Na manhã desta terça-feira (28), diretores do Sebrae debateram sobre a importância de alavancar o desenvolvimento do empreendedorismo criativo
Ao debater de forma prática a economia criativa das cidades, a 4ª edição do seminário internacional Cidades que se inventam, que aconteceu nesta terça-feira (28), reuniu mais 30 especialistas nacionais e estrangeiros de referência. Nesta manhã, o painel que contou com a participação do diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick; do diretor-superintendente do Sebrae/SP, Wilson Poit; e do diretor do Garimpo de Soluções, Alejandro Castañé abordou o tema “Do Plano à prática – como fazer da economia criativa a realidade das nossas cidades”. Com programação totalmente on-line, o evento será concluído na quinta-feira (30).
O primeiro plano regional de economia criativa do Brasil foi motivado, em 2020, por 21 cidades do Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo. A iniciativa do Sebrae SP, em parceria com o Codivar e com realização da Garimpo de Soluções, foi desenvolvida com metodologia inédita e gerou 25 ações práticas, muitas das quais já estão em curso. É um caso que mostra como pequenas cidades e territórios podem fazer da economia criativa seu motor de inclusão produtiva.
“Trabalhamos nele de forma conjunta, tentando cultivar e encontrar parceiros de outras cidades. Também é o primeiro plano no âmbito de América Latina, que a gente conheça”, destacou Alejandro Castañé. “O trabalho passou por etapa de pesquisa geográfica, levantamento de dados, entrevistas e oficinas. Vejo que o mais importante é mudar a inteligência coletiva da secretaria, da cidade e do governo em relação ao que se vinha fazendo. Quando a gente fala de economia criativa, necessariamente pensamos no valor agregado e no valor compartilhado”, disse.
Olhar atento
Para o diretor do Sebrae, Bruno Quick, torna-se indispensável ter sensibilidade para entender, no processo, quais são as necessidades do local, sem apostar em suposições sem fundamentos. “Às vezes, a gente chega com um pacote pronto numa região e a população está precisando de outra coisa. Esse trabalho aqui foi extremamente importante. E o empreendedorismo, principalmente neste momento da história do Brasil, assim como a educação, é uma das maiores forças que podem transformar a sociedade”, garantiu.
“É um orgulho muito grande participar desse plano regional de economia criativa. A gente tem trabalhado muito lá na região. A ideia era aproveitar o potencial, a biodiversidade da região, que é como a Amazônia de São Paulo. Reunimos esforços para ajudar a população a empreender com qualidade e de uma maneira sustentável”, acrescentou Quick.
De acordo com Wilson Poit, superintendente do Sebrae SP, o projeto foi dividido em três fases. “A primeira delas incluiu encontros, entrevistas, pesquisa qualitativa e aulas com as lideranças locais. Na sequência, ocorreram oficinas da primeira fase da escuta. A terceira é um plano de ação de desdobramentos que já estão acontecendo para incentivar o turismo”, contou. Segundo ele, a valorização dos alimentos locais e a apreciação do patrimônio histórico interferem positivamente.
Inovação em pauta
O seminário internacional “Cidades que se Reinventam” oferece uma programação direcionada a prefeitos, vereadores, secretários e demais profissionais de planejamento e gestão, pública ou privada, ligados à esfera municipal. Durante o evento, os especialistas convidados compartilharão tendências, inspirações e instrumentais imperdíveis para ajudar as cidades brasileiras a se transformarem em territórios inovadores, humanos, criativos e sustentáveis.
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