EXCLUSIVO: A Feluma Ventures, corporate venture builder que pertencente ao grupo FCJ Venture Builder, anunciou recentemente o investimento na Wise Hands, startup que tem como foco soluções inovadoras que promovem acessibilidade por meio da tecnologia. O principal objetivo do aporte é desenvolver soluções inovadoras voltadas ou adaptadas para as áreas de saúde e educação.
A startup, que está apenas 2 meses no país, já recebeu R$ 1,25 milhão em investimento com apoio da Feluma Ventures. A Wise Hands também está em negociação com investidores da Mumbai Angels, fundo com 600 investidores-anjo indianos e está analisando a proposta de alguns, que juntos estão dispostos a investir até US$ 27 milhões em startups ao redor do mundo até março de 2022.
Considerando que o mercado mundial atual é composto por 500 milhões de pessoas surdas, a Wise Hands traz acessibilidade para eles. Estima-se que em 2050 o número aumentará para 2,5 bilhões. No Brasil, existem atualmente cerca de 1 milhão de pessoas com deficiência auditiva. Essa solução beneficia a pessoa com deficiência e seus familiares, trazendo um impacto positivo para a vida de todos.
A startup nasceu com o desejo de melhorar a vida das pessoas classificadas como PCD (pessoas com deficiência), como surdos, cegos, cadeirantes, idosos, pessoas com mobilidade reduzida, entre outras deficiências.
Completando um ano de mercado, a empresa inglesa formada por brasileiros se encaixa no modelo dos critérios ESG (Environmental, Social and Governance), um mercado em crescimento que pode facilitar o êxito da startup, o que aumenta o interesse dos investidores da Feluma Ventures pela possibilidade de retorno. Para a Wise Hands, a expectativa é desenvolver o negócio usando o networking da FV para acessar o mercado e a expertise da equipe e dos investidores para atingir todo o potencial da startup, além do apoio para a expansão comercial.
“Um dos diferenciais da WH é que ela pensa na qualidade da informação transmitida. Muitos acreditam que, como alguns surdos sabem ler, somente colocar os conteúdos em texto é suficiente, mas como geralmente a língua materna do surdo é a língua de sinal do seu país, no caso do Brasil, a libras, o surdo sinalizado só consegue ter uma compreensão 100% através da linguagem de sinais. Pouca gente sabe que grande parte dos surdos não é totalmente alfabetizado em português e a libras é a segunda língua oficial do Brasil”, afirma Junior Gaino, CEO da Wise Hands.
A startup ainda precisa se desenvolver, e por conta da Feluma Ventures ter trazido sua operação ao Brasil, foi possível captar investimentos para a Wise Hands e impulsionar o fechamento de contratos. No segundo semestre deste ano, participaram da rodada de captação de investimentos da Mumbai Angels, e diversos investidores demonstraram interesse na solução, que será levada para atuar no mercado indiano – a proposta ainda está em negociação.
“A Feluma Ventures irá atuar de forma estratégica, como mentora. Isso envolve ações como abertura de mercado, desenvolvimento dos processos internos, busca por parceiros e clientes, desenvolvimento da governança da empresa e quaisquer outras áreas que precisem de suporte”, pontua Rafael Kenji, CEO da Feluma Ventures. A empresa dará todo suporte ao desenvolvimento da Wise Hands, ajudando a criar as áreas de inovação, comercial, jurídico, financeiro e marketing.
Foto destaque: Júnior Gaíno, CEO da Wise Hands.
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