O Hurb, de acordo com informações do O Globo, planeja demitir aproximadamente 400 colaboradores, o que representa cerca de 40% de seu quadro de funcionários, que atualmente conta com cerca de mil pessoas. Essa decisão ocorre logo após a determinação da Senacon de suspender a venda de pacotes flexíveis, que é o principal produto da empresa, devido à falta de comprovação de capacidade financeira.

Os pacotes flexíveis vendidos pelo Hurb permitem que o comprador escolha apenas o destino, deixando as datas em aberto. Segundo o contrato, a empresa tem um prazo de dois anos para adquirir as passagens e reservar os hotéis. No entanto, após vender aproximadamente R$ 3 bilhões em pacotes durante a pandemia, sem a necessidade imediata de comprar passagens ou reservar diárias de hotel, a empresa encontra-se agora sem recursos para cumprir com os pacotes vendidos.

Procurada, a empresa não confirmou o número de demissões e a quantidade exatas de colaboradores. Mas informa que “reconhece que as decisões são difíceis e lamenta ter que adotá-las, mas reforça que todas são necessárias para que a companhia possa atravessar a situação atual e volte a operar regularmente em conjunto com os seus colaboradores, prezando pelo melhor interesse da companhia, de seus consumidores e parceiros. O Hurb agradece o esforço e o comprometimento dos profissionais que deixam a empresa e se mantém à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.”

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Veja na íntegra a nota do Hurb:

Em resposta ao momento desafiador que vem atravessando, o Hurb – empresa brasileira que está no mercado há mais de 12 anos – está promovendo mudanças em todas as suas áreas, como parte da reestruturação da companhia. Nesse contexto, inúmeras medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade dos negócios, entre elas a readequação de seu quadro de colaboradores, além de outras ações que visam a redução de despesas. Em respeito às pessoas, a empresa não fornecerá detalhes sobre essas movimentações e reitera que está prestando todo o apoio para os profissionais afetados, sempre respeitando a legislação trabalhista.

O Hurb reconhece que as decisões são difíceis e lamenta ter que adotá-las, mas reforça que todas são necessárias para que a empresa possa atravessar a situação atual e volte a operar regularmente em conjunto com os seus colaboradores, prezando pelo melhor interesse da companhia, de seus consumidores e parceiros. O Hurb reconhece e agradece o esforço e o comprometimento dos profissionais que deixam a empresa e se mantém à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.

O que aconteceu?

No começo da pandemia, o Hurb cresceu. A companhia passou a vender pacotes de viagens com as datas flexíveis e preços super baixos. Em abril a companhia foi acusada de inadimplência pelos hotéis, que passaram a não aceitar mais reservas feitas pela empresa por falta de pagamento.

Em entrevista ao Startupi, João Ricardo Mendes disse que a situação estava sendo revertida e diz que a situação agravou por conta dos “imprevistos macroeconômicos”, como a quebra do SVB e o calote das Americanas. Em abril, João vazou dados de um cliente que não teve as passagens aéreas emitidas e reclamou na internet. As informações foram compartilhadas em um grupo de WhatsApp com mais de mil pessoas.

Após todos os acontecimentos, João Ricardo Mendes enviou uma carta, em que admite ter cometido erros e diz estar prejudicando muitas pessoas. Otávio Brissant assumiu o cargo provisoriamente.


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