
A startup americana Tax Deed Pro, especializada em aquisições imobiliárias por meio de tax deeds, acaba de receber um aporte de US$ 1,6 milhão da Equity Group, holding de investimentos liderada pelos empresários João Kepler, Nilio Portella, Tulio Mêne e Gabriel Lopes. O investimento será destinado à ampliação do projeto Bayside Park, que prevê a construção de 800 casas populares para locação em Bay St. Louis, no estado do Mississippi.
Com o novo aporte, a Tax Deed Pro passa a ter um valuation estimado de US$ 32 milhões. Em 2024, a empresa faturou aproximadamente US$ 3 milhões, consolidando sua atuação no setor de habitação popular, com foco em famílias de baixa renda, incluindo imigrantes.
“Milhões de famílias vivem em condições precárias, sem acesso a moradias estáveis e seguras. Não se trata apenas de oferecer um teto, mas de garantir dignidade e um mínimo de previsibilidade para quem vive à margem do sistema”, afirma Nilio Portella, cofundador da Equity Group.
Tax Deed Pro constrói casas acessíveis e resistentes a furacões
Cada unidade habitacional do Bayside Park terá cerca de 111 m² e será construída com tecnologia Light Steel Frame, que oferece maior eficiência energética e resistência a furacões — uma exigência fundamental na região costeira do Golfo. O valor mensal de aluguel será de US$ 1.500, com o objetivo de oferecer moradia digna e acessível.
O projeto já está em andamento, com cinco unidades em construção, e tem Valor Geral de Vendas (VGV) estimado em mais de US$ 200 milhões. “Investir onde há propósito, retorno e potencial de escala sempre foi a filosofia da Equity Group. No caso da Tax Deed Pro, vimos a chance de atender uma demanda real e urgente: oferecer moradia digna para famílias e imigrantes que hoje enfrentam não só dificuldades econômicas, mas também um ambiente cada vez mais hostil nos Estados Unidos”, afirma João Kepler, CEO da holding.
O setor de habitação popular nos Estados Unidos movimenta cifras significativas. Apenas por meio do programa federal Low-Income Housing Tax Credit (LIHTC), são injetados cerca de US$ 6 bilhões ao ano. Ainda que não haja dados oficiais sobre o total do mercado, a demanda por moradias acessíveis é crescente — especialmente em estados do sul e sudeste do país.
A ampliação do projeto acontece em um momento de aumento das restrições migratórias nos EUA. Medidas como cortes em programas federais de auxílio ao aluguel e o incentivo à auto deportação de imigrantes indocumentados têm afetado diretamente o acesso à moradia. A proposta de redução de 40% nos subsídios habitacionais, aliada à expansão de centros de detenção como o de Guantánamo, amplia o quadro de insegurança para famílias estrangeiras de baixa renda.
“Estamos diante de um momento delicado, em que milhares de famílias estrangeiras vivem sob pressão constante, seja pela insegurança jurídica, seja pela falta de acesso à moradia digna. Investir em soluções habitacionais é também uma forma de proteger essas pessoas”, afirma Kepler.
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