A Endeavor é a organização líder no apoio a empreendedores de alto impacto ao redor do mundo. Presente em mais de 30 países, e com 8 escritórios em diversas regiões do Brasil.
Cada vez mais, grandes empresas de todo o mundo têm despertado para o fato de que ecossistemas abertos e colaborativos geram mais inovação. A Suzano é uma dessas empresas.
Referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, a Suzano é uma empresa brasileira de papel e celulose, exporta seus produtos para mais de 100 países. Hoje, possui capacidade instalada de 10,9 milhões de toneladas de celulose de mercado e 1,4 milhão de toneladas de papéis por ano.
Desde 2018 a empresa trabalha com inovação aberta para levar até as pessoas um presente e um futuro de biopossibilidades.
A Endeavor faz parte dessa história: já ajudamos a Suzano a se conectar e realizar cinco pilotos, com as scale-ups Midas, DataRisk, Oncase, Robotizei e Numerati.
Conheça a tese de Inovação Aberta da Suzano
Conversamos com Álvaro Gómez Rodríguez, Open Innovation Manager da Suzano – e Membro da nossa rede exclusiva de capacitação e trocas sobre Inovação Aberta -, para entender como funciona o trabalho de inovação aberta na corporação. Confira o conteúdo!
“O mais importante foi conectar os objetivos e ações de Inovação Aberta com dores e desafios do negócio.”
Álvaro Gómez Rodríguez
Por que vocês começaram a fazer Inovação Aberta?
A Inovação Aberta é uma prática que acontece há algum tempo dentro da Suzano. O relacionamento com scale-ups faz parte de projetos de desenvolvimento de tecnologia e novas aplicações dos nossos bioprodutos e derivados da celulose. Essa proximidade com o ecossistema de inovação local e internacional nos permite, também, otimizar e aprimorar processos ao longo de toda a cadeia produtiva.
Quais foram as primeiras iniciativas de Inovação Aberta da Suzano?
No começo, o foco foi em impacto cultural e mudança de mindset. Nós fizemos uma forte campanha interna para mostrar para toda a organização o que é um processo de inovação aberta.
O envolvimento de várias áreas chave da companhia, como Suprimentos, Jurídico, TI, Negócios e Inovação, além de startups, scale-ups e parceiros do ecossistema, foi essencial para essa etapa inicial e para o sucesso das iniciativas. Inclusive, a Endeavor participou ativamente conosco nesta ação.
Depois disso, criamos em 2019 um grupo de embaixadores e embaixadoras de inovação aberta e construímos a JOIA – nome carinhoso da nossa Jornada de Open Innovation Ágil.
E quais são as suas iniciativas hoje?
Nós entendemos que a Inovação Aberta é um instrumento que deve ser utilizado não apenas para Novos Negócios e Desenvolvimento Tecnológico, mas por todas as áreas da empresa. Para disseminar esse movimento e tornar os processos de inovação ágeis, democráticos e simples, trabalhamos em cima de três pilares:
Capacitação das áreas: apresentando conceitos de inovação aberta e exemplos práticos de aplicações em outras indústrias e empresas;
Identificação de desafios: que sejam relevantes para o negócio e alinhados às nossas estratégias;
Construção de uma rede: conexões externas e internas que ajudem a multiplicar e alavancar o nosso conhecimento em Inovação Aberta.
Como vocês avaliam a atuação da Suzano em Inovação Aberta ao longo dos anos? O que foi essencial para os projetos darem certo?
O mais importante foi conectar os objetivos e ações de Inovação Aberta com dores e desafios do negócio. Buscamos soluções cada vez mais alinhadas às expectativas e necessidades reais das áreas. Hoje, rodamos mais de 30 projetos simultâneos ao longo de toda a cadeia produtiva da Suzano, desde a área florestal até inteligência de mercado.
Quais foram os principais resultados e melhorias para a companhia desde que começaram a realizar práticas de Inovação Aberta?
Ressalto, aqui, um case que temos com a DataRisk, uma scale-up conectada conosco pela Endeavor. Ela faz parte do Smart Execution, um projeto liderado pela área de Inteligência Comercial , em conjunto com o time de Vendas, Trade Marketing, SOP e Customer da unidade de bens de consumo da Suzano. O projeto tinha como objetivo desenvolver uma ferramenta que permite extrair mais valor das informações de campo para reduzir a ruptura de estoque na ponta com clientes. Desenvolvemos um sistema composto por um motor preditivo, que, por meio de um algoritmo, detecta possíveis rupturas de forma preventiva, além de um aplicativo para captura e troca de informação com o time de campo em tempo real.
Os resultados têm sido muito consistentes: na fase de POC já reduzimos em quase 50% a ruptura de estoque nas lojas dos clientes, e mantivemos os patamares de ruptura baixos. Estamos conseguindo trazer maior granularidade das informações que o time de vendas recebe, o que possibilita maior assertividade das ações em campo.
“Para a Datarisk as oportunidades de conexões através da Endeavor são de extrema importância, não só pelo desafio, mas também pela geração de negócios, aceleração de resultados e posicionamento que conquistamos junto aos maiores empreendedores do país.” — Alexandre Porto, Head de Marketing e Comercial da DataRisk
Como é, para a Suzano, se relacionar com scale-ups?
Nosso objetivo, como time de inovação, é trazer soluções que resolvam dores do core do negócio e que sejam plugadas e testadas rapidamente. E as scale-ups são a melhor forma de fazer isso.
Além disso, empreendedores e empreendedoras à frente de scale-ups já possuem mais maturidade para se relacionar com grandes empresas. Isso nos dá respaldo e tranquilidade para escalar as soluções dentro da Suzano.
Quando vocês perceberam que precisavam trabalhar com parceiros de inovação?
Desde o começo, estabelecemos um um processo de co-criação para desenhar a jornada de cada ação de Inovação Aberta na Suzano. Começamos entendendo as dores e as barreiras internas para, então, buscar soluções e parcerias no ecossistema.
Por meio de ferramentas como Design Thinking e Lean Inception, estruturamos o que chamamos de innovation case, que tem como objetivo detalhar o contexto do desafio e o impacto esperado pela solução. Parte desse material é utilizada para nortear a busca por startups e scale-ups. É nesse momento que acontecem as parcerias com organizações do ecossistema, como a Endeavor, que nos ajudam no mapeamento e seleção das soluções que buscamos. Outra prática que desenvolvemos foi o processo fast track de contratação de POC. Antes, a contratação de um fornecedor levava mais de 45 dias. Agora, conseguimos reduzir esse processo de contratar uma prova de conceito para 20 dias. Com isso, a área de negócio ganha autonomia para negociar uma proposta.
Você comentou que a Suzano trabalha com a Endeavor desde o início. Como a organização ajudou vocês nas iniciativas de inovação?
A Endeavor é uma das nossas principais parceiras de Inovação Aberta. Desde o começo nos ajuda mostrando soluções com aderência aos desafios da organização, cuidado na conexão estruturada com o time do projeto e preparo dos empreendedores e empreendedoras à frente de scale-ups. Isso traz muita segurança e tranquilidade ao processo de relacionamento com startups, já que tudo é novo aqui na Suzano.
Nós também participamos da rede exclusiva de capacitação e trocas sobre Inovação Aberta da Endeavor. Todo mês nós temos discussões ricas e aprendemos boas práticas com outros players do ecossistemas.
Como vocês veem a inovação aberta impactando o Brasil nos próximos anos?
Acredito que a Inovação Aberta será um pilar importante de desenvolvimento econômico e social no Brasil. O ecossistema empreendedor brasileiro está em constante crescimento e, cada vez mais, empreendedores e empreendedoras estão desenvolvendo novas soluções que impactam a sociedade. Vejo que a Inovação Aberta é um catalisador para que mais startups e scale-ups cresçam, gerando mais emprego e renda para o país e, consequentemente, melhorando a vida das pessoas. Como Suzano, queremos ser uma empresa que impulsione o desenvolvimento das cidades em que atuamos e do país, oferecendo produtos inovadores e sustentáveis, alinhados ao Propósito Organizacional da companhia de “Renovar a vida a partir da árvore’”.
A atuação da Suzano em Inovação Aberta nos prova que, para se conectar e gerar negócios com scale-ups, é preciso que toda a empresa conheça as melhores práticas e benchmarks para receber empreendedoras e empreendedores à frente de scale-ups.
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