Nos últimos dias, uma entrevista concedida por Peter Becker, pesquisador da Universidade George Manson, nos Estados Unidos, viralizou nas redes sociais. Nela, ele diz que um fenômeno conhecido como supertempestade solar pode afetar a internet por meses, em algo que ele chamou de “apocalipse da internet”.

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“A Internet atingiu a maioridade numa época em que o sol estava relativamente calmo, mas agora ele está entrando em uma época mais ativa”, disse o professor à Fox. “É a primeira vez na história da humanidade que houve uma interseção do aumento da atividade solar com a nossa dependência da internet e a nossa dependência econômica global da internet.”

Segundo o especialista, uma ejeção de massa coronal (CME, na sigla em inglês), causada pelas explosões solares, podem causar alterações significativas no campo magnético da Terra. Isso faz com que redes elétricas, satélites, cabos subterrâneos de fibra ótica com revestimento de cobre, sistemas de navegação e GPS , transmissores de rádio e equipamentos de comunicação estejam vulneráveis a essas alterações.

O especialista conta que um acontecimento semelhante já aconteceu, em 1859, em um fenômeno que destruiu sistemas telegráficos da época. “Faíscas literalmente voaram das linhas telegráficas. Alguns operadores foram eletrocutados porque os fios acabavam carregando alta tensão, o que nunca deveriam fazer, mas as variações do campo magnético tornaram-se tão fortes que quase se tornaram um sistema gerador e conduziram essas correntes pelos fios telegráficos”, conta Becker à Fox.

Caso aconteça nos dias atuais, tal fenômeno pode ter impactos significativos e até devastadores para a economia global, uma vez que a internet é a base de diversas atividades econômicas. Ele acredita que o cenário pode se tornar preocupante ainda em 2024, mas as chances são de que, a partir de 2030, uma supertempestade solar possa, de fato, acabar com a internet no mundo.

NASA afirma que o planeta pode ficar sem internet por um ano?

As discussões sobre o “apocalipse da internet” não são novas. Em julho de 2023, um assunto que bombou nas redes sociais foi um suposto alerta da NASA sobre uma forte tempestade solar, a maior até hoje, detectada a partir da sonda solar Parker, enviada pela NASA ao espaço em 2018 com o objetivo de estudar a atmosfera do Sol.

É verdade que a Administração enviou ao espaço tal sonda, mas a NASA não emitiu nenhum alerta sobre a iminência de uma grande tempestade solar que possa destruir a internet. Os rumores que circularam na internet, entretanto, parecem ter origem em outro estudo que aponta uma probabilidade baixa – mas real – para um desastre dessa magnitude.

Em 2021, Sangeetha Abdu Jyothi, especialista em ciência da computação da Universidade da Califórnia, publicou um estudo que diz que há de 1,6% a 12% de que ocorra uma interrupção prolongada da internet, na próxima década, devido a uma supertempestade solar. “Nunca vivenciamos um caso extremo e não sabemos como nossa infraestrutura responderia a isso. Nossos testes de falha nem sequer incluem esses cenários”, explica.


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