*Por Alexandro Croce
Após um 2024 marcado pelo avanço e pela democratização da Inteligência Artificial (IA), com cada vez mais empresas e pessoas adotando a tecnologia em seu dia a dia, o que esperar de 2025 e das transformações que essa revolução tecnológica continuará trazendo? Passado o período de quebra de barreira e desconfiança, de agora em diante, a IA seguirá no centro das transformações tecnológicas, mas com um enfoque renovado: a colaboração humana.
Em 2025, a veremos cada vez mais integrada aos negócios, não apenas como um suporte operacional, mas como uma aliada estratégica, otimizando tarefas, reduzindo custos e ampliando capacidades analíticas, além do foco mais voltado em como os seres humanos podem se valer ainda mais dessa prática de mercado. Para se ter uma ideia, uma pesquisa recente da consultoria Gartner indica que, até 2028, pelo menos 15% das decisões cotidianas no trabalho serão tomadas de forma autônoma por meio da Inteligência Artificial.
A hiperautomação também é uma tendência que seguirá ganhando força no próximo ano, unindo a robotização à camada de IA para acelerar ainda mais os ganhos operacionais. Além disso, o cenário tecnológico para 2025 promete ainda avanços em cibersegurança e a integração de práticas sustentáveis às inovações tecnológicas.
Hiperautomação mais colaborativa
Mais do que apenas uma extensão da automação de processos, a hiperautomação integra tecnologias como Inteligência Artificial, Machine Learning e ferramentas de automação low-code e no-code. Essa abordagem permite não apenas otimizar tarefas repetitivas, mas também escalar decisões estratégicas, fornecendo insights valiosos.
Desta forma, a aplicação da hiperautomação nas operações empresariais representa um avanço significativo. Saindo do escopo restrito de TI, ela agora abrange áreas como vendas, logística e administração, possibilitando decisões automatizadas baseadas em regras de negócios. Esse movimento vem ganhando força pela independência que oferece às áreas da empresa, que podem implementar soluções com agilidade e sem necessidade de conhecimento técnico aprofundado. Como resultado, observa-se maior eficiência operacional e escalabilidade.
Outra tendência que não pode ser ignorada é a busca por sustentabilidade no uso da tecnologia. À medida que as mudanças climáticas se tornam uma prioridade global, as empresas estão adotando soluções tecnológicas que reduzem o consumo de energia e emissões de carbono. Nesse sentido, ferramentas de hiperautomação e IA estão sendo utilizadas para otimizar processos e, ao mesmo tempo, diminuir o impacto ambiental, reforçando o compromisso das organizações com as práticas ESG (Environmental, Social, and Governance).
A rápida adoção dessas tecnologias traz a necessidade de reforçar a segurança cibernética, o que tem uma importância inegável. Proteger dados e garantir a integridade das transações digitais será um desafio crucial para todas as organizações, especialmente diante do aumento de ataques sofisticados. Afinal, segundo a pesquisa da Gartner, até 2028, 50% das empresas adotarão produtos, serviços ou recursos especificamente para abordar casos de uso relacionados à segurança contra desinformação, em comparação com menos de 5% em 2024.
Desafios para o futuro próximo
Apesar do potencial transformador dessas tendências, as empresas também têm desafios pela frente. A cultura organizacional ainda apresenta resistência à adoção plena de tecnologias avançadas, enquanto a falta de profissionais qualificados e os altos custos associados a essas implementações dificultam uma transformação rápida. Além disso, a volatilidade econômica, especialmente em mercados como o brasileiro, pode limitar a adoção dessas inovações.
As expectativas para 2025 no mercado tecnológico serão marcadas por um crescimento contínuo e pela busca por maior eficiência. O retorno ao trabalho presencial deve impulsionar o volume de projetos, especialmente no contexto de adaptação e amadurecimento das soluções tecnológicas já implementadas pelas empresas. Enquanto isso, a hiperautomação e a adoção da Inteligência Artificial continuam a se expandir, saindo de aplicações convencionais para atender a novas demandas, como maior velocidade em processos críticos.
Não menos importante, o consumo de tecnologias de gestão de custos, como o FinOps, também deve crescer, particularmente entre empresas de médio porte, com vistas à otimização dos recursos. Em um panorama mais amplo, as organizações estão direcionando seus investimentos para ganhos de eficiência operacional, sustentabilidade e experiência aprimorada para seus públicos internos e externos, consolidando a tecnologia como um pilar estratégico.
O ano de 2025, portanto, trará mudanças profundas no panorama tecnológico global, e as empresas que apostarem em tendências como a hiperautomação, Inteligência Artificial e práticas sustentáveis estarão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades desse cenário dinâmico.
*Alexandro Croce é Diretor de Negócios da CXP Brasil, consultoria em tecnologia da informação.
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