo modelo funcionará como um fundo de investimentos totalmente independente do Grupo Stefanini.

A ideia é atrair sócios – outro fundo de venture capital ou family office – para captar R$ 300 milhões, que serão utilizados, a partir de agosto, não apenas para financiar projetos, mas auxiliar no desenvolvimento de empresas com soluções inovadoras para o mundo digital. “Embora eu atue como um gestor do venture capital, o fundo manterá sua independência em relação ao grupo. Ou seja, vamos alavancar negócios mesmo que não tenham fit com nossas ofertas”, afirma Marco Stefanini, fundador e CEO Global do Grupo Stefanini. 

Segundo o executivo, a decisão de abrir um fundo foi amadurecida após receber alguns pedidos de clientes, que reconhecem a Stefanini como referência em soluções digitais, uma vez que a multinacional adquiriu mais de 20 empresas nos últimos cinco anos (2016 a 2021) e garantiu resultados expressivos. Neste período, a receita da Stefanini Ventures cresceu mais de seis vezes e o EBTIDA 15 vezes.

Outro fator que influenciou a criação do venture capital foi a demanda crescente de startups para se incorporarem ao grupo, o que nem sempre é possível por não terem ofertas aderentes ao modelo atual. Mensalmente, chegam entre 30 e 40 solicitações para a equipe de M&A analisar.

 “Como um empreendedor que aposta na inovação como um grande pilar de desenvolvimento do País, acredito que o fundo poderá atrair empresas com grande potencial de negócios, além de empreendedores talentosos”, destaca Stefanini.  

O ano de 2021 tem se mostrado positivo para o mercado de venture capital no Brasil. Um levantamento realizado pela empresa Distrito, que monitora em tempo real startups e fundos de investimento, revela que o valor recebido por startups brasileiras nos quatro primeiros meses do ano – US$ 2,35 bilhões em 207 negócios – já equivale a cerca de 70% do total investido no ano passado. 

“O cenário positivo do setor, aliado ao track record de sucesso com as empresas que compõem o ecossistema digital da Stefanini Ventures nos estimula a investir em formatos diferentes de negócios, atraindo novos sócios. A indústria de venture capital no Brasil tem espaço para crescer e estamos bem otimistas com o novo projeto”, complementa Stefanini.

Foto de destaque: Marco Stefanini, fundador e CEO Global do Grupo Stefanini. 


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