Qual o papel da inovação: gerar resultados para a empresa no presente ou construir a empresa do futuro?
Você já ouviu a expressão ‘empresa ambidestra’?
A principal diferenciação dessas empresas é que são capazes de gerenciar o core business ao mesmo tempo em que cria novos negócios, produtos e serviços.
Pode parecer desafiador – e é -, mas é possível equilibrar o desenvolvimento de diferentes horizontes da inovação, desde as transformações mais disruptivas, até as melhoras incrementais no core business.
Recapitulando os horizontes da inovação:
Inovação incremental
No horizonte 1 (H1), acontece o reforço do core business.
As iniciativas buscam eficiência operacional e diminuem a fricção na jornada do cliente.
Inovação adjacente
No horizonte 2 (H2), é preciso explorar oportunidades nas adjacências, buscando novos nichos do mercado e novos canais de distribuição.
Inovação transformacional
No horizonte 3 (H3), o foco está em criar novos negócios.
…
Empresa ambidestra é aquela que consegue equilibrar a excelência operacional enquanto explora novas hipóteses de mercado. Está sempre melhorando processos e jornadas ao mesmo tempo em que olha para novos negócios, produtos e serviços para revolucionar o core business.
Quando olhamos, por exemplo, para a timeline de aquisições da Amazon, uma das maiores referências em inovação do mundo, observamos movimentações que parecem óbvias para o desenvolvimento do core business da empresa, mas outras nos surpreendem. Por que a maior aquisição da história feita por uma empresa de tecnologia é uma rede de supermercados focada em produtos naturais e orgânicos? Como eles integraram à sua operação a tecnologia da Ring, fabricante de campainhas smart adquirida em 2018?
Eu sei que a Amazon é uma empresa fora da curva e muitas empresas estão em outro momento da sua jornada de inovação, a realidade é outra. E a pergunta certa na verdade é: como chegar lá?
Muitas empresas procuram a Endeavor para aprimorar sua estratégia de inovação desenvolvendo processos do core business (H1 e H2), mas ainda não conseguem olhar para o horizonte 3.
Em uma pesquisa realizada pela Endeavor com grandes empresas brasileiras com diferentes níveis de maturidade em inovação, as respostas retratam bem esse cenário:
Ou seja:
As empresas querem explorar oportunidades adjacentes aos negócios existentes e continuar disseminando a cultura de inovação.
As empresas alocam a maior parte dos recursos (financeiros, humanos e tecnológicos) no horizonte 1.
Não parece ser prioridade das empresas criar novas opções de lucro, explorando market-fit para novos produtos ou serviços.
O cenário ainda não é tão equilibrado quanto a maioria das empresas gostaria, mas já existem oportunidades para que isso aconteça: inovação aberta pode ser um desses caminhos.
Trabalhar em parceria com outras scale-ups que já possuem soluções comprovadas para diversos desafios, principalmente relacionados aos horizontes 1 e 2, é uma maneira de conseguir resultados rápidos e, consequentemente, recursos para explorar novas hipóteses de mercado e a inovação transformacional na sua empresa.
Como ser uma empresa ambidestra?
As iniciativas de inovação de uma empresa ambidestra consideram a estratégia e os limites do negócio – entendemos como limites os principais focos de atuação, setores ou objetivos.
A figura acima prova que inovação é uma jornada, e que, mais do que isso, deve estar alinhada às estratégia geral e aos limites (setores de atuação, objetivos de crescimento, etc.) da empresa. Mas, antes de qualquer coisa, o desenvolvimento dessa jornada passa também por uma evolução de mindset e cultura voltada para a inovação. Você precisa garantir que a empresa toda seja uma aliada nesse processo.
No meu último artigo, falei sobre a importância do papel do CEO e da alta liderança na transformação digital de uma empresa. Uma área ou um head de inovação, por si só, dificilmente vai conseguir gerar esse movimento, e precisa de apoio para implementar projetos e processos de inovação.
Compartilhar metas, encontrar pontos de contato chave e preparar suas áreas de negócio e viabilizadoras para fazer conexões com startups e scale-ups é o primeiro passo para o sucesso da inovação – a partir daí, o desenvolvimento e evolução de iniciativas que vão de fato mudar o ponteiro da sua operação, torna-se muito mais fluido.
Aqui na Endeavor desenhamos uma plataforma de inovação aberta que gera valor nos três horizontes de uma grande empresa: desde o mindset de inovação até a transformação digital:
E claro, além desses benefícios para a empresa, criamos conexões que são benéficas para as scale-ups, já que, mais e melhores negócios com scale-ups geram impacto positivo no ecossistema e no Brasil.
E aí, você considera sua empresa ambidestra?
0 comentário