O Brasil é o país mais sedentário da América Latina e ocupa a quinta posição no ranking mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 47% dos brasileiros são sedentários, conforme os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2009, Pedro Reis fazia parte dessa porcentagem, até que começou a ter alguns problemas de saúde e a orientação médica foi fazer atividades físicas. O resultado foi a perda de peso, uma mudança drástica na qualidade de vida e um grande interesse por esportes.  

Além dos exercícios, o nutricionista de Pedro prescreveu suplementos alimentares para ele consumir. Na época, whey, creatina, entre outros, eram vistos como anabolizantes e eram difíceis de serem encontrados. Foi aí que o empreendedor resolveu abrir um negócio na área. Em 2015, ele se juntou com Tomás Camargos para criar um marketplace – já batizado de VIK – para a venda de suplementos alimentares através de personal trainers. O negócio chegou a ter mais de 300 vendedores, mas não teve escalabilidade e resolveram pivotar.  

Em 2016, a VIK virou uma plataforma para desafios de corrida. Para participar do primeiro evento, bastava se inscrever, pagar R$ 19,90 e sincronizar com um GPS. Ganhava quem somasse a maior quantidade de quilômetros percorridos. O evento foi um sucesso e teve uma adesão de cerca de 400 pessoas. Os empreendedores perceberam que havia uma oportunidade de negócio para incentivar pessoas a praticarem exercícios e um bom caminho de acessar um grupo maior era através das empresas.  

No final de 2017, a VIK realizou um teste entre os quatro escritórios da consultoria Kienbaum. As sedes de São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, competiram entre si, com o objetivo de estimular a ingressão dos colaboradores nos exercícios e diminuir o sedentarismo. Depois, conquistou os dois primeiros clientes pós-pivotagem. A Prodap, que tinha mais de 200 colaboradores, e a Forno de Minas, que teve cerca de 600 colaboradores participando do desafio.  

Foram muitos testes, acertos e erros até chegar no produto que é hoje: programas de gamificação para empresas com foco no bem-estar dos colaboradores, através de um aplicativo onde é possível subir de nível, acumular pontos e ganhar prêmios à medida que o usuário cumpre as metas de exercícios físicos. É necessário registrar os exercícios físicos, como ou sem GPS, para acompanhar o histórico e evolução.

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Pandemia mudou o olhar para saúde  

Pedro avalia que depois da pandemia, as pessoas passaram a prestar mais atenção na saúde e começaram a exigir uma mudança no modelo de trabalho, onde a empresa valoriza a saúde e bem-estar dos seus colaboradores. “Então temos dois cenários, um lado é o da empresa querendo focar na saúde e bem-estar dos funcionários e do outro lado as pessoas que não conseguem mudar de hábitos, porque mudar a rotina sedentária para uma ativa não é uma tarefa simples.” 

Hoje, a startup conta com cerca de 55 empresas clientes, como iFood, Localiza, Itaú e Iveco, e pode ser usado por colaboradores em outros países. A plataforma está disponível em inglês, português e espanhol e será traduzida para mais oito línguas. O aplicativo tem videoaulas de atividades físicas para que o usuário acesse e faça exercício de qualquer lugar.  

E para manter os colaboradores ativos nos desafios, além da estratégia de pontos que podem ser trocados por cupons de descontos e prêmios, a VIK desenvolveu um feed, como o de uma rede social, para que os participantes compartilhem suas conquistas, fotos fazendo exercícios, batendo novas metas e interajam para se incentivarem.  

“A gente começa a gerar na empresa não só saúde e bem-estar, mas também um novo nível de integração e conexão das pessoas. A Amazon, que é nossa cliente, comentou que antes os colaboradores de áreas distintas não conversavam e com o feed na VIK eles começaram a ter assuntos em comum e se aproximaram. A parceria no trabalho até aumentou”, afirma Pedro, que diz que em 2023, a startup estima faturar R$ 4,5 milhões e para o próximo ano o objetivo é atingir R$ 10 milhões.  


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