Nesse primeiro trimestre de 2024, uma grande aposta – independentemente da área de mercado – tem sido a inteligência artificial generativa. As expectativas são tantas que esse segmento deve movimentar US$ 1,3 trilhão até 2032, segundo um estudo realizado pela Bloomberg Intelligence (BI). Para o mercado financeiro, essa positividade não é diferente: 74% dos CEOs desse setor no Brasil estão otimistas em relação à GenAI nos próximos 12 meses ante 64% dos CEOs brasileiros em geral – os dados são da pesquisa CEO Survey, realizada pela PwC em janeiro.

Entre as razões que podem explicar essas altas expectativas sobre GenAI no mercado financeiro está a análise (com precisão e eficiência) de bancos de dados extensos e complexos. A inteligência artificial permite o cruzamento entre informações de diversas origens, em tempo real e de forma segura, algo fundamental para diferentes movimentações financeiras, incluindo a concessão de crédito para empresas, por exemplo.

Na parte de core bancário, essas ferramentas também serão de grande importância. Seja para bancos tradicionais, digitais, fintechs ou corretoras, a identificação mais fácil de padrões e tendências por meio da análise de dados é um diferencial estratégico na tomada de decisões sobre investimentos. Além disso, há o ganho de agilidade em diversas frentes, como empréstimos e financiamentos, adequação fiscal e na área de cobranças.

Mas, mesmo com todo o otimismo e com as diversas vantagens prometidas pela GenAI, como está de fato a evolução da sua implementação nas empresas de serviços financeiros? De forma direta, a resposta é que ainda existem alguns desafios para serem solucionados antes que ela possa dominar totalmente esse mercado. Prova disso é que, ainda de acordo com a PwC, 23% dos CEOs do setor disseram que a implementação dessas ferramentas ainda é uma “realidade distante” nas suas empresas.

Um dos obstáculos vividos atualmente, e talvez o mais importante, e que pode explicar esse receio por parte das companhias é a falta de uma regulamentação sobre IA. A segurança da informação é um dos principais pilares do segmento financeiro, por isso, é importante que todas as soluções que integram esse mercado tenham seus limites regulatórios estabelecidos. Fatores como funcionalidades, aplicações, riscos e vulnerabilidades dessas ferramentas precisam ser transparentes não só para as organizações, mas para as pessoas no geral – ou seja, quem utiliza os serviços na ponta, seja um usuário de banco digital ou seguradora, por exemplo.

Além disso, há também algumas outras ressalvas, como a qualidade e disponibilidade dos dados, infraestrutura tecnológica desatualizada e, até mesmo, falta de mão de obra especializada. Mas, diante deste cenário, por que as expectativas do mercado financeiro em relação à IA generativa continuam positivas?

Podemos apontar duas razões principais: a primeira é que o futuro de qualquer negócio está atrelado ao bom uso (análise e processamento) de dados. É isso o que vem fazendo as empresas se destacarem de concorrentes, aumentar a fidelização de clientes e entregar agilidade para o seu público. A segunda é a necessidade cada vez maior de tecnologias amplas, integradas e atualizadas. O produto só se torna um sucesso se é fácil e eficiente para o público que o utiliza.

A inteligência artificial generativa permeia e impulsiona, justamente, esses dois fatores. Por isso, em diferentes segmentos, incluindo o financeiro, ela está na mira e deve ganhar cada vez mais espaço entre as estratégias de crescimento. A ideia é que, com o avançar das discussões e dos projetos em fase de testes feitos pelo mercado, ferramentas desse tipo se tornem mais frequentes nos planejamentos das lideranças e na construção de novas tecnologias.


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