* Por Renato Alves

Um dos desejos da maioria das pessoas é ter a possibilidade de residir e trabalhar fora do país, independente da área que atua. Mas, para que isso aconteça é preciso se adequar a vários fatores se atentar a alguns critérios já pré-estabelecidos pelo país de destino. De acordo com o estudo feito pela Atlas das Juventutes da FGV Social, 47% dos jovens brasileiros entre 15 e 29 anos desejam deixar o Brasil.

Já o levantamento feito pela Kayak, plataforma de viagens, mostra os melhores países para trabalhar. Portugal (1º lugar), Espanha (2º) e Romênia (3º) estão no topo do ranking, respectivamente. Os Estados Unidos ocupam a 7ª posição no ranking da América do Norte e Central. Isso tem acontecido devido à falta de trabalhadores especializados, principalmente nos EUA.

De acordo com dados da Associação de Colégios Médicos Americanos, o país terá ausência de 121 mil profissionais de saúde. Já o Estudo do American Immigration Council aponta que existe uma grande participação de imigrantes trabalhando neste setor, chegando a marca de 15,6%.

Outro levantamento feito pela Administração de Serviços e Recursos Humanos (HRSA), apontou que o governo americano precisa de mais 16 mil trabalhadores que atuam como médicos e enfermeiros; 11 mil novos dentistas e 7 mil pessoas na área da saúde mental.

Mas, para que os estrangeiros consigam morar e principalmente trabalhar nos EUA, eles precisam ter o visto EB-2 e a alternativa mais interessante é via categoria National Interest Waiver (NIW). Mas, vale ressaltar que ela é voltada para aqueles com habilidades excepcionais, já que é destinada a estrangeiros com experiência e formação acadêmica comprovadas.

Mas, para cada profissão, há requisitos próprios, mas de um modo geral é preciso ter proficiência em inglês e realizar provas sobre isso; comprovar a formação e demonstrar conhecimentos e habilidades na área; efetuar exames sobre as temáticas envolvendo a área de atuação e por fim, validar o diploma.

Como vantagem do visto EB-2 NIW destaco que, diferentemente do que ocorre com outros, este concede residência permanente imediata ao solicitante, ao cônjuge e aos dependentes. Além disso, os requisitos são alcançáveis e não é necessário estar empregado, apenas que o perfil seja atrativo para o mercado local.

Diante desses insights, concluo que o processo para conseguir este visto requer cuidado e cautela, pois há muitos documentos e informações envolvidas, mas se for feito com auxílio de profissionais especializados e capacitados o processo de imigração e qualificação no mercado ficará muito mais fácil. Se atente a esses pontos citados acima.


Renato Alves é Diretor de Expansão da Bicalho Consultoria Legal, empresa especializada em migração, internacionalização de negócios e franquias.

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