A Endeavor é a rede formada pelas empreendedoras e empreendedores à frente das scale-ups que mais crescem no mundo e que são grandes exemplos para o país.
E se os melhores artistas fossem, na verdade… empreendedoras e empreendedores?
Steve Blank dizia que empreendedoras e empreendedores são artistas. Se são capazes de criar e ver detalhes únicos, conseguem criar uma obra-prima.
E foi isso que Igor, Lucas e Rafael fizeram: criaram a Pier, a primeira seguradora digital do país.
Em meio ao universo dos números, cálculos e pesquisas, os três construíram um modelo de negócio único.
Mas o início dessa jornada não foi nada fácil: inovar em uma indústria já consolidada, repleta de restrições e com um orçamento enxuto era, com certeza, um desafio.
Mas os desafios não assustaram Igor, Lucas e Rafael.
Desafios viraram o combustível do sonho. Com isso nasceu uma empresa inovadora, pioneira e que vem melhorando a vida das pessoas com um seguro transparente e descomplicado.
Estabilidade?
Igor e Lucas se conheceram no vestibular. Mas, mesmo antes de se conhecerem, compartilhavam um objetivo: ter estabilidade. Enquanto Lucas sonhava em ingressar na carreira militar, Igor queria ser cientista.
A carreira científica sempre esteve presente na vida de Igor, que desde criança já participava de olimpíadas de matemática e física em sua cidade natal, Feira de Santana, na Bahia. E ele ia além: era apaixonado por descobertas. Por isso,decidiu que faria faculdade de física, incentivado e apoiado por seus pais.
Nos primeiros anos de curso, Igor sentiu que faltava algo. Sentiu que poderia ir além, poderia mudar o mundo. “Chegou em um momento na faculdade, quando eu me dedicava à pesquisa acadêmica, que eu pensei: talvez isso não seja para mim. Meu grande sonho era impactar muita gente por meio do conhecimento, e a pesquisa tinha um caráter mais acadêmico e não me completava. Anos depois, descobri que uma das maneiras mais bonitas de legado é criando empresas que se multiplicam e que geram impacto”, conta Igor.
Lucas sonhava em servir o exército. Filho de militar, acabou indo para a academia militar por influência de seus pais. Mas, assim como Igor, sentiu que faltava algo mais e a inquietude por construir algo maior falava mais alto na sua jornada.
“Eu não me imaginava no exército, sempre tive muita vontade de descobrir coisas, de fazer coisas. Então, fui para a engenharia mecânica achando que minha vida estaria garantida com esse curso. Porém, durante a faculdade é que meu mundo realmente abriu para novas possibilidades de carreira”, revela Lucas.
A partir dessa amizade surgiu também um elo de confiança, que anos mais tarde cresceria em uma ideia compartilhada – e que viraria a obra-prima desses estudantes de exatas.
Empreender? Mas, o quê?
Após entrar na faculdade, Lucas optou por seguir mais um sonho: intercâmbio. Morou durante três anos na França e lá teve um contato mais próximo com o empreendedorismo. Novamente, a inquietude bateu na porta e logo ele se engajou no ecossistema, conheceu e se inspirou em figuras como Mauá e Chouinard.
Enquanto isso, no Brasil, Igor voltava sua curiosidade para o mundo dos investimentos. Em 2016, trabalhando em uma aceleradora, começou a estudar todas as frentes de mercado: finanças pessoais, investimentos e pagamentos.
Nesse momento, Igor já sabia o que queria. “Foi aí que surgiu a minha aptidão ao risco. E eu percebi que gostava daquilo. O risco era um negócio divertido para mim. Então eu comecei a fazer investimentos anjo e comecei a ter retorno sobre eles”, conta.
Em paralelo, Lucas voltava ao Brasil no final do seu intercâmbio e tomava um caminho semelhante ao de Igor: começou a trabalhar em um fundo de investimentos.
“Eu tive o primeiro contato com investimentos reais. Eu achava incrível ter a possibilidade de investir em uma empresa que gera valor para a sociedade”, explica Lucas.
Lucas e Igor já tinham mergulhado de cabeça no mundo dos investimentos e a troca de figurinhas ia muito além do bate-papo. Investiram juntos em uma startup, e logo viram que tinham condições para encarar mais um desafio: empreender.
Mas, por onde começar?
O faro científico de Igor o levou para as mais variadas teses de finanças. Afinal, qual questão resolveriam? Parecia que todos os problemas já haviam sido solucionados. Parecia não ter um novo caminho para percorrer.
Só parecia: perceberam que poucas teses de mercado abordavam sobre corretagem. Parecia que o mercado de seguros estava estagnado, não haviam inovações.
Era isso: o problema que seria resolvido. Era esse tesouro escondido.
Agora, bastava uma ligação.
Existe um momento certo?
Igor ligou para Lucas e contou a novidade.
“Eu estava em casa e o Igor me ligou. Lembro que era sábado. Ele me disse:
‘— Encontrei nosso problema. É sobre seguros!‘
Logo começamos a estudar essa tese e tentar entender o porquê ninguém tinha solucionado aquele problema até o momento”, conta Lucas.
Um dos aprendizados de Lucas, trabalhando em fundos de investimento, foi o timing. Será mesmo que era o momento de começar aquilo? Por que ninguém havia feito isso antes?
Muitas perguntas, poucas respostas. Nada é certo na hora de começar um negócio, mas era preciso arriscar.
No fim de 2016, encontraram a primeira resposta. Sabe por que a barreira de entrada era tão alta para abrir uma seguradora no Brasil? R$ 15 milhões para começar o jogo. Dezenas de questões regulatórias. E a dificuldade das seguradoras de entenderem quem eram e como podiam se relacionar com seus clientes.
O último ponto foi o mais intrigante, mas logo descobriram a razão dessa dificuldade: o modelo de distribuição das seguradoras era intermediado por corretoras, dificultoso e passava por longos processos para o cliente final. Além disso, as tecnologias, softwares e sistemas eram antigos e defasados, o que acabava prolongando ainda mais processos que deveriam ser simples.
De fato, era preciso inovar. Fizeram isso criando a primeira seguradora digital do país.
Tecnologia?
No começo, outro obstáculo: ambos eram do time de negócios e pouco entendiam de tecnologia.
A solução logo chegou. Era Rafael, um antigo colega de faculdade. Mais um apaixonado por desafios como Igor e Lucas.
Rafael sonhava em ser astronauta. Filho de um engenheiro e de uma psicóloga, a ideia de ir ao espaço fascinava o futuro engenheiro de computação. A ideia do desafio, de poder fazer várias coisas ao mesmo tempo e lidar com obstáculos a serem superados já eram inquietudes que Rafael carregava desde pequeno.
O tempo foi passando e a ideia de ser astronauta deu lugar à computação, que se tornou a paixão e escolha de carreira de Rafael.
“Meu pai era engenheiro, mas sempre teve uma relação muito forte com computação por hobbie. Ele fazia modelagem 3D e comprou um computador para fazer isso. Então, desde cedo, eu já tinha acesso ao computador da minha casa. Conforme fui crescendo, já sabia que queria uma carreira nessa área. , revela Rafael.
Na faculdade, Rafael teve contato com o empreendedorismo, ainda que essa não fosse sua primeira escolha.
“Eu nunca pensei em nada de empreendedorismo, inclusive achava maluquice ser empreendedor. Cresci achando que era um risco muito desmedido. Meu pai trabalhou a vida inteira em uma única empresa, conseguiu uma carreira estável. Minha mãe também tinha o consultório dela. Tinham carreiras estáveis. Mas quando eu cheguei na faculdade e fiz meu primeiro estágio, em uma startup , achei tudo muito fascinante e comecei a sentir que um dia eu conseguiria construir uma empresa também”, completa.
A semente do empreendedorismo já estava plantada. Porém, Rafael estacionou essa inquietação e decidiu experimentar trabalhar para uma multinacional. E não era nada daquilo que ele estava buscando. Largou e foi montar sua primeira empresa, com dois colegas de faculdade.
Mesmo com a sua empresa, durante a ascensão dos aplicativos entre 2011 e 2016, o ex-estudante de computação começou a receber propostas para a criação de softwares. Mas ele sentia que faltava algo mais: “As pessoas estavam nessa loucura de que para se ter um app sucesso era só criar um app e que você não precisava criar uma empresa por trás. Então as pessoas me convidavam para ouvir sobre projetos deles, mas eu não tinha interesse”.
Até que um dia chegou uma proposta diferente: o sonho grande de construir a primeira seguradora digital do Brasil.
15 milhões de reais?
Time fundador completo. Problema claro a ser resolvido. Projeto em mãos. E uma pergunta: e agora?
Criar uma seguradora não era fácil, ainda mais em um mercado tão pulverizado mundialmente. No Brasil, o mercado era fechado, conduzido por seguradoras tradicionais que pouco se aventuravam na área de inovação.
“Por não atuarem diretamente na distribuição de seguros, as seguradoras tinham dificuldade de construir uma relação com seus clientes. Esse distanciamento do consumidor era uma barreira que impedia a construção de produtos melhores. Inovação está muito ligada a conhecer o seu cliente. Afinal, quanto mais você estreita a relação com clientes, mais você monetiza a longo prazo.”, explica Lucas.
Além disso, era preciso um alto investimento para iniciar uma seguradora: 15 milhões de reais. Rafael conta que esse foi o primeiro grande desafio: “o órgão responsável pela autorização logo disse que não poderíamos abrir uma seguradora. Precisávamos ser milionários. O que não era o nosso caso.”
E os obstáculos não paravam por ali.
Igor, Lucas e Rafael acabaram encontrando um outro problema: um mercado tradicional. Parecia um beco sem saída. Era possível fazer algumas coisas com todos esses entraves?
Sim, era!
Quatro anos?
Eles não desistiram. Sabiam que tinham que fazer algo, mas não seria a curto prazo.
“Uma citação do Bill Gates que eu gosto é sobre prazos. Ele fala que as pessoas superestimam o curto prazo, acham que vão ter uma mudança significativa em um ano, e na verdade não vão. No futuro vai ser completamente diferente de agora. Então, entender a sociedade dessa maneira faz com que os nossos planos de curto prazo sejam mais sólidos, sejam menos mirabolantes. Mas quando a gente fala de longo prazo, precisamos pensar em novas estratégias e o surgimento de novos negócios” – Igor explica.
Durante um ano, pensaram em cada detalhe: o modelo de negócio, quais tecnologias seriam usadas, até o modelo de atendimento.
A inquietude virou parte da rotina: esse negócio era algo que precisava ser feito, era algo que precisava revolucionar a área de seguros.
Depois, ainda tiraram mais três anos para melhorar o que já haviam feito. Também captaram recursos e estruturaram, em minúcias, o que viria a ser a Pier.
Os desafios foram encarados, os resultados foram alcançados. A área de seguros vive uma revolução no Brasil.
A Pier!
Nascida em 2018, a Pier é pioneira: é a primeira seguradora digital do Brasil.
E isso vai muito além do título.
Ao contrário das seguradoras tradicionais, a Pier tem processos simplificados, adesões que podem ser feitas na tela do celular em poucos segundos, reembolsos que caem na hora e o mais importante: um atendimento humanizado e preocupado em ajudar seus mais de 120 mil clientes.
Com quase 300 pessoas no time, que partilham do mesmo valor de inquietude que seus fundadores, a Pier quer ser referência global como a maior seguradora da América Latina.
No mundo do empreendedorismo, os desafios nunca acabam. Mas, agora, como Empreendedores Endeavor, Igor, Lucas e Rafael podem contar com a rede global da Endeavor para superar todos os seus desafios de crescimento – e, claro, praticar o giveback, multiplicando seu impacto em todo o país mentorando, investindo e inspirando outras scale-ups.
“Eu acredito que empreendedoras e empreendedores transformam sociedades. Hoje eu sou empreendedor, e também sou anjo de dezenas de outras empresas. Eu acredito nisso fortemente. E tem um ciclo vicioso de ajudar e ser ajudado, indicar atalhos e ter atalhos, acelerar as coisas certas. Então, para mim, ser Endeavor é um orgulho, um catalisador de tudo que a gente está fazendo e é o jeito incrível de praticar o giveback”, finaliza Igor.
…
A inquietude move jornadas. É encarando de frente cada obstáculo que se constrói algo maior.
São pessoas inquietas que movem o mundo.
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