A Grafeno, uma empresa brasileira de tecnologia financeira (techfin), está transformando seu modelo de negócios com o lançamento do Centro de Inovação Grafeno. Com a iniciativa, prevê-se que este centro seja responsável por aproximadamente 20% da receita total da empresa em 2024.
Hoje a empresa atende mais de 9 mil companhias de médio porte (usuários finais) e 500 credores — entre gestoras de investimentos, fintechs, Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), securitizadoras, agentes autônomos de investimento e financeiras. Além disso, os clientes da Grafeno transacionaram mais de 350 bilhões de reais durante 2023.
Tiago Leocádio, CTO da Grafeno, destaca o papel fundamental do Centro de Inovação: “a criação do centro de inovação, aliada a uma mudança de cultura dentro do time de tecnologia e às parcerias que fizemos, resultaram no destravamento de alguns processos que estavam estagnados. Desde sua implementação, lançamos em nove meses produtos que estavam há quase três anos parados”, diz.
O Centro de Inovação baseou-se em três pilares fundamentais: a criação de uma nova arquitetura de trabalho, a “seniorização” das equipes e a formação de um ecossistema de parceiros para inovação. Essas medidas não apenas aceleraram o processo de desenvolvimento de novos produtos, mas também simplificaram e otimizaram os recursos, permitindo um maior foco na inovação.
Uma das parcerias estratégicas foi estabelecida com a Bossa Box, uma startup especializada em montar e gerenciar times de tecnologia, produto e design sob demanda. Essa colaboração foi chave para a criação de produtos como o Grafeno Ativos, que simplifica a emissão e gestão de Notas Comerciais e Cédulas de Crédito Bancário (CCB) para os credores.
Grafeno rumo à inovação aberta
A Grafeno está planejando lançar dois novos produtos a cada três meses em 2024, com produtos novos focados no Credor, trazendo diversas soluções como Open Finance, Inteligência de Crédito, Gestão de Dados e Carteira, Emissão de Ativos, Certificação, Registro de Ativos e Gestão de Garantias. A empresa não descarta ainda a realização de novas parcerias. “Para este ano, a expectativa é que sete produtos sejam incorporados ao portfólio, tornando a Grafeno a principal infraestrutura financeira para o Mercado de Crédito de Mercado de Capitais, com o único ecossistema completo de soluções para a jornada e infraestrutura de crédito”, afirma Tiago.
Além disso, a empresa está considerando expandir seu modelo de parcerias para impulsionar ainda mais a inovação. “Dependendo da estratégia da área, o modelo de parceria funciona. Não existe uma resposta certa, o mais importante é que, ao se buscar uma parceria, exista um alinhamento com os objetivos da empresa”, diz o CTO.
Olhando além de suas próprias operações, a Grafeno está explorando maneiras de compartilhar o conhecimento gerado pelo Centro de Inovação e pelo Grafeno Lab com outras empresas e partes interessadas do setor. “Após o sucesso, a Grafeno estuda um modelo de inovação aberta, que permite que as empresas tenham acesso a uma ampla gama de ideias e tecnologias que, de outra forma, não estariam acessíveis ou limitadas ao público interno”, finaliza.
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