Começou em novembro a implementação de um projeto de dimensões nacionais de monitoramento, em tempo real, de ameaças cibernéticas nas áreas de energia, transportes, comunicações, óleo e gás e segurança pública. Com aporte de R$ 16 milhões do governo federal, a startup Clavis Segurança da Informação foi uma das 25 empresas brasileiras selecionadas, por meio de edital público, para atuar na proteção de infraestruturas críticas do país. O projeto é uma parceria envolvendo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Ministério da Defesa e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) – a implantação deve ocorrer até 2026.

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A Clavis Segurança da Informação fará companhia a empresas que produzem foguetes, radares, monitores de radioatividade e outros produtos. Todos os projetos somam R$ 238 milhões em investimentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para fomentar a inovação na Base Industrial de Defesa (BID). De acordo com o governo federal, é o maior volume de subvenção econômica já destinado a este setor estratégico da indústria nacional.

Uma das principais referências em Centro de Operações de Segurança da Informação da América Latina, com mais de 130 clientes só no Brasil, a Clavis colocará sua tecnologia para garantir a proteção de dados de empresas que realizam atividades estratégicas, como transmissão de energia elétrica, controle de embarcações, tratamento de água, óleo & gás e segurança pública. “Um ciberataque começa no meio digital e logo transborda para o mundo físico, trazendo prejuízos concretos e que podem até colocar em risco a vida de milhões de pessoas”, diz o CEO Victor Santos.

História da Clavis Segurança da Informação

Criada há 18 anos na incubadora de empresas da COPPE, hoje vinculada ao Parque Tecnológico da UFRJ, a Clavis Segurança da Informação é homologada pelo Ministério da Defesa como “Empresa Estratégica de Defesa”. Além disso, seus dois produtos que entrarão em campo também mereceram do Ministério a chancela de “Produto Estratégico de Defesa (PED)”: o Clavis Octopus SIEM, que centraliza tudo que acontece numa empresa, da entrada na catraca ao acesso à internet, sendo capaz de identificar um ataque em tempo real; e o Clavis BART Vulnerability Management, de gestão contínua e centralizada de vulnerabilidades, que simula ataques ao sistema das empresas para identificar, priorizar e corrigir falhas de segurança.

Faz todo sentido que a proteção de dados seja tratada como questão de segurança de Estado. Os números dessa guerra digital impressionam. Em 2022, o Brasil sofreu 103 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, segundo levantamento da empresa de segurança cibernética Fortinet. Essa quantidade representa cerca de 30% de todos os casos registrados na América Latina e Caribe, que somaram 360 bilhões.

Além disso, conflitos militares como o que acontece na Ucrânia, e o recém-iniciado entre Israel e Palestina, evidenciam como a defesa nacional está hoje atrelada também à capacidade de monitorar e se proteger de ataques digitais. Horas após militantes do Hamas lançarem foguetes em direção a Israel, “hacktivistas” iniciaram ataques direcionados contra sites e aplicativos israelenses e palestinos. Algumas entidades alegam ter efetuado roubos de dados, atacado provedores de serviços de internet e invadido o sistema de alerta de mísseis israelense, conhecido como Red Alert. No total, na primeira semana do conflito, foram registrados ao menos 60 ataques a sites, metade deles pertencentes ao governo de Israel.


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