A sazonalidade é o principal desafio dos operadores logísticos. Exigindo atenção redobrada para receber, armazenar e transportar, a logística da Páscoa se estrutura com, no mínimo, cinco meses de antecedência. Delicada e com muitas demandas, necessitando, na maioria das vezes, de local com temperatura controlada para seu armazenamento e transporte, a logística do chocolate requer ainda ferramentas de monitoramento e gestão em tempo real.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Páscoa 2024 tem expectativa de faturamento superior aos R$3 bilhões no período, representando, assim, um crescimento de 4,5% em relação a 2023. Agitando o comércio brasileiro, a Páscoa é considerada a sexta data comemorativa mais importante para o setor comercial.

Ainda de acordo com o levantamento da CNC, as compras externas de chocolate devem alcançar 3,35 mil toneladas, um avanço de 21,4% em relação a 2023. Inclusive, se confirmadas as expectativas, 2024 representará o quarto ano consecutivo de alta nas vendas, mesmo com o aumento do preço do cacau para importação devido a fatores internos, a exemplo da crise hídrica na Bahia e a ausência de chuva no Pará, como, também, os externos relacionados a seca em países da África Ocidental, como Gana, Costa do Marfim e Nigéria, um dos maiores produtores de cacau do mundo.

Pensando nisso, Marcus Braga, Senior National Sales Manager da Drivin Brasil, scale-up e partner tecnológico que otimiza os processos logísticos de transportes líderes no mercado, elencou abaixo pontos de atenção para a logística do chocolate. Confira:

Logística do chocolate

Temperaturas ideais de armazenamento

Dependendo do tipo de chocolate, seja branco, amargo ou meio amargo, as temperaturas ideais de armazenamento e transporte são de 10 a 18°C, ao passo que em uma condição a partir de 21°C, o chocolate começa a deteriorar-se tanto na aparência como no sabor. 
 

A 24°C, o chocolate amolece e começa a perder a forma. Inclusive, caso contenha nozes, elas ficam rançosas. Já a manteiga de cacau fica gordurosa quando exposta ao sol. Braga explica que 28°C é o ponto de fusão. “Quando uma barra de chocolate fica esbranquiçada, com listras cinzas ou bolhas, por exemplo, acontece o que denominamos “fat bloom”. Aqui, os componentes gordurosos se separam e solidificam após o resfriamento, formando uma faixa de gordura na superfície do produto”, complementa Marcus. Esse fenômeno pode ser evitado com armazenamento em temperaturas adequadas (entre 15 a 20ºC) e umidade excessiva.

Outro fenômeno que ocorre devido às oscilações de temperatura é a formação do “sugar bloom”. Isto acontece quando a umidade dissolve o açúcar do chocolate, condição evitada quando não exposto à umidade e variações bruscas de temperatura. “Vale destacar que o chocolate até pode ser transportado em temperaturas mais frias, entre 4,4° e 7,2°C, porém há um risco de condensação, caso a carga refrigerada seja descarregada em ambiente quente”, pontua o Sales Manager.

Condições isentas de odores

Os produtos de cacau absorvem odores com muita facilidade, com isso devem ser armazenados e transportados em condições isentas de odores. Segundo Marcus, a embalagem é importante, uma vez que o uso de materiais inadequados para embalar o chocolate pode resultar em sabor ou cheiro desagradável. “Quanto maior o teor de gordura do produto, mais sensível ele se torna, pois a manteiga de cacau absorve e retém os odores”, destaca Marcus.

Gestão de frotas 

A logística do chocolate requer uma gestão de frotas com ferramentas de monitoriamento e controle em tempo real. Além disso, os ovos de páscoa, por exemplo, ocupam mais espaço e são mais frágeis quando comparados às caixas com barras de chocolate, implicando, assim, em uma frota maior para transportar a carga equivalente. “A distribuição estratégica dos chocolates para as lojas de varejo e atacado requer além de cuidado, precisão e qualidade para atender às gôndolas dos varejistas. Não à toa, as empresas de tecnologia logística desempenham um papel crucial nesta fase”, ressalta o Sales Manager.

De acordo com Marcus, a Nestlé opera com eficiência uma frota de 2.200 veículos em 14 países, gerida de forma eficiente por meio da Drivin. “Atualmente, a colaboração entre as empresas se estende a países como Chile, México, Argentina e América Central, com planos de expansão para o Equador e o Peru em um futuro próximo. Supervisionada por uma rede de profissionais que avaliam constantemente a implementação, a experiência de mercado e as exigências futuras, a Drivin tem proporcionado uma abordagem abrangente e visionária às operações da Nestlé”, finaliza o executivo.


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