Fundada em 2019, a PWTech é uma startup brasileira voltada para a purificação de água contaminada. A solução foi desenvolvida em parceria operacional com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Escola Politécnica da USP, e funciona de forma simples: um aparelho que, ao ser conectado em uma fonte de água, transforma imediatamente a água em potável e própria para o consumo.

A iniciativa nasceu para combater a baixa distribuição de água potável ao longo do território brasileiro, que hoje tem 35 milhões de pessoas no Brasil sem acesso à água potável. Como solução escolhida, a startup desenvolveu um aparelho portátil e de fácil utilização e manutenção e são destinados para a população que não possua acesso a tratamento de água bruta, apenas água sem tratamento nenhum.

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“Entregamos uma solução estruturante, criada para ser levada ao local e ficar lá a disposição dos usuários, permitindo que qualquer comunidade tenha sua própria estação de tratamento de água e consequentemente tenha água potável sempre à disposição”, comenta Fernando Silva, CEO da PWTech.

Purificador de água da PWTech ligado à placas de energia solar
Purificador de água da PWTech ligado à placas de energia solar

O aparelho desenvolvido pela startup é destinado para abastecer pequenas cidades ou comunidades, e não para o uso doméstico. Não é um filtro de água, mas sim um purificador, que funciona como uma mini estação independente de água, podendo ser alimentada por qualquer tipo de energia, como bateria externa, inversor veicular, energia eólica e solar. O aparelho tem capacidade de gerar de 5 mil a 10 mil litros de água potável por dia.

Fernando comenta que desde seu início, a startup já chamava a atenção de órgãos governamentais pela facilidade de manuseio e a facilidade da alimentação do aparelho e transporte. Foi por essas características que brigadistas do Ibama usaram o filtro enquanto combatiam incêndios florestais.

“Como um dos primeiros projetos, levamos purificadores para bombeiros e brigadistas do Ibama, que tem a missão de apagar incêndios na Floresta Amazônica. Enquanto esses profissionais estão nessas missões, eles não têm muita escolha do que beber, muitas vezes precisam usufruir de rios contaminados, com sujeira e até animais mortos. Agora com nosso equipamento, eles podem levar o purificador na picape de transporte e sempre tomar água filtrada e de qualidade”, exemplifica Fernando.

Haitianos recebem filtros da PW Tech
Haitianos recebem filtros da PWTech

Com a parceria com o Ibama sendo um sucesso, criaram uma relação com o governo, foram selecionados para enviar 50 equipamentos para o Haiti, quando o país sofreu com o terremoto, além de também enviar aparelhos de purificação para a guerra da Ucrânia, e mais recentemente enviaram por meio da FAB, 35 equipamentos para os confrontos em Gaza, e o governo inclusive já solicitou mais equipamentos para serem enviados.

PWTech nasce focada em questões humanitárias

Ao comentar sobre os projetos iniciais da startup, Fernando diz que sempre foi uma preocupação dos fundadores a distribuição de água em escolas brasileiras, e que resolver esse problema é o objetivo do CEO.

“Na PWTech nós temos um sonho de que 100% das escolas do Brasil tenham uma água de qualidade. Hoje esses números assustam, segundo dados do Fundo Nacional de Desenvolvimento Escolar, são mais de 100 mil escolas pelo Brasil sem acesso a água de boa qualidade. Se em São Paulo, que é o estado mais desenvolvido do país, temos mais de 100 escolas sem água potável, quando vamos para a Amazônia ou outros estados esse número cresce ainda mais”, completa o CEO da startup.

PWTech focando no problema dos brasileiros

Falando sobre as preocupações da startup em cenário nacional, Fernando cita o Projeto Nascente, na Ilha do Bororé. A ação visa melhorar a qualidade de vida da população em diversos aspectos: doenças de veiculação hídrica, diarreia, entre outras muitas, ainda oferecendo um aumento do bem-estar, principalmente da saúde e do aprendizado das crianças, já que a água contaminada pode afetar a capacidade cognitiva.

“Instalamos 6 sistemas PW5660 de purificação de água na Ilha do Bororé, onde não há saneamento básico e a população consome água contaminada ou de caminhão-pipa/galão. A instalação dos sistemas garantiu o abastecimento de água potável para cerca de 100 pessoas do bairro de Santa Tereza e arredores”, completa Fernando.

Em 2021, a empresa finalizou o ano com um faturamento de R$ 1,5 milhão, que cresceu para R$ 6 milhões já em 2022 e que deve alcançar os R$ 10 milhões ao final deste ano. Para 2024, a expectativa é alcançar a marca dos R$ 20 milhões de faturamento.


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