Cerca de 17% das organizações esperam aumentar o investimento social corporativo (ISC) no biênio 2024/25. O compromisso de empresas com a agenda ESG vem crescendo nos últimos anos e, somente entre 2021 e 2022, o volume de investimentos sociais voluntários somou R$ 4 bilhões. Segundo a pesquisa Benchmarking do Investimento Social Corporativo, da Comunitas, a destinação de recursos relativos ao lucro das companhias subiu de 0,69% para 0,80% no período.

Parte dos investimentos se concentrou nas aplicações realizadas com recursos de incentivos fiscais, com montante de R$ 950 milhões. Se destacou o setor cultural, responsável por 36% dos recursos incentivados em 2022 – aporte aproximado de R$ 343 milhões. Nesse sentido, a Brada, startup que conecta iniciativas e empresas interessadas em financiá-las, impactou mais de 8.400 pessoas em 2023. A social tech movimentou R$3 milhões em seu primeiro ano (2022). 

“As leis de incentivo fiscal servem para estimular empresas a dedicarem parte dos seus lucros a projetos sociais, culturais e esportivos, dispondo de benefícios fiscais. São ferramentas cruciais no cenário econômico sustentável, proporcionando vantagens tanto para as organizações quanto para a sociedade”, afirma Vanessa Pires, fundadora da Brada e especialista em ESG.

No contexto global, empresas socialmente responsáveis ganham destaque e credibilidade diante de consumidores, funcionários e investidores. Segundo a consultoria EY, 99% dos investidores utilizam divulgações ESG para decidir se investem ou não em uma empresa. No Brasil, 94% dos brasileiros esperam que empresas adotem práticas ESG, concluiu pesquisa da Walk The Walk.

De acordo com Vanessa Pires, ao estimular práticas sustentáveis, as leis de incentivo impulsionam uma nova era de negócios, em que o sucesso corporativo está ligado à responsabilidade social: “Mais do que filantropia, é uma estratégia essencial para empresas comprometidas com a construção de um futuro mais justo e sustentável, criando um ciclo virtuoso de prosperidade compartilhada”.

Diante do cenário otimista para o ISC, a Brada estima aumentar em 60% o investimento social incentivado no ano que vem: “Observamos um interesse crescente das empresas por questões ambientais, sociais e de governança. Essa mudança indica uma transformação positiva nos valores empresariais e, consequentemente, na sociedade. A Brada tem o papel de intermediadora”, diz a executiva.


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