No segundo dia de CASE SP, Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo, realizado pela Associação Brasileira de Startups desde 2014, a palestra sobre Venture Building e Corporate Venture Building trouxe insights valiosos de experientes empreendedores e executivos.

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Carlos Gamboa, cofundador da Fisher, compartilhou a sua visão sobre Venture Building. Para ele é quando um empreendedor serial já está calejado e com bastante conhecimento do ecossistema de startups e se junta com outros sócios para investirem. Já o Corporate Venture Building é a conexão de grandes empresas com startups, com o objetivo de inovar um setor específico ou desenvolver uma nova solução para o mercado, mas com base na análise de usuários e mercado.

“É importante considerar que a corporação precisa estar um nível de maturidade avançado, porque lidar com startups pode gerar riscos. A maturidade permite que a corporação não desista no primeiro erro e pode acontecer antes do novo produto com a startup gerar receita”, explica Gamboa.

Rafael Gibini, do Grupo Melhoramentos, compartilhou os desafios e oportunidades de implementar o Corporate Venture Building em uma empresa consolidada. Ele enfatizou a importância de criar uma equipe segregada para inovação, evitando que a busca por novos negócios comprometa as operações existentes. “Chamamos consultorias especializadas para entender as possíveis possibilidades de inovação. Ter um time segregado para inovação é crucial, pois permite foco total nesse aspecto sem desviar a atenção das operações existentes.”

Ele também abordou a questão da parceria com startups, destacando os desafios na criação de contratos e processos jurídicos específicos para essas colaborações. “Para fazer uma parceria com uma startup o modelo de contratação precisa ser diferente, a área jurídica precisa conseguir analisar o contrato de uma startup, considerando que ela não irá gerar renda inicial. Precisamos criar um fast track para poder avançar”, explica Rafael.

Importância dos spin-offs no Corporate Venture Building

Romulo Perini, da Play Studio, enfatizou a essência de criar spin-offs para enfrentar os desafios de iniciar um novo negócio. Ele ressaltou a necessidade de maturidade, não apenas no nível operacional, mas também na governança, ao criar uma nova entidade com CNPJ próprio. “O líder precisa estar engajado para lidar com as situações de uma startup. A criação de uma nova governança é essencial, e a maturidade é crucial para lidar com os desafios dessa jornada de altos e baixos”, explicou Perini.

Ele apresentou três abordagens para construir um novo negócio: fazê-lo individualmente, adquirir uma startup ou tecnologia existente, ou buscar uma aliança estratégica. Além disso, destacou a importância de ter um portfólio diversificado e de estar conectado ao ecossistema de startups para garantir o sucesso.

Rafael Gibini ressaltou a necessidade de clareza no mandato e no papel do CEO para incentivar a inovação. Além de explicar para os colaboradores que esse novo negócio não é um rival, é uma complementação para gerar renda. Para isso, é importante alinhar os planos estratégicos da empresa, estruturar governança, desenvolver um playbook e garantir o comprometimento de todos os envolvidos.

“Para uma solução nova ir ao mercado isso pode levar, no mínimo 6 meses, até fazer o projeto de incubação, exploração validação, avaliação com colaboradores e lançamento. O ideal é criar um cronograma não de lucros, mas que acompanhe toda a trajetória do novo negócio, desde o MVP, até o lançamento do mercado, porque a renda irá demorar para chegar. O KPI precisa ser muito bem alinhado e se não der certo, como o time pode reverter esse erro. Startup erra, mas precisa errar barato”, afirmou Rafael.


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