A Endeavor é a rede formada pelas empreendedoras e empreendedores à frente das scale-ups que mais crescem no mundo e que são grandes exemplos para o país.
Essa é uma história que começa hoje.
Hoje, só é possível usar o vale-alimentação, refeição e transporte em um único cartão por causa do Pedro, do Guilherme e do Ricardo.
Os três fizeram isso ao fundar a Flash, scale-up reconhecida nacionalmente como a pioneira no mercado de benefícios.
O desenrolar dessa história é bem diferente de hoje. Para empreender em um mercado regulado, dominado por gigantes, foi preciso insistir e persistir. Ser disruptivo e ir além.
A persistência é importante. Assim falou Elon Musk. Tendo isso em mente, eles começaram: com a bagagem nas costas, uma ideia na cabeça e a vontade insaciável de colocar o sonho grande em ação, mesmo em frente aos maiores desafios.
Uma amizade de longa data
Os irmãos Pedro e Guilherme cresceram juntos com Ricardo. Da infância, até a vida adulta, os três mantiveram a amizade mesmo seguindo caminhos diferentes.
Enquanto Pedro decidiu pela carreira em direito, Guilherme apostou no universo do TI. Já Ricardo optou por uma carreira nos negócios, apesar da sua formação em engenharia.
Mesmo com diferentes profissões, o empreendedorismo sempre fez parte dessa história.
“Eu, o Guilherme e o Ricardo somos de famílias imigrantes do pós guerra. E os nossos avós e pais foram empreendedores no Brasil. Então, desde cedo, começamos a frequentar ambientes empresariais familiares, cada um no seu nicho. Porém, no meu caso, optei pelo direito: sou advogado de formação. Apesar disso, fui trabalhar com comunicação porque não tinha certeza sobre o que queria de carreira.” – relata Pedro.
Essa certeza não demorou a aparecer para Pedro. Logo que abriu sua agência de publicidade, encontrou um desafio. O desafio que daria origem a Flash.
O café que mudou tudo
Assim que estabeleceu seu negócio, Pedro começou a buscar benefícios para o seu time. A empresa responsável pelo vale-refeição havia mandado cartões errados, que, em seguida, foram extraviados. O mercado de benefícios era complicado. Havia muita burocracia e pouca flexibilidade.
Então, por que não inovar?
A ideia de montar um negócio para resolver esse problema começou a florescer no Pedro: era preciso um cartão único. Um modelo de benefício descomplicado, que unisse todos os segmentos (refeição e alimentação) e pudesse ser usado digitalmente.
O primeiro a saber dessa ideia foi Guilherme. Ele estava trabalhando na área de TI há alguns anos, e queria algo novo. Empreender com seu irmão seria um recomeço.
Ideia no papel. Tecnologia em mãos. Só faltava alguém que entendesse de negócios. A briga dentro do mercado de benefícios seria gigantesca. Afinal, os grandes players já eram consolidados e não seria fácil chegar com uma ideia tão inovadora.
Quando Pedro contatou Ricardo, ele se assustou com a proposta:
“Você tá doido? Vai brigar com as multinacionais? Tudo bem ser um pouco fora da casinha, mas por que você quer fazer um negócio tão difícil assim?” – conta Ricardo em meio às risadas.
Apesar do susto inicial, o espírito empreendedor era mais forte em Ricardo. E foi necessária apenas apenas um café para que ele também embarcasse na jornada:
“Curioso para saber qual seria a ideia do Pedro, resolvi ir para a casa do Guilherme para tomar um café com eles. Em meio a nossa conversa, começamos a desenhar aquelas que seriam as primeiras telas da Flash.” – conta Ricardo.
Ali acontecia o Day1 da Flash.
O momento das descobertas
Com tudo pronto, era hora de botar a mão na massa. Pedro percebeu que a briga não seria pequena. O mercado de regulações era complexo e era preciso entender como as coisas funcionavam para atrair capital.
Em meio às conversas, os empreendedores ouviram de advogados que aquilo seria muito difícil, beirando o impossível. Era preciso lançar um produto aderente à regulamentação, levando em conta que a empresa atenderia clientes corporativos e deveria estar 100% dentro das normas.
“Logo eu entendi que a regulação era um capítulo importante. E existem duas delas nesse mercado: a regulação bancária propriamente dita, na qual movimentamos o dinheiro, e a regulação trabalhista que se aplica aos benefícios. A gente sabia que nossas chances eram pequenas, mas acontece o seguinte: se o seu negócio depende de mexer na regulação para existir dificilmente ele vai ser bem-sucedido. Por isso, a Flash nasceu dentro das regras do jogo. Operando dentro das regulações e construindo nossas ideias com tecnologias que davam suporte a elas” – explica Pedro.
Para entender como realizar essa operação e o que poderia ser feito no mercado ou não, era preciso conhecer os três clientes fundamentais: a empresa, os funcionários e os estabelecimentos.
“A gente fez o que qualquer negócio deveria fazer, que é começar entendendo os clientes. Entender que a gente tem a empresa como cliente, o usuário como cliente e o estabelecimento comercial, indiretamente, como cliente. Então, a gente foi entrevistar centenas de pessoas em todos esses nichos para entender o que cada um queria, suas dores e frustrações” – completa Ricardo.
Essas conversas foram decisivas para que os empreendedores conseguissem lançar uma primeira solução. Foi por meio delas que eles descobriram um código que mudaria tudo: o MCC.
“A gente descobriu nessas pesquisas e descobertas que quando você passa um cartão, recebe um código chamado MCC. Com ele era possível saber do que se tratava o estabelecimento. No momento em que descobrimos isso, entramos no mercado. Criamos uma infraestrutura tecnológica e de pagamento que batia de frente com os grandes players, que mantinham seus sistemas fechados”, conta Guilherme.
Com a descoberta feita, o sistema pronto e a tecnologia necessária, nasceu o atual modelo da Flash: um cartão multibenefícios que, além de refeição e alimentação, engloba os segmentos de saúde, educação e mobilidade. Bandeirado e com desconto em crédito, oferece ao colaborador mais liberdade para o uso do benefício.
E esse modelo deu certo! Cresceu e foi além: hoje a Flash é referência no setor, aumentando seu crescimento em dez vezes nos últimos anos, aportando grandes investimentos e gerando uma revolução no mercado de benefícios.
O depois da Flash
Pedro, Guilherme e Ricardo mudaram as regras do jogo. Mesmo em meio às tempestividades e os diversos não que enfrentaram ao longo da jornada.
“Mudamos o padrão do mercado, efetivamente. E isso é o que nos dá mais orgulho. Antes da Flash, o mercado estava na mão de poucos players, com recursos limitados e com dificuldades de se reinventar. Aqui no Brasil, temos o maior mercado de benefícios do mundo, era preciso inovar. O benefício flexível, que antes não existia, hoje é o novo normal. O paradigma de mercado mudou, o novo modelo que está sendo feito é em prol do trabalhador. É bom para as empresas, para todo mundo.” – divide Ricardo.
A Flash foi pioneira na reinvenção do mercado de benefícios, e com a persistência de seus fundadores, conseguiu mudar toda uma legislação.
Mas não parou por aí. Nesse caminho, surgiu mais uma aliada, que faria toda a diferença para os empreendedores.
A Endeavor no caminho
Em 2020 Pedro, Guilherme e Ricardo encontraram a Endeavor. Eles participaram do Scale-Up Endeavor, o que foi fundamental para o crescimento da empresa por meio de mentorias e o apoio de mentoras e mentores que entendiam do assunto.
“Eu brinco que, no fundo, a Endeavor facilitou e acelerou esse processo de crescimento da Flash, quando tivemos ao nosso lado mentoras e mentores que nos ajudaram de forma assertiva e rápida. Ela tem uma rede incrível que consegue potencializar nossas ideias. E o melhor? Eram empreendedores como nós. Querendo ou não, o empreendedor é o melhor conselheiro para outro empreendedor.”, conta Ricardo.
Com a empresa crescendo, se destacando e abrindo portas no mercado, não demorou para que os empreendedores dessem o próximo passo: o ISP. Ou, o Painel Internacional de Seleção , no qual poderiam se tornar Empreendedores Endeavor e continuar o ciclo de scale-up e giveback.
E desta vez foi especial: foi o primeiro ISP presencial depois de quase três anos de isolamento na pandemia. O melhor: na Grécia.
“Na Grécia, deu para sentir muito melhor a sensação do que é o nível da rede, o quão rica era a conversa com os painelistas, a bagagem daquelas pessoas e a relação de amizade. De empreendedor para empreendedor. Inclusive, foi muito especial ver o nível dos outros empreendedores que estavam lá e conhecer o quão incrível eram as histórias das outras empresas que estavam fazendo parte daquilo.” – finaliza Pedro.
…
A Flash quebrou barreiras, foi pioneira e impactou de forma positiva o mercado de benefícios. Mas isso não foi o suficiente para os Empreendedores Endeavor Pedro, Guilherme e Ricardo.
Era preciso compartilhar, praticar o giveback. Continuar girando a roda e impactar a próxima geração de scale-ups.
Por isso, os novos Empreendedores Endeavor são exemplos de como dá pra fazer diferente. A mudança acontece pela persistência, e com ela o mundo muda. E o universo do empreendedorismo se transforma.
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