Com esse tema, a terceira edição do Corporate Venture Summit, evento realizado pela FCJ – maior venture builder da América Latina -, recebeu investidores-anjo de peso para debaterem os caminhos do setor: Cássio Spina, Angélica Nkyn e Jorge Letra.

Antes de saber para onde caminha o mercado, é importante que os atores deste setor saibam para onde querem ir. A investidora, que também é especialista em inovação disruptiva, aconselha às startups que queiram captar investimento com anjos que utilizem suas redes de conexões da melhor forma possível. “Eu sempre acho que a melhor forma de você conseguir a opinião de alguém é pedindo. Ao se aproximar do investidor, peça uma opinião dele, crie uma conexão que faça sentido para vocês dois”, diz.

Um dos principais temas do bate-papo foi a construção ideal do tão famoso “pitch matador”. “Não adianta nada ter um pitch lindo se você não mostrar seu captable, explicar a dor do cliente e seu diferencial, por exemplo. Muito mais do que bonito, um pitch precisa ser eficiente”, comenta Angélica.

Para Jorge, o pitch ideal é aquele que mostra a confiança do empreendedor em seu mercado, mas sem arrogância. “Eu quero saber que você conhece seu setor, mas não quero ver aquele pitch que não leva em consideração os concorrentes ou o cenário do mercado”, comenta. “Quando eu ouço um pitch, eu sempre pergunto para o investidor o que é que pode dar errado no cenário apresentado, porque o pitch vende um sonho, mas o empreendedor está pedindo dinheiro de verdade”, diz.

Investimento em diversidade

Uma importante tendência debatida pelos especialistas foi de que, mais do que nunca, investidores estão olhando para empresas fundadas por mulheres e entendendo a importância de um portfólio diverso. “Cerca de 50% das startups do portfólio da Anjos do Brasil têm mulheres no time de fundadores, e isso é um motivo de muita felicidade para nós”, comenta Cássio Spina, fundador do grupo.

“Os investidores cada vez mais querem ver equipes mistas. O mercado ainda é muito desequilibrado, e isso não é legal. Por isso, vemos vários esforços para transformar essa realidade”, comenta Jorge.

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