Qual o tamanho do impacto que uma reputação sólida tem na tomada de decisão dos fundos de investimentos em momentos de aporte? Para responder a essa e outras perguntas das principais empresas de inovação do país, a MOTIM, aceleradora de reputação e gestora de posicionamento, realizou a 2ª Pesquisa Nacional Sobre o Impacto das Relações Públicas no Mercado de Inovação – a visão do investidor.

Segundo o estudo, 91% dos investidores concordam que marcas que conseguem comunicar bem a sua proposta de valor para o mercado aumentam a probabilidade de receber um investimento. “Os dados da pesquisa trazem um retrato inédito de como a construção de marca, seja da empresa ou pessoal do fundador, é um diferencial competitivo na captação financeira e no crescimento sustentável dos negócios”, afirma Silas Colombo, fundador e CCO da MOTIM.

Na visão dos principais fundos de venture capital e investidores que atuam no Brasil, o impacto da força de marca no valuation acontece já nas primeiras rodadas de investimentos. Para 12% dos participantes, a influência ocorre do pré-seed em diante, 22,5% acreditam que a partir do seed, 45% veem o impacto da Series A em diante, 17% a partir da Series B e apenas 3,5% da Series C em diante.

“Essa informação é super relevante para as startups que acreditavam que a construção de reputação e de marca pode ser deixada para depois dos grandes cheques. Na visão dos investidores, a influência da marca começa antes mesmo do negócio estar bem estabelecido e aportado”, explica Colombo.

O estudo também revelou que a visão de que relações públicas servem exclusivamente para construção de marca no longo prazo já está desatualizada, pelo menos no que se refere ao mercado de inovação e startups. A maior parcela dos respondentes (41%) reconhece que uma empresa que investe na construção de uma reputação sólida no curto, médio e longo prazo tem mais capacidade de atingir seus objetivos de crescimento.

Nesse contexto, o que separa negócios que sobrevivem daqueles que escalam é a reputação. “É a capacidade não só de comunicar o impacto da proposta de valor, mas também de “conversar” com o público e gerir a narrativa do mercado em torno da marca. Num cenário onde oceanos azuis são cada vez mais escassos, o verdadeiro diferencial está em como se constrói e comunica reputação. Quanto mais os esforços acontecem de forma estratégica e consistente, melhores os resultados e mais duradouros os efeitos”, afirma o CCO da MOTIM.

O impacto da reputação do fundador na marca

O estudo mostra que 91% dos investidores ouvidos concordam que a reputação dos fundadores é mais do que um diferencial: é uma necessidade estratégica fundamental para a decisão de aporte. “Principalmente na fase inicial, a marca pessoal do founder é um dos ativos mais importantes a serem usados na comunicação com o objetivo de influenciar, inspirar e contribuir para a credibilidade da startup”, explica Colombo. A pesquisa revela ainda que mais de um terço dos entrevistados (36%) acredita que o posicionamento e a história dos fundadores são nada menos que os principais atributos na busca por recursos.

Eventos, debates e painéis ganham relevância

O estudo deixou claro que investidores olham cada vez mais não só para a imprensa, mas para como as startups estão se posicionando em eventos, o que mostra a relevância de uma estratégia de relações públicas integrada. Nesse quesito, 77% dos investidores valorizam acima de tudo a presença das marcas e porta-vozes em palestras, painéis e debates, enquanto 58% julgam que a participação na imprensa digital, TV e podcasts é essencial.

A pesquisa levantou também quais os principais temas e eventos que investidores consideram relevantes para divulgação via imprensa e em canais da marca. Os respondentes puderam escolher mais de uma opção em uma lista de tópicos, e os destaques foram:

  • rodadas de investimento, fusões & aquisições (escolhidos por 69%)
  • cases de sucesso (escolhido por 63,8%)
  • resultados de crescimento e faturamento (escolhido por 56%)
  • lançamento de produtos e serviços (escolhido por 50%)
  • novas contas e clientes (escolhido por 19%)

“Ser inovador já não é suficiente para encantar os decisores. É preciso deixar claro o porquê de sua marca ser especial. Exibir uma proposta de valor com transparência e eficiência é um pilar fundamental, que deve acompanhar a empresa desde o estágio mais inicial de concepção até o ponto mais alto de maturidade de um negócio”, finaliza o CCO da MOTIM.

A 2ª Pesquisa Nacional Sobre o Impacto das Relações Públicas no Mercado de Inovação – A Visão do Investidor ouviu 50 decisores de alocação de investimento de venture capital, corporate venture capital, private equity e aceleradoras/ incubadoras, além de investidores independentes. Entre os grupos respondentes estão fundos como MAYA, Monashees, Astella, Canary, Caravela, VOX Capital, Supera, Darwin, ACE, Endeavor e Oxygea.


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