Em 2022 foi o ano com a segunda maior captação de valores mobiliários, diz a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Foram captados R$ 574,1 bilhões, referentes a 2.297 ofertas, de acordo com a Assessoria de Análise Econômica e Gestão de Riscos (ASA) da Autarquia.
Um dos pontos destacados no documento diz respeito ao crowdfunding de investimentos, também conhecido como equity crowdfunding. Esta modalidade de investimento coletivo, regulada pela CVM em 2017, teve um novo marco em julho do ano passado, quando entrou em vigor a Resolução CVM 88.
De acordo com a nova norma, foi regulado no setor o chamado mercado subsequente – que tem o funcionamento similar ao mercado secundário – e que resolveu o problema da falta de liquidez para quem investia em inovação via crowdfunding.
Os dados do documento divulgado mostram que foram arrecadados mais de R$ 210 milhões na modalidade em 2022, 61% mais do que os R$ 130 milhões de 2021.
A quantidade de opções que os investidores puderam examinar para decidir se aportavam dinheiro aumentou 36% no mesmo período, passando de 74 para 110 ofertas. Tudo isso movimentado por 57 plataformas reguladas, apenas três a mais do que em 2021 e bem superior aos 14 players que existiam no mercado em 2018.
Quando o foco é investimento em startups via plataformas, o valor captado pelas dez principais plataformas do setor é maior que R$ 80 milhões em 43 rodadas. Esse dado é da Captable, plataforma de investimentos em startups que no ano passado liderou a modalidade ao movimentar R$ 27 milhões em 15 rodadas de investimentos, o que equivale a 33% do montante das plataformas observadas.
De acordo com esse levantamento da Captable, no segundo lugar deste ranking está a Beegin.Invest R$ 18 milhões com sete rodadas de investimentos. O terceiro lugar, SMU Investimentos, também promoveu o mesmo número de ofertas e movimentou quase R$ 13 milhões. Já a Kria realizou seis ofertas e captou R$ 12 milhões e na sequência temos EqSeed com R$ 5 milhões em quatro rodadas.
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Investimentos: Estratégias que deram resultados
“Um dos maiores desafios no venture capital é democratizar o acesso ao investimento privado. Em 59 rodadas promovidas até agora, percebemos que cada vez mais o brasileiro está aprendendo que há uma possibilidade de variar a carteira investindo em inovação. E temos no nosso portfólio justamente as queridinhas do momento que são as early stages”, explica Guilherme Enck, cofundador da Captable.
“Já temos grupos de investidores-anjo de renome que optam por usar a nossa solução para ancorar investimentos e usarem as facilidades que oferecemos que poupa tempo e dinheiro dessas organizações. Também fomos pioneiros em abrir um marketplace que resolve uma antiga dor de cabeça do setor que é a falta de liquidez. E como se trata de um mercado novo, percebemos que é preciso formar esses investidores em startups e por isso lançamos nosso braço educacional, a Captable Academy. Todos esses diferenciais estão sendo refletidos em números”, comenta Leonardo Zamboni, diretor de marketing da Captable.
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