* Por Rafael Pittigliani
O rápido avanço tecnológico no Brasil e no mundo promovem mudanças de comportamento significativas na forma como as pessoas consomem conteúdo. Ao contrário dos anos 2000, onde a grande massa da população era plugada em televisões, hoje já podemos vê-las ligadas no digital, seja nas redes sociais, streaming ou em busca de informações. De acordo com a 30ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas, realizada pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, hoje há 230 milhões de celulares ativos no país.
Em consequência dessa evolução, o marketing teve também o seu grande avanço. Foi-se o tempo onde o offline tinha uma capacidade de alcance maior, de forma orgânica. Hoje em dia – tirando eventos especiais no segmento de esportes ou entretenimento – a capacidade de alcance do online ultrapassa as possibilidades do offline. Tinha-se como regra que o offline era mais eficiente para alcançar as classes C e D, porém, com a aceleração do acesso às redes sociais e a mudança de comportamento causada pelo isolamento, o cenário sofreu mudanças.
O declínio das vendas em revistas e jornais impressos – por exemplo – explica o quanto a migração para o consumo de conteúdo online é significativo. De acordo com um levantamento do NZN Intelligence, mais de 74% das pessoas preferem fazer compras pela internet do que em lojas físicas. Isso torna fundamental que todas as marcas tenham uma presença digital, pois hoje a pesquisa de mercado e impulsionamento é grande destaque no ambiente online.
É importante comentar que quando comparado ao marketing offline, temos a precisão da segmentação comportamental e a capacidade de entender como a campanha se comporta em tempo real. Por outro lado, temos também o desafio de adaptar a comunicação para cada um destes tipos de usuários e plataformas de mídia.
Sendo bem utilizado, isso pode ajudar as marcas a entenderem quais conteúdos funcionam para cada tipo de cliente. Além disso, é possível executar ajustes para otimizar a performance das campanhas e, no final, saber de forma bastante específica os resultados que foram gerados a partir desta ação.
Uma dica imprescindível para as empresas desenvolverem uma estratégia de marketing que engaje seu público é começar montando personas e entendendo quais são os principais padrões de clientes que possuem. Adapte a comunicação para que ela seja aderente aos interesses do seu público e destaque-se em um mundo de mensagens genéricas.
Atue para dominar estes públicos e entender quais funcionam melhor. Com base nisso, busque por segmentos similares nunca testados e vá evoluindo no sentido lógico de interesses. No momento de engajar, é fundamental possuir uma estratégia para captar o usuário com a mensagem correta no momento certo. Para isso, mapeie o seu funil de vendas de ponta a ponta e encontre formas de trabalhar o interesse do usuário em cada etapa para que futuramente se torne ele se torne um cliente e um defensor da sua marca.
* Rafael Pittigliani é CEO do AdClub.
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