A palestra sobre Inteligência Artificial no evento Vamos Latam Summit não apenas destacou o impacto da tecnologia na América Latina, mas também enfatizou a importância dos dados e das equipes de desenvolvimento na jornada da IA. A discussão contou com a participação de Patricia Thaine, da Private AI, Azul Garza da Nixtla e Zan Gilani do Duolingo. 

Os palestrantes enfatizaram a importância de proteger os dados pessoais em projetos de IA. A minimização de dados foi mencionada como uma abordagem importante, onde as empresas devem coletar apenas o necessário e obter o consentimento dos usuários para fins específicos, conforme exigido por regulamentações como o GDPR na Europa e o LTDC no Brasil. A tokenização foi sugerida como uma medida de segurança, tornando o acesso aos dados mais difícil em caso de violação. 

Além da proteção de dados, os especialistas falaram sobre a construção de um time para desenvolver as soluções de IA. Todos falaram sobre equipes de desenvolvimento diversas e multidisciplinares. “A diversidade não apenas melhora a qualidade dos dados, mas também enriquece a abordagem para resolver problemas complexos. Diferentes origens e perspectivas são importantes para a construção de produtos de IA eficazes”, afirmou Azul. 

Zan destacou a importância da experiência do usuário ao criar produtos alimentados por inteligência artificial. Ele enfatizou que é fundamental evitar o desenvolvimento de soluções que não atendam às reais necessidades das pessoas. Ao abordar o uso de chatbots e assistentes virtuais, Zan explicou que, embora essas ferramentas possam parecer atrativas à primeira vista, a maioria das pessoas perde o interesse nelas rápido. Ele apontou que, ao criar chatbots, é essencial considerar o equilíbrio entre a interação humana e a automação para garantir envolvimento significativo. 

Ele compartilhou a experiência do Duolingo ao introduzir práticas de conversação em seu aplicativo e explicou que os primeiros testes revelaram que as conversas eram muito longas, o que sobrecarregava os usuários. Nesse sentido, ele destacou a necessidade de criar motivos para os usuários continuarem engajados. “Em um mundo onde a perfeição não é o foco, o objetivo real é ajudar as pessoas a se tornarem mais resilientes na conversação. A abordagem do Duolingo para aprimorar a experiência do usuário com IA envolve realizar testes frequentes, evitando suposições e adaptando produtos para atender às necessidades e preferências dele”.  

Zan reconheceu que, embora a IA seja uma ferramenta poderosa, seu sucesso depende de um esforço significativo nos bastidores – com um time diversificado – para garantir que atenda às expectativas dos usuários. 

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Possibilidades futuras com IA

Outro aspecto abordado foi sobre o futuro da inteligência artificial. Zan mencionou sobre como as pessoas podem usá-la para fazer terapia. “Não como uma forma médica, é claro, mas como um instrumento compassivo e que te afaste dos problemas, que não julgará e irá ajudar o usuário a esclarecer seus pensamentos. Ter uma IA infinitamente paciente com quem é possível conversar é um recurso incrível.” 

O Gerente de Produto do Duolingo ainda acrescentou como a IA generativa pode contribuir na educação, podendo simplificar informações complexas e tornar a compreensão de tópicos desafiadores, como pesquisa médica, mais acessível. “A capacidade de desmistificar e compreender conceitos complexos de maneira mais eficaz é transformadora. Imagine enfrentar a dificuldade de ler um extenso trabalho de pesquisa médica. Agora, considere a possibilidade de copiar e colar uma seção desse trabalho, fazer perguntas claras e solicitas ilustrações para uma compreensão mais acessível. Essa perspectiva tem o potencial de remodelar o cenário atual.” 

Para Patricia, a aplicação da IA na solução de questões ambientais emergiu como uma perspectiva intrigante. O foco principal foi a redução do desperdício, uma questão global crítica. “A IA pode ser usada para otimizar processos em empresas e na gestão de resíduos, contribuindo para a redução do desperdício em várias escalas. Além disso, pode desempenhar um papel importante na prevenção de incêndios florestais, por meio de drones e sensores que detectam ameaças em seus estágios iniciais”. 

Por fim, Azul mencionou a segurança cibernética como uma área em que a IA pode ter um impacto significativo. Com a crescente complexidade das ameaças cibernéticas, a tecnologia pode ser usada para identificar vulnerabilidades e ameaças em tempo real. Isso capacita as organizações a tomar medidas proativas para proteger seus ativos digitais. 


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